Variações de
um Nome ( 1 )
Cristobal Collon ou Colon, Dom João II
trata-o desta forma em 1488
(5 ).
O apelido que o rei lhe dá aproxima-se de Cullão (Pedro João Cullão), o
corsário que consta dos pagamento efectuados pela Fazenda Real entre
1470-1474.
É de admitir que antes de 1484, D. João II, o trate já desta forma. Caso,
contrário temos que considerar que Colombo era um agente infiltrado em Castela,
onde passou a usar um nome falso diferente do que usava em Portugal.
1484: Foge para
Castela/Espanha
1487- 05 - 05 - "Cristóbal Colomo", extrangero",
Francisco González.
1487- 08-27 -“Cristóbal Colomo",
Francisco González de
Sevilla: Envolve o bispo Pedro
Gonzales de Mendonza.Não é mencionada a naturalidade.
1487- 10- 15 -: Cristóbal Colomo",
tesorero Francisco González de Sevilla. Envolve o bispo Pedro Gonzales de Mendonza. Não menciona a
naturalidade.
1487-10-18 :“portugues".
Envolve Rodrigo Maldonado de Talavera e Alonso de Qujntanjlla.
1489
- Cristobal Colomo, Isabel a Católica (1 )
1492 - Don Cristobal de Colon, Capitulações de Santa Fe
Depois da
1ª. Viagem às Indias e da Morte de D. João II. O rei D. Manuel I
procura herdar o trono de Espanha.
1493
- Christofõm Colon. O Papa
chama-o assim em três bulas. O primeiro nome está escrito em português e não italiano.
1493 - Cristobal Colomo, Duque de Medinaceli
(2 )
1493 - Carta sobre a Descoberta da
América, escrita em Lisboa a 4/3/1493. Publicada em Barcelona, a 1/4/1493, o
apelido Colon que significa membro passa a Colom (pombo em
catalão).
1493 - Na publicação da tradução da
Carta sobre a Descoberta da América, editada em Roma a 29/4/1493, o apelido
catalão Colom (pombo) é traduzido para o italiano Colombo, que
significa igualmente pombo. A partir de Itália vulgariza-se por toda a Europa o
nome Colombo, nome que o almirante jamais utilizou, assim como a sua familia
(filhos e irmãos).
1493 - Christophorus Colonus lígure, Pietro Martire d’Anghiera.
Esta carta dirigia ao conde de Borromeo, supostamente escrita a 14/3/1493, só foi publicada em 1511, tendo o originais desaparecido. Anghiera
escreve Colunus e não Colombus em latim.
1493 - Cristobal Columbo ou Colom, R.L. de Corbaria. A carta termina com o nome Colom,
tendo inicialmente o bispo de Corbaria italinizado o nome.
1494
- Colonus lígure, Pietro Martire d’Anghiera.
Esta carta só foi publicada em 1511, tendo o originais. desaparecido.
1497 - Colonus lígure, Pietro Martire d’Anghiera. Esta carta
só foi publicada em 1511, tendo o originais desaparecido.
1497:
Vasco da Gama parte para a India. Os espanhóis depois do seu regresso, em 1499,
sentem-se traídos.
No ano seguinte Colombo e os seus irmãos são presos.
1498
- Colón genovês, Pedro de Ayala
(4). Os reis católicos emendaram o seu embaixador em Londres, afirmando que o
mesmo não era genovês.
1498 -
Cristobal de Colon. A cópia do alegado
morgadio de 1498, afirma que os seus herdeiros se chamavam os "de
Colon", e não à os "de Colombo", como seria de esperar. Acontece que em Itália
não existia, nem existe nenhuma linhagem em Itália dos "de Colon" ou "de
Colombo".
1500-1501:
Colonus ligure, Pedro Martir d’Anghiera.
Esta carta só foi publicada em 1511, tendo o originais desaparecido. Este
italiano, ao serviço dos reis espanhóis, estava envolvido na ocultação da
naturalidade dos navegadores portugueses e num dos mais brutais ataques contra
o reino de Portugal.
1501
- cidadão de Génova, Nicolo Odereco, embaixador da República de
Genova em Espanha. Carta aos reis católicos (fonte:Taviani, 1985). Os reis
católicos já em 1498 haviam dito a Pedro de Ayala que o mesmo não era
genovês. Não sabemos a resposta que lhe foi dada.
1501
- Christoforo Colombo zenovese, Angelo Trevisan
(3 ).(fonte:Taviani). O seu autor nunca conheceu Colombo. Estava ligado a Pedro Martir d’Anghiera.
1502 - Colonbo, anónimo do planisfério de Cantino.
1506:
Morre em Valladolid
A
partir de 1500 a família Colombo irá procurar afirmar sucessivamente não
estão aos serviço de nenhum principe estrangeiro, entenda-se Portugal.
Em
1513, recorde-se Diego Mendez de Segura será espoliado dos seus bens sob a
acusação de ser português. O processo arrastou-se em tribunal e só
conseguiu reaver os seus bens, muitos anos depois, quando começou a afirmar
que era espanhol...
Colon, Colom ou Colombo?
D. João II, em 1488, tratou-o por
Collon e Colon; Os reis Castela e Aragão por "Colomo" (1487-1489) e depois por
"Colon" (1492). O papa, em 1493, por "Colon". A partir da carta que escreve, em
Lisboa (Março de 1493), começa a confusão de nomes, terminando na fraude do
Colombo italiano.
Os cronistas portugueses - Rui de
Pina e Garcia Resende - ao serviço de D. Manuel I, trataram de o
identificar como Colombo, de modo a afastar a sua possível ligação a Portugal.
O cronista João de Barros
(1ª.Década, Livro III, cap. XI), ao serviço de D. João III, deu-lhe um nome mais
próximo daquele que D. João II lhe deu: Colom. Para não levantar polémicas,
sempre foi dizendo: "Segundo todos afirmam,
Cristóvão Colom era genovês de nação, homem esperto, eloquente e bom latino, e
mui glorioso em seus negócios."
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