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«Soy iberista confeso. Tenemos una historia común, una lengua común y una cultura común. Hay unidad histórica y cultural e Iberia es una realidad que persigue tanto el Gobierno español como el portugués.» Mário Lino, Ministro das Obras Públicas, Transportes e Comunicações de Portugal.
Estas declarações foram
feitas em Santiago de Compostela (Espanha) e publicadas, no dia 23 de
Abril de 2006, no jornal diário Faro de Vigo.
Os portugueses ficaram, uma vez
mais, perplexos com declarações deste ministro. Estas declarações nunca foram
desmentidas. O assunto, pela sua gravidade, foi alvo de alguns
reparos na Assembleia da República. No dia 24 de Maio, na reunião da Comissão
Parlamentar de Assuntos Constitucionais foi pedida uma audição do ministro das
Obras Públicas, mas a maioria (PS) opôs-se. Era difícil aceitar esta
ligeireza na forma como o assunto foi tratado. O caso não morreu. Um
número crescente de portugueses foi tomando consciência da gravidade do
problema. As questões colocadas são as
seguintes: 1. Como é que possível
que um ministro português, depois de jurar fidelidade à República Portuguesa,
se possa assumir como iberista ? Estamos perante um ministro ignorante do
significado político do iberismo ?
2. Que confiança pode
inspirar as suas opções políticas em termos de investimentos estratégicos,
nomeadamente em infra-estruturas ? As mesmas procuram servir os interesses de
Portugal ou a longo prazo servem apenas a Espanha, criando condições para
a destruição da independência do país ? Recorde-se que a prioridade dada
ao traçado do TGV, na sua ligação a Madrid tem sido alvo de uma enorme
contestação, muitos dos que se lhe opõe apontam o facto de beneficiar sobretudo os interesses espanhóis. A
necessária relação de confiança entre os membros do governo e os cidadãos
portugueses é posta desta forma em causa.
3.
As declarações do
ministro sugerem que o iberismo faz parte da agenda do Governo. Uma agenda
que não foi nem referendada nem sequer mencionada nas eleições. Estamos
perante um acordo secreto ?
A 11 de Novembro de 2006,
um grupo de cidadãos portugueses sentindo-se ofendidos pela forma indigna como
o povo português está a ser tratado, moveu um processo ao referido ministro
das obras públicas - Mário Lino - acusando-o de traição à pátria. Uma
acusação demasiado grave feita a um cidadão e político português para
passar despercebida.
Biografia
(Possível) de um Ministro Iberista
Mário
Lino Soares Correia (n. 31 de Maio de 1940; Lisboa) . Foi membro do
Partido Comunista Português (PCP), destacando-se pela sua ligação à
linha ortodoxa do partido (estalinista).
Pouco depois
da queda do Muro de Berlim (1989), este antigo comunista converte-se ao
capitalismo. As suas novas ideias políticas passam a
identificar-se com o neoliberalismo. Em 1991 acaba por ser expulso do
PCP. A expulsão do
PCP, abre a este e outros ex-comunistas as portas das empresas públicas.
O Partido Socialista (PS) procurava na altura incentivar a conversão de
ex-quadros do PCP à economia de mercado. É neste contexto que é
nomeado Presidente do Grupo Águas de Portugal e de várias empresas
públicas do Grupo (1996-2002), e depois ascende a administrador da
IPE-Investimentos e Participações Empresariais, SA (1996-2002). Este
"confesso iberista" é assim largamente beneficiado pelo Estado
Português. À semelhança de outros comunistas, por ter exercido estes
cargos, ganha também uma reforma vitalícia.
Em 2005, José
Sócrates (PS) chama-o para ocupar o cargo de Ministro das Obras Públicas,
Transportes e Comunicações no XVII Governo Constitucional. Um ano
depois, em Espanha, revela publicamente o seu pensamento sobre o futuro de
Portugal.
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Outro Ministro
Iberista: Oliveira Martins. Em 1892, o governo de
Dias Ferreira, convidou-o para a pasta da fazenda, que geriu desde 17 de Janeiro
até 27 de Maio (consultar).
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