Director: Carlos Fontes

 

 

EDITORIAL

ANGOLA

BRASIL

CABO VERDE

GUINÉ-BISSAU

MOÇAMBIQUE

PORTUGAL

SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE

TIMOR

OUTROS PORTOS

CONTACTOS

PORTUGAL 

Iberismo

Imagem de Portugal 

 

Anterior

Os iberistas têm uma enorme dificuldade em admitir que Portugal seja um país independente, de tal modo estão habituados a denegrirem o povo português. A independência de Portugal é atribuída não à vontade, nem às convicções dos portugueses, mas a causas exteriores. Neste sentido o povo português é concebido pelos iberistas, como um conjunto de marionetas que ao longo dos séculos actuou sempre de acordo com interesses alheios. 

Este modo de colocar a questão da Independência de Portugal, não é nova, remonta pelo menos ao século XVII. 

Restauração. A restauração da Independência, em 1640, foi sentida por espanhóis e iberistas portugueses como um trauma difícil de superar. Portugal era considerado um caso arrumado no Império Espanhol. Um vasto conjunto de traidores (iberistas ) asseguravam aos espanhóis que o povo português estava controlado, o seu Estado estava estava destruído e não haviam condições para qualquer separação com um mínimo de êxito. 

A Espanha era na altura a principal potência do mundo, dominando as chancelarias internacionais e o próprio Vaticano. Apesar disso, os portugueses no dia 1 de Dezembro de 1640, decidiram acabar com o domínio espanhol que durava há 60 anos. Durante 28 anos derrotaram sucessivamente todas as suas tentativas recuperar o seu domínio, reconstruíram o Estado e o Império, impondo o seu reconhecimento internacional. 

A propaganda espanhola e iberista sustentou que o povo português havia sido manobrado por forças estrangeiras. Não lhe reconheciam vontade, nem convicções nacionais para se impor da forma como o fez. A Catalunha não capitulara após uma prolongada revolta ? 

Em 1715, para espanto do mundo, as tropas portuguesas conquistam Madrid, a capital da Espanha.

Alianças Externas. Não foi difícil aos espanhóis descobrirem que por detrás da revolta dos portugueses, estava afinal a Inglaterra, a sua antiga aliada. A Inglaterra estava interessada em dividir a Europa continental, e por isso os incentivara a expulsarem-nos.

Esta explicação para consumo interno, serviu-lhes durante séculos para justificar a razão porque haviam perdido Portugal. 

Ninguém dúvida que a Inglaterra tenha sido importante para a restauração da Independência, mas a verdade é que foram os portugueses a envolver os ingleses na sua luta contra a Espanha. Foram eles que os convenceram a voltarem a fazer uma nova aliança militar, e por esta razão pagaram generosamente aos seus aliados o armamento, mercenários e apoio internacional que receberam para a causa de Portugal. 

O balanço global desta aliança foi positivo, com excepção da crise de 1890, quando os interesses em jogo quanto à partilha de África opuserem os dois países. Algo que até hoje os portugueses ainda não perdoaram aos ingleses.

Convicções. Projectando em Portugal a sua própria fraqueza, os iberistas jamais podiam admitir esta acção dos seus concidadãos. Ela é a melhor prova da vontade colectiva de um povo que acusavam de ser fraco e sem energia.  A única forma de saírem da situação era atribuir a outros os méritos de uma coisa que os portugueses decidiram e fizeram.  

A explicação encontrada pelos espanhóis e os seus esbirros iberistas, não deixou também de  ser simpática para historiadores ingleses, dado que desta forma era enaltecido o poder da Inglaterra no plano internacional. 

No entanto, é fácil de perceber que nenhum país se pode manter durante tantos séculos independente se a sua população não o quiser. Ora a Independência de Portugal desde 1143 é a prova do poder da vontade e das convicções de um povo. 

Não é indiferente a forma como um povo se vê a si próprio, se respeita e se faz respeitar. Estas imagens tendem a condicionar o modo como outros os vêem e as forma como valorizam as suas acções colectivas. 

Cooperação e Subserviência

Em Construção !

.

Carlos Fontes..

..

Iberismo e Iberistas: 

1. Novos Discursos   2.Desestabilização da Sociedade Portuguesa  3. Decadência   4. Imprensa  5. Ingerências Externas. 6. Morte de Iberistas  7. Traição à Pátria  8. Alianças Políticas.  9. Imagem de Portugal. 10.  Oliveira Martins - Ideólogo do Iberismo  11. Olivença  12. Bibliografia

Para saber mais:

Tradição Totalitária e Xenófoba Espanhola

Misérias da Emigração Portuguesa em Espanha

.

   

Editorial | lAngola | Brasil | Cabo Verde | Guiné-Bissau  | Moçambique | Portugal | São Tomé e Príncipe | Timor |  | Contactos

Para nos contactar: