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Rede de salas
de espectáculos de Portugal
O que está a acontecer?
Nos últimos dez anos, as câmaras
municipais investiram importantes recursos financeiros na construção ou
recuperação de salas de espectáculos (fóruns, auditórios, teatros, cineteatros,
etc). Raras são hoje as câmaras ( 308
) que hoje não possuem equipamentos culturais de excelente qualidade. O que resta saber é
a actividade cultural neles desenvolvida.
Inquérito em
curso
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Casas de Escritores, Artistas e
Cientistas | |
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Aquilo Ribeiro (Soutosa,
Moimenta da Beira)
Uma casa excelente, numa aldeia em ruinas. Mais |
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José Régio (Vila do Conde,
Portalegre)
Nasceu em Vila do Conde, mas viveu grande parte da
sua vida em Portalegre.
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Almeida Garrett (Lisboa)
Em 2003 Santana Lopes
autorizou a destruição desta casa, para depois recuar na decisão. Carmona
Rodrigues, no dia 6 de Janeiro de 2006, autorizou de novo a destruição da casa onde
viveu Almeida Garrett. Foi uma das primeiras medidas do
novo executivo após ter sido eleito. Mais |
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Alexandre Herculano (Lisboa)
Alexandre Herculano (de Carvalho e Araújo), nasceu na Rua de São Bento, ao Pátio
Gil, a 28 de Março de 1810. A CML, nos últimos anos, arrasou por completo o que
restava do pátio onde nasceu. Na Ajuda onde morou, depois de 1839 até ir para
Vale de Lobos (Santarém), a destruição é avassaladora, devido à especulação
imobiliária. Mais |
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Camilo Castelo Branco (Lisboa)
Camilo nasceu no dia de Março de 1825, na Rua da Rosa (nº13) ao Bairro Alto. Foi
baptizado na Igreja dos Mártires. A Igreja mantém-se de pé. A sua casa está
votada ao mais completo abandono.
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António Feliciano de Castilho (Lisboa)
A casa onde nasceu, a 28 de Janeiro de 1800,
na Rua da Misericórdia está em completa ruína. Quem passa junto da mesma corre
sérios riscos, tal é o estado do edifício.
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Cesário Verde (Lisboa) Nasceu junto à
Sé de Lisboa e morreu no Lumiar. Ninguém pode deixar de ficar incomodado com o desleixe a
que os locais onde viveu estão votados.
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Wenceslau de Morais (Lisboa)
Nasceu, em 1854, no nº. 4 da
Travessa da Cruz ao Torel. A sua casa espelha o desamor da CML pelas grandes
figuras da cultura portuguesa. Mais. |
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Fernando Pessoa (Lisboa)
A casa onde morreu Fernando Pessoa é o único
exemplo positivo de uma panorama vergonhoso. É pena que não se tenha investido
no seu percurso existencial em Lisboa. Para além da Brasileira (estátua de Lagoa
Henriques), umas fotografias no Martinho da Arcada, não seria de esperar mais do
que uma lápida na casa onde nasceu ? (Largo do Teatro S. Carlos).
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Luís Vaz de Camões (Lisboa,
Constança) Terá nascido em Lisboa (1524ou 1525), mas
a cidade sempre desprezou esse facto.
Na vila de Constância, onde viveu entre 1546/47, a sua presença está assinalada
numa casa quinhentista (Casa da Memória). Em Lisboa
visitamos os locais ligados à sua
presença na cidade. O que vimos não nos agradou. O abandono é geral. Mais. |
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Eça de Queirós (Lisboa,
Tormes)
Eça nasceu na Póvoa do Varzim, morreu em Paris. Contudo, é em Lisboa que decorre a maior parte dos seus
romances. Acontece que Lisboa está a acabar com
todos os locais onde viveu ou lhe serviram de inspiração. Nada escapa a esta
voragem. O original da sua mais conhecida estátua, guardada no Museu da
Cidade de Lisboa está
num rápido processo de degradação.
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Martins Sarmento (Guimarães)
Arqueólogo e benemérito.
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Evolução dos Conceitos
As abordagens sociológicas da
cultura frequentemente enfermam de preconceitos elitistas, nomeadamente quando
identificam a "cultura de massas" como a perversão da própria
cultura. Hoje o problema centra-se em volta da questão da diversão. Mais
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Espaços
de Diversão: As Discotecas
O
nascimento de uma cultura jovem nos anos 60,
foi acompanhado da criação de espaços próprios de diversão. Ao
longo dos anos, o seu número não parou de crescer nem de se difundir por
todo o país. Mais
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A Nova Cultura de Diversão
A cultura de massas não pode ser desligada do processo de globalização.
Tecnologias como as artes gráficas, a fotografia, a rádio, o cinema ou a
televisão constituíram não apenas novos meios de produção e difusão da
informação, mas foram sobretudo os motores que aceleraram o processo de
mundialização das referências culturais.
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La
Féria, o Politeama e o Ministério da Cultura
Os apoios à cultura têm sido um dos
instrumentos que os vários governos recorrem para criarem à sua volta
uma corte de produtores culturais obedientes. Nesta lógica, uns acabam
por sair mais beneficiados que outros. Não raro, por razões meramente de
calculo político uns acabam por ter que ser eliminados.
Entre 1995 e 1997, o caso Politeama constituiu uma exemplo
paradigmático da partidarização dos apoios culturais. Filipe La Féria
foi então apontado pelo novo Ministro da Cultura, como o exemplo da
"má" cultura promovida pelo anterior governo de direita. La Féria
afirmava-se teria recebido subsídios exorbitantes, realiza espectáculos
numa sala sem condições de segurança para os espectadores. Tudo servia
na altura como argumentos.
Os
burocratas do Ministério da Cultura que alimentavam esta campanha não
paravam de descobrir novos motivos para acabar com a sua actividade teatral. Nesta acção de
linchamento, destacou-se a Inspecção-Geral de Actividades
Culturais.
As peças deste processo exemplar:
1. O
Caso La Féria-Politeama;
2. A
Perseguição do IGAC
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Recintos de
Espectáculos e de Diversão
A grande maioria dos
recintos de espectáculos não reúnem condições de segurança. Os de
diversão ainda menos. A situação parece ter mesmo piorado desde
1995, quando se fez uma partilha de competências. Os recintos de
diversão passaram para a alçada das câmaras municipais, os de
espectáculos ficaram sob a alçada do Ministério da Cultura. Mais |
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