Navegando na Formação

Carlos Fontes

Formação de Jovens e Formação de Adultos

 

A crítica da forma escolar de ensino que emergiu nos anos 60, resultou na criação de um movimento teórico que reclama uma especificidade para ensinar os adultos, a andragogia.

 

Malcolm Knowles foi o primeiro autor a introduzir este vocábulo na literatura científica americana, através de um artigo publicado em 1968. Rapidamente o termo se difundiu por todo o mundo, sendo as concepções sobre a formação de adultos profundamente marcadas por este movimento.  Mais

 

 

 

 Formação a Distância 

 

A crescente importância desta modalidade de formação, em particularmente entre a população adulta, tem vindo a levantar questões que muitos autores consideram ser radicalmente novas. Pouco se sabe sobre os efeitos destes ambientes electrónicos na aprendizagem humana.

 

A totalidade das teorias de aprendizagem assenta numa relação presencial de formador e formando. Neste caso o factor distância condiciona não apenas a forma como a formação é concebida, mas também toda  a relação pedagógica. 

 

Esta modalidade de formação tem características distintas da formação presencial:

 

-          A separação entre o formador e o formando em todo o processo de aprendizagem. Estamos perante um processo de fragmentação das relações. Não existe um grupo de formandos, mas apenas individuos que aprendem segundo as suas próprias necessidades e ritmos de aprendizagem;

 

-          A mediatização é feita quase que exclusivamente através de meios técnicos que suportam os conteúdos da formação. Este uso intenso de meios técnicos acaba  por colocar a tecnologia no centro do processo formativo. As suas características condicionam igualmente todo o processo formativo.

-    A preponderância de uma organização institucional que planifica e prepara o material de aprendizagem ocupa neste caso, o lugar que na formação presencial é desempenhado pelo formador.

Para o sucesso nesta modalidade de formação, tem sido apontado como factores cruciais a motivação dos formados, mas sobretudo a sua capacidade de iniciativa, autonomia e independência.

Carlos Fontes

 

 

 

Trabalho e Tempos Livres

O conceito de “tempos livres” emerge com a industrialização das sociedades contemporâneas, sendo por isso indissolúvel das transformações do trabalho, nomeadamente do trabalho assalariado e da redução do tempo que lhe é dedicado. Passa a ser entendido como o tempo que o trabalhador dispõe como seu, ocupando-o da forma como entende. É o seu tempo livre, por oposição ao que emprega ao serviço do patrão,  o seu tempo alienado.

O tempo livre dos assalariados decorria nas necessidades inerentes ao trabalho industrial. São conhecidas as repercussões psico-sociológicas da emergência da sociedade industrial, com a sua imposição de horários e cadências fixas na actividade produtiva.

A conquista de uma duração menor do trabalho diário foi desde logo importante para o equilíbrio psico-fisiológico dos trabalhadores. A limitação do tempo de trabalho tornou-se por isso uma ideia-força numa civilização industrializada. Mais

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