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Câmara Municipal
de Lisboa
O riquíssimo património de Lisboa
está a ser brutalmente delapidado, em resultado da acção de dirigentes
autárquicos que revelam uma profunda ignorância e incompetência para os
lugares que ocupam. A cidade está a ser empobrecida e a
qualidade de vida dos seus habitantes degradada. É certo que existem alguns
exemplos que parecem desmentir esta afirmação, mas a verdade é que o panorama
geral é deprimente. O mais grave de tudo é que não se apuram
responsabilidades e a continua a total impunidade.
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Maus
Exemplos
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Quinta de Nossa Senhora
da Paz (Lumiar, Lisboa)
A quinta e respectivo Palácio é propriedade da CML.
Neste magnifico palácio esteve em tempos
instalado um serviço camarário. Hoje ilustra de forma clara a maneira como a
autarquia trata o património que lhe está confiado. Tudo está votado ao abandono.
Delinquentes vandalizaram o edifício e os seus magníficos painéis de azulejos estão a
ser destruídos ou roubados para serem vendidos antiquários.
Mais
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Durante
seis (6 ) longos anos, os lisboetas assistiram à impune destruição do Museu
Rafael Bordalo Pinheiro (Campo Grande). As
fissuras no painel de azulejos da sua fachada do Museu, demonstravam claramente o
estado de ruína em que entrou o edifício após o início das construções
envolventes autorizadas pela CML.
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Museu
Rafael Bordalo Pinheiro.
A CML começou licenciar obras particulares junto deste Museu Municipal, sem que
ninguém nesta autarquia se questionasse sobre o impacto das mesmas nas fundações
do seu edifício (Prémio Valmor). O edifício do museu começou a ruir e teve que ser encerrado. Como é normal na CML não se apuraram
responsabilidades, e os incompetentes continuaram alegremente a destruírem o
património a cidade. Passaram vários anos desde que estes factos ocorreram. A
CML parecia querer manter o
museu fechado e por reabilitar no ano em que se comemorava os 100 anos
da morte deste artista (2005). Depois da publicação desta notícia,
alguém terá acordado na CML e resolveu trabalhar. O Museu só foi reaberto no dia
5 de Outubro de 2005.
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A primeira imagem
que os visitantes ficam do Museu é de um amontoado de caixotes do lixo e das
ruínas de um antiga nora (Fevereiro de 2005)
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Museu da Cidade de Lisboa.
Era suposto que o Museu de Lisboa servisse para promover e sensibilizar os
visitantes para o património da cidade, assumindo uma clara vertente
pedagógica. A verdade é que serve para tudo, menos para isso. O próprio
património que deveria preservar está a ser abandonado e lentamente vai
desaparecendo. Neste caso, como em muitos outros, ninguém apura
responsabilidades. O desleixe é completo.
A nora do Museu da Cidade,
por exemplo, foi durante longos anos um dos seus motivos mais
interessantes. Testemunhava a dimensão rural dos palacetes nos arredores da
cidade, mas também mostrava aos visitantes um dos engenhos mais utilizados para
tirar água nesta região do país. Neste sentido a nora foi sempre
cuidadosamente preservada, mas actualmente encontra-se num estado de completa ruína,
rodeada de lixo por todos o lados. Facto que só por si espelha a incompetência
como o património da cidade está a ser tratado
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Gravura
do Aqueduto das Águas Livres. Século XVIII. Museu da Cidade de Lisboa.
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Aqueduto das Águas Livres.
O traçado do último troço da CRIL, acabou por receber um parecer favorável da CML e do IPPAR,
em fins de 2004, sancionado assim a
destruição de 185 metros do Aqueduto Principal e de 55 metros do Aqueduto das
Francesas. A destruição era inevitável ? A existência de várias
alternativas demonstra que o crime podia ser evitado, mas não foi isto que
aconteceu. O património nacional foi mais uma vez gravemente lesado.
Nos últimos anos, a CML tem autorizado a destruição
de troços do aqueduto que passam em zonas histórica da cidade, como aconteceu em
São Bento.
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.. Casa de Almeida Garrett
A
CML, por iniciativa da inqualificável vereadora Eduarda Napoleão (reinado de
Santana Lopes /Carmona Rodrigues) autorizou, em 2004, mais um crime contra o
património de Portugal: a destruição da casa onde viveu nos últimos o
célebre escritor Almeida Garrett. A Casa acabou por ser demolida em Janeiro
de 2006.
Mais
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. Convento dos Inglesinhos
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Convento de Arroios |
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Miradoiro de Santa Luzia |
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Casa de Cesário Verde (Lumiar) |
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Casa de Alexandre Herculano (Rua de S.Bento) |
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Casa de Feliciano de Castilho |
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Palácio de Fontes Pereira de Melo (Bairro Alto) |
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