Carlos Fontes

 

Câmara Municipal de Lisboa 

O riquíssimo património de Lisboa está a ser brutalmente delapidado, em resultado da acção de dirigentes autárquicos que revelam uma profunda ignorância e incompetência para os lugares que ocupam. A cidade está a ser empobrecida e a qualidade de vida dos seus habitantes degradada. É certo que existem alguns exemplos que parecem desmentir esta afirmação, mas a verdade é que o panorama geral é deprimente. O mais grave de tudo é que não se apuram responsabilidades e a continua a total impunidade.

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Maus Exemplos

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Quinta de Nossa Senhora da Paz (Lumiar, Lisboa)

A quinta e respectivo Palácio é propriedade da CML. Neste magnifico palácio esteve em tempos instalado um serviço camarário. Hoje ilustra de forma clara a maneira como a autarquia trata o património que lhe está confiado. Tudo está votado ao abandono. Delinquentes vandalizaram o edifício e os seus magníficos painéis de azulejos estão a ser destruídos ou roubados para serem vendidos antiquários. Mais

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Durante seis (6 ) longos anos, os lisboetas assistiram à impune destruição do Museu Rafael Bordalo Pinheiro (Campo Grande). As fissuras no painel de azulejos da sua fachada do Museu, demonstravam claramente o estado de ruína em que entrou o edifício após o início das construções envolventes autorizadas pela CML.   

Museu Rafael Bordalo Pinheiro. A CML começou licenciar obras particulares junto deste Museu Municipal, sem que ninguém nesta autarquia se questionasse sobre o impacto das mesmas nas fundações do seu edifício (Prémio Valmor). O edifício do museu começou a ruir e teve que ser encerrado. Como é normal na CML não se apuraram responsabilidades, e os incompetentes continuaram alegremente a destruírem o património a cidade. Passaram vários anos desde que estes factos ocorreram. A CML parecia querer manter o museu fechado e por reabilitar no ano em que se comemorava os 100 anos da morte deste artista (2005).  Depois da publicação desta notícia, alguém terá acordado na CML e resolveu trabalhar. O Museu só foi reaberto no dia 5 de Outubro de 2005.  

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A primeira imagem que os visitantes ficam do Museu é de um amontoado de caixotes do lixo e das ruínas de um antiga nora (Fevereiro de 2005) 

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Museu da Cidade de Lisboa. Era suposto que o Museu de Lisboa servisse para promover e sensibilizar os visitantes para o património da cidade, assumindo uma clara vertente pedagógica. A verdade é que serve para tudo, menos para isso. O próprio património que deveria preservar está a ser abandonado e lentamente vai desaparecendo. Neste caso, como em muitos outros, ninguém apura responsabilidades. O desleixe é completo.

A nora do Museu da Cidade, por exemplo,  foi durante longos anos um dos seus motivos mais interessantes. Testemunhava a dimensão rural dos palacetes nos arredores da cidade, mas também mostrava aos visitantes um dos engenhos mais utilizados para tirar água nesta região do país. Neste sentido a nora foi sempre cuidadosamente preservada, mas actualmente encontra-se num estado de completa ruína, rodeada de lixo por todos o lados. Facto que só por si espelha a incompetência como o património da cidade está a ser tratado

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Gravura do Aqueduto das Águas Livres. Século XVIII. Museu da Cidade de Lisboa.

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Aqueduto das Águas Livres. O traçado do último troço da CRIL, acabou por receber um parecer favorável da CML e do IPPAR, em fins de 2004, sancionado assim a destruição de 185 metros do Aqueduto Principal e de 55 metros do Aqueduto das Francesas. A destruição era inevitável ? A existência de várias alternativas demonstra que o crime podia ser evitado, mas não foi isto que aconteceu. O património nacional foi mais uma vez gravemente lesado.

Nos últimos anos, a CML tem autorizado a destruição de troços do aqueduto que passam em zonas histórica da cidade, como aconteceu em São Bento. 
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Casa de Almeida Garrett

A CML, por iniciativa da inqualificável vereadora Eduarda Napoleão (reinado de Santana Lopes /Carmona Rodrigues) autorizou, em 2004, mais um crime contra o património de Portugal: a destruição da casa onde viveu nos últimos o célebre escritor Almeida Garrett. A Casa acabou por ser demolida em Janeiro de 2006.

Mais

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Convento dos Inglesinhos

  Convento de Arroios
  Miradoiro de Santa Luzia
  Casa de Cesário Verde (Lumiar)
  Casa de Alexandre Herculano (Rua de S.Bento)
  Casa de Feliciano de Castilho
  Palácio de Fontes Pereira de Melo (Bairro Alto)
   
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Bons Exemplos

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Igreja Santa Catarina 
Av. Liberdade

 

 

 
 

 

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