Carlos Fontes
Descobrir o Porto
 
 

Um percurso em três intensos e fascinantes dias

A cidade do Porto (Portucale ou Portocale) foi fundada e muralhada pelos romanos (417). Foi conquistada aos muçulmanos por Vimara Peres (868), 1º. Conde de  Portucale, cujo condado que deu origem ao reino de Portugal. D. Teresa, em 1120, doou-a ao bispo do Porto.

D. Afonso IV, mandou construir uma nova cintura de muralhas (1336). O casamento de D. João I com D. Filipa de Lencastre (Fev.1387) ocorreu no Porto, ligando a cidade à dinastia de Aviz. No século XV a cidade reforça as suas relações comerciais com o Norte da Europa. Procedeu-se à urbanização da ribeira.

No século XVIII o comércio dos vinhos do Douro deu à cidade um forte impulso económico. Entre 1717 e 1826 assistiu-se a uma enorme renovação da cidade, com destaque para o período do João de Almada e Melo (1758-1786) e do seu filho. Destruição das muralhas da cidade. Formou-se uma importante comunidade inglesa ligada ao comércio do vinho do Porto

Foi ocupada e pilhada duas vezes por tropas francesas e espanholas (13/12/1807-18/06/1808 e 29/3/1809-12/05/1809).  Desastre da Ponte das barcas.

Um facto também de enorme relevância ocorreu quando D. Pedro IV instalou as tropas liberais na cidade que foi cercada pelas absolutistas (Julho 1832-Agosto 1833).  Triunfo do liberalismo. Dois factos históricos devem ainda ser registados: a revolta republicana (31/1/1891) e a criação da Universidade do Porto (1911). Em 2011 a cidade contava com 237 mil habitantes. Nos últimos anos tem-se afirmado como um destino turístico de excelência.

Primeiro Dia


Praça da Liberdade (Estátua D. Pedro IV, de Célestin Anatole Calmels, 1866; Palácio das Cardosas, séc. XIX)  - Avenida dos Aliados (antiga Avenida das Nações Aliadas, aberta em 1916. Estátua a “Juventude “, Henrique Moreira, 1929) – Praça Humberto Delgado (Paços do Conselho, arq. Correia da Silva, 1920. Alterações Carlos Ramos, 1947. Conclusão: 1956)

Rua das Flores (aberta em 1521-5). Marca o fim da proibição dos nobres poderem estabelecerem-se no Porto. Casas aristocráticas e da burguesia mercantil. Igreja e Museu da Misericórdia (1559).

Igreja S. Francisco . Convento dos Frades Observantes de S. Francisco. Inicio construção 1233.Igreja, 1383-c.1410. Estilo gótico. Frontaria séc. XVII -XVIII. Talha barroca e rococó (sécs. XVII-XVIII). Catacumbas.

Palácio da Bolsa. Símbolo do poder dos comerciantes e industriais do Porto. Sede da Associação Comercial do Porto (1834). Projeto de  Joaquim da Costa Lima. 1ª. Pedra: 1842. Fachada  estilo neoclássico.  Salas importantes:  sala das assembleias,  antigo Tribunal do Comércio (1899-1903),  salão árabe  (1862-1880, concebido por Gustavo de Sousa, inspirado no Alhambra)

Percurso: Rua do Belomonte (Museu das Marionetas), Ruas das Taipas , Rua das Virtudes. Rua  Dr. Barbosa de Castro (Casa de Almeida Garrett, 37; Escola Artística Arvore).

Cadeia da Relação (Centro Português de Fotografia)
Edificio inicio construção 1765, para albergar o tribunal da relação do Porto. Funcionou como cadeia  até meados do séc. XX. Presos célebres: Camilo Castelo Branco, Ana Plácido, Zé do Telhado, etc. Desde 1997- Centro Português de Fotografia. Visita a várias exposições. Estilo neoclássico.

Torre dos Clérigos. Igreja construída entre 1748 e 1763 por Nicolau Nasoni, que aqui se encontra sepultado. O interior é de uma só nave elíptica.  Torre 75 m (1754-1763). Estilo barroco.

Clérigos...

Jantar: ?

Noite:

Rua de Santa Catarina.  Rua reconstruída na segunda metade do século XVIII, a mais comercial da cidade do Porto.  A reter: Grande Hotel do Porto, onde faleceu a última imperatriz do Brasil –Teresa Cristina (1880), Café Magestic (1921), Capelas das Almas (revestida a azulejos), etc. Foi nesta rua que foi realizado o primeiro filme em Portugal, Aurélio Paz dos Reis (1896).

Praça da Batalha: Foi reorganizada no séc. XVIII. A reter: estátua de D. Pedro V (1866, Teixeira Lopes, pai), Palácio da Batalha (séc. XVIII), Teatro Nac. S. João (1911-1920, Marques Silva), Cine-Teatro Batalha (1947, Artur Andrade), Igreja Santo Ildefonso (1730), na fachada azulejos de Jorge Colaço (1932).

Continuação

Carlos Fontes

 
 

 

 
 
 

 

 

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