Carlos Fontes

 

 

   

Cristovão Colombo, português ?

 

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Juan de la Cosa (1460 ? -28/2/1510)

 

Piloto de origem castelhana que durante anos esteve ao serviço de Portugal, tendo ido às suas rotas secretas na Guiné.

 

 

1. Expedições às Indias com Colombo

 

Em meados de 1492, estava com a sua nau - Santa Maria - no porto de Palos, junto a Huelva. Colombo fretou o seu navio para a 1º. viagem, tendo embarcado também na qualidade de mestre.

 

Na 1ª. Viagem de à América, combinado com Colombo, afundam na noite de Natal de 1492, a nau Santa Maria. Este foi o pretexto para deixarem nas Antilhas os espiões dos reis de Espanha. Desta forma impediam que os mesmos falassem sobre o que haviam de facto descoberto, e por outro lado, garantiram o seu regresso às Antilhas

 

Participa na também, agora como piloto, na segunda viagem (1493), sendo todavia pago como marinheiro.  

 

 

2. Expedição de Alonso de Ojeda (1499-1500)

 

Participou, como piloto, na viagem às Indias de Alonso de Hojeda, tendo explorado o litoral da  Venezuela. Um dos que reclamou a sua presença nesta expedição foi Américo Vespúcio, cujo relato sobre a mesma tem provocado enormes confusões.

 

Não se sabe ao certo quantas caravelas iniciarem a expedição, uns afirma que foi apenas uma, Vespúcio diz que foram duas, para a seguir afirmar que foram três... Ojeda, durante a viagem, ter-se-á apoderado de uma caravela, o que leva alguns historiadores a falarem em quatro caravelas na expedição.

 

Destes testemunhos nada se pode concluir com segurança, trata-se no fundo de uma típica ação de propaganda espanhola, que datou documentos (cartas e mapas) com datas anteriores aos acontecimentos verificados, de modo a reclamar para a Espanha as descobertas portuguesas. 

 

Vespucio, Hojeda e Juan de La Cosa estiveram envolvidos nestas manobras fraudulentas, que ainda hoje são alimentadas por muitos historiadores. Mais

 

 

2.1. Pesquisa em Hispaniola (1500)

 

A versão mais exacta desta viagem consta de uma pesquisa feita em 1500, quando Hojeda chega à ilha de La Hispaniola, e aí é sujeito a um inquérito por Rodrigo Perez, lugar-tenente de Colombo. Ficamos a saber o seguinte:

 

 - A viagem iniciou-se a 18/5/1499, apenas com uma única caravela, na qual seguiam pelo menos dois portugueses, pai e filho.  Na costa da Barberia juntou-se mais uma caravela;

 

   - A rota seguida foi a seguinte: Puerto de Santa Maria, costa da Berberia (cabo de Aguer), Lanzarote, Fuerteventura, Gran Canária e Gomera;

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   - Aportou à foz do Rio Orinoco (Venezuela), tendo depois percorrido a Terra Firme, ilha Margarita, Golfo das Pérolas, promontório de Santa Eufémia, incluindo a Ilha dos Gigantes, Curaçao e Arruba. Dirigindo-se depois para La Hispaniola, onde foram sujeito a um inquérito (8).

 

Américo Vespúcio, aponta como resultados concretos desta expedição a captura, de 232 escravos, tendo morrido 32 na viagem para Cádiz, onde supostamente terão chegado em Junho de 1500.

 

Esta expedição foi financiada pela Marquesa de Montemayor, portuguesa exilada em Espanha. Em 1504, como veremos, Juan de la Cosa, participou noutra expedição também financiada por esta portuguesa. 

 

Com que objectivo ? - Obter produtos e escravos nos  domínios espanhóis definidos no Tratado de Tordesilhas, uma acção que os portugueses se tornaram especialistas.

 

 

3. A Fantasiosa História do Mapa-Mundi (mapa do mundo) (1)

 

Os espanhóis á mingua de cartógrafos e navegadores, tem procurado transformar Juan de La Cosa num notável cartografo, atribuindo-lhe a feitura do primeiro mapa do mundo em 1500.

 

Afirmam que terá realizado esta enorme tarefa sozinho, em apenas 4 meses,  pouco depois de ter regressado das Indias. O mapa só foi descoberto em 1832, e ao longo dos séculos ninguém soube da sua existência ! 

 

Na verdade, Juan de la Cosa chegou a Espanha em Junho de 1500 e em Outubro de 1500 já integrava a nova expedição de Rodrigo Bastidas. 

 

Em quatro meses realizou, segundo os alguns historiadores espanhóis, um mapa de enorme complexidade, que implicava não apenas profundos conhecimentos de cosmografia, cartografia, toponímica, iluminura, desenho, etc.

 

Neste curto período de tempo, articulou toda a informação disponível, incluindo a obtida pelos espiões espanhóis em Portugal. Registou e certamente terá confirmado mais de 1.485 topónimos do mundo.

 

Juan de la Cosa teria realizado esta enorme tarefa, sem qualquer experiência anterior neste domínio. Não lhe lhe conhece qualquer outro mapa. Não possuía nenhuma oficina, nem consta que houvessem cartógrafos no porto onde vivia - Puerto de Santa Maria. 

 

Como se tudo isto não bastasse, o mapa foi feito no meio de inúmeros outros trabalhos, nomeadamente a venda de 222 escravos que, segundo Américo Vespúcio, haviam trazido das Indias.

 

 

 

3.1.Análise do Mapa 

 

O mapa assenta numa concepção muito retrógrada do mundo, apenas admitindo a existência de três continentes : Europa, África e Ásia. As terras descobertas por Colombo são situadas na Ásia. 

 

Assinala as linhas equatorial e a do trópico de Câncer. A linha meridiana passa pelos Açores, dividindo o mundo ao meio conforme o acordado no Tratado de Tordesilhas (1494). 

 

Este mapa parece ter resultado da junção de dois mapas diferentes: um português e outro elaborado possivelmente por Colombo sobre as Antilhas.

 

Testemunhos dos Pleitos, como demonstraram  Alícia Gould e Rumeu de Armas (libro Copiador), apontam para o facto do mesmo se ter servido dos  mapas de Colombo. Rodrigo de Alvarado, testemunha que Pedro de Salzedo foi quem lhe deu uma copia dos mapas do Almirante. No mesmo sentido testemunham Pedro de Arroyal e Rafael Cataño.

 

A iconografia da parte que representa a Europa, África e Ásia é tipicamente portuguesa. Abundam neste mapa os topónimos portugueses, tais como "Serra", ", "Monte de Pedra", "C. da Boa esperança", "R. do Ynfante", etc., comprovando a sua matriz lusa.

 

Aparecem no mapa também topónimos em latim, o que indica que o copista não traduziu completamente o mapa original.

 

África e Ásia. Todos os topónimos da costa ocidental de África são portugueses. Numa alusão ao rei português que serviu, Juan de la Cosa coloca na parte inferior de África a seguinte legenda: "Hasta aqui descobrió el excelente rey D. Juan de Portugal". Ainda em África, mas na Etiópia desenha a figura mítica de Prestes João manifestando que está a par do imaginário luso dos descobrimentos. 

 

A representação da costa oriental de África é puramente fantasiosa. Quando à Asia revela um total desconhecimento, embora saiba da viagem Vasco Gama (1497-1499). Muito a leste de Calecute, escreve "Tierra descubierta por el Rey don Manuel Rey de Portugal".

Um dos mapas que serviu para representar de forma fantasiosa a Ásia é seguramente muito anterior às descobertas de Vasco da Gama.

 

Antilhas (Caraíbas). A representação das Antilhas, embora seja mais completa, está todavia feita numa escala desproporcionada em relação ao conjunto dos continentes. Prolonga-se pelos dois hemisférios. O mapa regista topónimos que em 1500 eram desconhecidos dos espanhóis: Em 1500 só haviam percorrido a costa da Venezuela até ao cabo da vela, mas o mapa assinala já descobertas posteriores (Goajira, costa da Santa Marta, Urabá, Rio grande de Darien, etc), o que confirma que o mapa foi sofrendo alterações ao longo dos tempos.

 

Cuba, Hispaniola e Tridadad. O autor demonstrando conhecer alguns segredos de Colombo, representa Cuba como uma ilha. Recorde-se que este navegador  enganara deliberadamente os espanhóis, obrigando inclusive a tripulação a jurar que se tratava de uma parte da Ásia, sem que tivessem explorado completamente as costas da ilha. A insularidade de Cuba só foi admitida depois de 1508, quando o governador Ovando a fez circundar por Sebastian Ocampo.

 

Os erros são colossais, mesmo onde seria menos de esperar: Ao fim de 7 anos, os espanhóis ainda não conseguiam precisar a localização de ilhas como Cuba ou Hispaniola. Cuba é representada entre 30º e 38º N, quando devia estar a entre 19º 48`  23º. 11`N.; A Hispaniola está entre 21º e 26º. N, contra os verdadeiros limites de 17º 40`e 20º. N; A ilha da Trindad que está entre 10º e 30`N sobe para 14º 30`N.

 

Estes exemplos, mostram a completa incompetência dos cosmógrafos que participaram na elaboração deste planisfério.

 

Brasil. Durante muito tempo foi afirmado que era o primeiro mapa que representava as costa do Brasil, sem que se tenha levado em conta que o mapa sofreu vários acrescentos a longo dos anos.  Neste mapa não está representado o nordeste do continente austral até o Amazonas e daqui até o cabo de Santo Agostinho. Falta a zona que precede e segue o Amazonas. A representação é fantasiosa, revelando um completo desconhecimento.

 

A "Ysla descubierta por Portugal", supostamente o Brasil "achado" por Pedro Alvares Cabral, é provável que seja a ilha de Fernando de Noronha" descoberta em 1501-1502.

 

Na costa supostamente do Brasil surgem topónimos que datam de 1508, revelando a possível datação do mapa. Os historiadores espanhóis mais rigorosos, não vindo a público desmentir as mistificações que tem sido produzidas (1). Nada que constitua em Portugal ou no Brasil uma novidade (2 ).

 

Américas. O mapa assinala a região dos EUA descoberta por Giovanni Caboto, em 1498, mas une-a ao Brasil, sem dar indicações de distâncias ou referências precisas. Desde o golfo do México até cabo Cod não existem legendas, nem estuários. Imagina toda esta costa como fazendo parte das costas da Ásia que desconhece.

 

Arcaísmos. O mapa apresenta uma visão arcaica do mundo, pois une une a América Central à Asia, situando na passagem a figura de S. Cristovão, numa personificação do próprio Cristovão Colombo. As escalas do planisfério são meramente decorativas. Os módulos das distâncias não são constantes, etc. Na prática nenhum navegador se poderia orientar por este mapa.

 

O actual Planisfério de La Cosa é provavelmente uma cópia atualizada feita em 1509, com base num mapa rudimentar feito por La Cosa em 1500. A única zona do mundo que tinha informações mais precisas era sobre as Antilhas.

 

Testemunhos de companheiros de Juan de la Cosa, confirmam que o mapa que terá efectivamente realizado era muitíssimo limitado. Nos Pleitos Colombinos dois pilotos - Pedro Ledesma e Juan de Jerez - que terão visto o mapa, dizem que a costa da América se estendia apenas "dende los Freiles (ilhotas a E. da Margarida) hasta la Punta Espada"  (6).  

 

3.2. Finalidade do Mapa

 

O mapa atribuído a Juan de la Cosa foi finalizado nunca antes de 1508. É um típico produto da disputada do mundo entre Portugal e a Espanha, revelando o quanto este país estava atrasado no domínio da cartografia no início do século XVI.  

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4. Expedição de Rodrigo de Bastidas (1501-1502)

 

Participou como piloto, em 1501 e 1502, na expedição de Rodrigo de Bastidas (4 ), na qual foi também como soldado o sanguinário Vasco Nuñes de Balboa (5).

 

Nesta expedição andou a explorar o litoral da actual Colombia, a foz do Rio da Madalena e o golfo de Uralba ou de Darien, tendo chegado às costas do Panamá (1502). A viagem foi um completo fracasso, tendo sido obrigado a refugiar-se na Jamaica e depois na Hispaniola, onde as duas caravelas se afundaram.

 

Não tardou a ser acusado de andar a traficar ouro com os indigenas, o mesmo sucedeu a Rodrigo de Bastidas. Ambos foram presos por Francisco Bobadilla (1502), mas graças a Nicolás de Ovando, o novo governador, conseguiu regressar a Espanha.

 

Apesar do desaire, a corte espanhola nomeou-o, aguazil mor das terras do golfo de Urabá, quando as mesmas tivessem governador.

 

4.1. Negociações e Prisão em Lisboa (1503)

 

Em Espanha, Juan de la Cosa, revela aos reis católicos que se haviam deparado nas costas do Panamá com quatro navios de portugueses que andavam a resgatar escravos e traficar clandestinamente produtos na região. 

 

Este facto mostra claramente o que o mapa dito de Cantino (1500) já documenta: os portugueses muitos antes dos espanhóis conheciam toda a América Central até à Florida. 

 

Assustado com a revelação, os reis espanhóis enviam Juan de La Cosa, em Agosto de 1503, a Lisboa numa missão secreta para obter informações, acabando por ser preso nesta cidade. 

 

Libertado através de pressões diplomáticas, regressa a Espanha (Outubro de 1503), onde confirma as expedições que os portugueses estavam a fazer aos domínios espanhóis, mas também que uma nova esquadra estava preparada para partir. Levou consigo também dois mapas (7).

 

Revela ainda que os portugueses já tinham planos hidrográficos das Indias espanholas. Um facto que provoca a ira dos reis católicos. 

 

5. Patrulhamento da Terra Firma

 

Em 1504 é enviado para as costas da Terra Firma (Colombia), para combater as incursões que os navios portugueses faziam na região.

 

A marquesa de Montemayor (portuguesa), volta a financiar mais esta expedição. Os seus resultados são nulos, regressando pouco depois a Espanha. A verdadeira missão de Juan de la Cosa terá sido o tráfico clandestino de escravos.  

 

Três anos depois recebe uma nova missão: patrulhar o golfo de Cádiz, para apanhar os navios portugueses vindos das Indias espanholas. Os resultados foram, uma vez mais, nulos.

 

6.  Novas Expedições e a Junta dos Navegantes de Burgos

 

O ano de 1507 é marcado por informações duvidosas sobre as suas actividades. 

 

Neste ano foi chamado à corte para discutir a politica ultramarina, na chamada Junta dos Navegantes de Burgos, formada em consequência da crescentes presença dos portugueses nos domínios espanhóis. Entre os que participarem nestas reuniões contam-se Juan Diaz Solis (português), Vicente Yáñez Pinzón e Américo Vespúcio (florentino), acabado de regressar de Portugal, onde  alegadamente teria vivido cinco anos. 

 

A Junta defende a continuação das explorações e  a ocupação dos territórios descobertos, como forma de evitarem o seu saque pelos portugueses.

 

No ano seguinte, a 28/6/1508, sai de Sanlucar de Barrameda, uma expedição comandada por Juan Diaz de Solís e Vicente Yanez Pinzon, na qual participaram também Pedro de Ledesma e Andrés de Morales, tendo atingido o golfo do México. A expedição não prosseguiu, devido às desavenças entre o português e o espanhol. No regresso a Espanha, em 1509, Solis acabou por ser processado, o que não o impediu de, em 1512, substituir o charlatão de Américo Vespúcio como piloto maior da Casa da Contratação de Sevillha.

 

Juan de La Cosa, a 15 de Junho de 1507, estando a corte em Valladolid, é autorizado a ir à Hispaniola levar um carregamento de escravos negros, pois os espanhóis já tinha dizimado grande parte da população nativa. Teria ido com Rodrigo de Bastidas. Durante a viagem teriam sido perseguidos por portugueses e um pirata viscainho - Juan de Granada - , o certo é que não tardou a voltar a Espanha. É provável que fossem também portugueses os navios que usaram nesta expedição.

 

 

7. Expedição de 1509 e Morte nas Indias

 

Em 1508 sabemos que veio a Lisboa, a fim de adquirir duas caravelas tripuladas por portugueses, que se destinavam à expedição de 1509 à América Central, na qual veio a falecer, em combate com os indios.

 

A Junta de Burgos, em 1499, autorizou uma importante expedição à Terra Firma, comandada por Alonso de Ojeda e Diego de Nicuesa, onde iriam ocupar os cargos de Nueva Andalucia e Castilla del Oro.

 

Ojeda partiu a 10 ou 12 de Novembro de 1509, levando consigo Juan de La Cosa, que, como dissemos,  havia adquirido para o feito duas caravelas em Portugal (3). Iria ocupar  cargo de aguazil mor do governo. Ojeda desembarcou perto de Cartagena (Colombia), onde encontrou uma enorme resistência dos indios, que mataram centenas de espanhóis. Com a chegada de Nicuesa, a vingança foi terrivel, sendo brutalmente massacrados inúmeros indios. Foi nesta altura encontrado morto, preso a uma arvore Juan de La Cosa (29/2/1510).

 

O sanguinário Ojeda, acabou por ter que abandonar a cidade que fundara - San Sebastián, junto à actual Cartagena ( Colombia), tendo-se refugiado em Santo Domingo. O vice-rei Diego Colon, ordenou que o mesmo fosse processado e acusado das enormes atrocidades que cometera contra os indios, tendo morrido na miséria em 1515 ou 16..

 

Carlos Fontes

 

São Cristovão

 

Colombo se cultivou o segredo não deixou de deixar abundantes pistas para o decifrarmos, a começar pela escolha do nome. 

 

A missão de Colombo foi desde 1485 levar os castelhanos/espanhóis às Indias de modo a afastá-los da verdadeira India. O primeiro nome que adoptou revela precisamente ser essa a sua intenção: Cristovão (Cristobal, Cristoforo, Christopher, Christoferens, etc ) significa literalmente "aquele que transporta ou leva Cristo". Uma missão que o obrigou a sete longos anos de contactos, negociações e insistências para ser levada a cabo.    

 

Tratava-se de uma missão que não podia desempenhar sozinho, por isso acrescentou ao primeiro nome um segundo,  o de "Colon" que significa membro de uma irmandade. Questão que o seu filho Fernando Colon fez questão de esclarecer na biografia dele escreveu.

 

Esta simbologia parece ter sido entendida por alguns dos que com ele contactaram, como foi o caso de Juan de la Cosa.

 

 

 

 

Numa das extremidades a Oriente colocou a figura de São Cristovão, simbolizando Colombo e as terras para as quais conduziu os espanhóis. Na mesma linha, sobre o "mar dos sargaços" colocou a imagem da virgem com o menino

 

Carlos Fontes

  Notas:

(1 ) Duque de Estrada, Hugo O`Donnel y - "Lo Colombino en la carta de Juan de la Cosa, in, Cristobal Colón, su tiempo y sus reflejos. V Centenario de la muerte del Almirante en Valladolid, Jesus Valera marcos (coord.), Valladolid, 2006, I. Vol. p. 600 

(2 ) Guedes, M. J. - "O Reconhecimento do litoral brasileiro na 1ª. década do séc. XVI", in, Revista do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, 4 , 1968., p.465. Este historiador defende a ideia o mapa embora possa ter sido iniciado em 1500, o retoque final é de 1509, tendo em conta elementos que estavam em disputa na costa  brasileira.  A obra de Duarte Leite continua a ser uma referência fundamental nesta questão.

(3 ) Quesada, Miguel Angel Ladero - Dotación y Aprovisionamiento de Armadas enviadas a las Indias.1495-1519, in, Cristobal Colón su tiempo ..., V Centenario de la muerte ..., vol. 2, p.31 

(4 ) Rodrigo de Bastidas (1460-1527), vizinho e escrivão no bairro de Triana, em Sevilha, conseguiu uma  licença a 5/6/1500. Contava com duas caravelas e dois pilotos - Juan de La Cosa e Andrés de Morales.  Entre os soldados regista-se a presença de Vasco Nuñes de Balboa. As caravelas partiram de Cádiz em Outubro de 1500.  Terminou a sua exploração da costa da Colombia em Puerto Escribanos (Panama), a que se chamou Retrete. Foi obrigado a procurar refugio na Jamaica e depois na Hispaniola, onde os dois navios acabaram por se afundar. O governador Bobadilla acabou por os prender, acusando-os de andarem a vender armas aos indios. Foream libertados pelo novo governador - Nicolás de Ovando -, que lhes deu uma caravela para puderem regressar a Espanha, onde chegaram em Setembro de 1502.

Bastides voltará as Indias, em 1521, com um importante grupo de portugueses.

(5 ) Balboa foi pagem dos Portocarrero, uma familia nobre de origem portuguesa, cujo panteão familiar se encontra em Moguer.

(6 ) Colecção de Documentos inéditos relativos aos descobrimentos, das antigas possessões espanholas do ultramar. Madrid. 1885-1932 (co. do.In.Ultramar, Pleitos I, p.302). 

(7)

(8) Serrano, Carlos Seco - El Viaje de Alonso de Hojeda en 1499: ùltimas Conclusiones, in, Congreso de Hist. del Descubrimiento (1492-1556). Actas. Madrid. Tomo II.1992

 

 

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