Colombo: Italiano ?
Papéis
de
Assereto
e a
Farsa de Colombo Mercador
Os
célebres papeis de Assareto, folhas soltas de uma alegada Acta notorial,
por incrível que possa parecer só apareceram em 1904 ! O
descobridor das mesmas foi um coronel de infantaria italiana
- Hugo de Asseretto -, que devido a tão patriótica "descoberta" não
tardou a ser promovido a general.
Durante séculos
inúmeros italianos, nomeadamente de Génova, haviam procurado sem êxito
documentos que ligassem o dito tecelão Colombo à cidade de Lisboa.
Ao longo de
todo o século XVI, na disputas judiciais pela posse da herança e dos títulos
de Colombo esta folha solta de rascunho nunca apareceu. Uma multidão de caça
heranças vasculhou por toda a Itália um documento semelhante, mas nada
encontrou. Este documento apareceu em 1904, saído do nada, num arquivo
que fora visto e revisto durante séculos por investigadores que procuravam um documento que ligasse
um homem chamado Colombo a Lisboa.
Historieta:
O
rascunho da Acta, começa com uma dúvida: Luis Centurión, identificado
como "jurista",
não sabe se tem um caso com "Paulo de Negro", "antes chamado de Lucas"
(sic), ou com Casiano, seu irmão. Para justificar a inexistência de um
contraditório no Tribunal, diz-se que Paulo está de partida para uma grande
viagem...
Pelo que é dito, depreende-se que Paulo Negro, por volta de Julho de
1478, fora incumbido por Luis ou por Casiano de ir à Ilha da Madeira
comprar açúcar. Ao certo ninguém sabe quem tomou a decisão da
compra...
Paulo de Negro, estando em Lisboa,
encarregou nesta cidade "Cristoforus" de ir à Ilha da Madeira comprar o
dito
carregamento de Açucar, dando-lhe panos de lã e outras mercadorias para troca,
para além de 427.000 reais (115.000 em Lisboa, e 312.000 na Madeira).
O português "Fernando
Palensio" era o patrão do barco, que na Madeira faria o carregamento de
açucar, mas uma vez
que "Cristoforus" não tinha o dinheiro necessário, acabou por não o
fazer. O patrão português, na altura, acusou
Paulo Negro do negócio não se ter realizado, segundo o testemunho de "Cristoforus".
"Cristoforus", apesar
disto, ainda assim conseguiu comprar 200 arrobas para Jerónimo, médico e
administrador de Paulo Negro, trocando-os por "panos de lã" e outras mercadorias,
que pertenciam a Paulo Negro e ao
seu médico. Na troca que fez teve um prejuízo de 10 a 15%.
Um catalão - Roig - conseguiu
comprar também 200 arrobas de açúcar, mas cujo preço foi aumentado, porque Paulo
Negro não enviou o dinheiro, o que ainda não tinha feito em Janeiro de 1479.
Luis Centurion, primeiramente
identificado como "jurista", e depois como "nobre",
convoca como testemunha deste negócio falhado "Cristoforus", identificando-o como "cidadão
genovês".
Este limita-se a dizer que Paulo Negro não lhe deu o dinheiro
necessário para comprar o açúcar, e por isso o patrão português - Fernando Palensio - não carregou o navio, tendo o mesmo dito que tinha sido prejudicado
com a situação.
"Cristoforus", colocando as
mãos sobre as "Escrituras" (biblia), jurou que tudo o que tinha dito era
verdade. Em apoio a tudo o que dissera, limita-se a referir o testemunho do patrão português.
"Cristoforus"
quando interrogado se conhecia Luis Centurión, afirma que não o conhecia. Diz
que tem 27 anos mais ou menos, e de bens 100 florins.
"Cristoforus" afirma, por
último, que seguia no dia seguinte para Lisboa.
As folhas não registam o início, nem a conclusão
do processo. Ficamos sem saber se foram ouvidas outras testemunhas. Fica no ar a
ideia que o patrão português também foi ouvido no Tribunal em Génova...
Importância destes papéis:
A importância deste documento foi
desde logo destacada, por dois motivos essenciais:
a) Fixava uma data para o nascimento
de Colombo - 1451 -, uma data que até então tinha oscilado entre 1436 e
1456...(1).
b) Permitia ligar Colombo a Génova e
aos grandes mercadores-banqueiros da cidade.
A verdade é que estes papéis de
Assereto, apenas nos permitem afirmar que o suposto Colombo-mercador estava em
Lisboa, no ano de 1478, onde recebeu dinheiro e mercadorias para ir à Ilha da
Madeira, a mando de Paulo Negro para comprar açúcar. Fora encarregado de um
negócio de compra de açucar, mas desconhecia inclusive a quem se destinava...
O próprio Colombo mercador afirma,
em Tribunal, que não conhece o mercador-banqueiro Luis Centurión que vivia em
Génova, mas apenas Paulo de Negro que vivia em Lisboa ...
A propaganda italiana foi
tremenda, nomeadamente nos países anglófonos e francófonos, de modo a
consolidarem a ideia que Colombo andara ao serviço da economia "italiana",
embora de uma forma muito incompetente. O seu projecto pessoal, como veremos,
procurava justamente destruir a economia italiana, deslocando o comércio das
especiarias do Mediterrâneo para o Atlântico.
Sinais de Falsificação:
Tudo
nos leva a concluir que se trata de um documento falso, embora possa ter sido
baseado em alguns factos verdadeiros.
-
Rascunho. Não se tratam de folhas notoriais, mas de sim de folhas avulso,
de simples rascunhos para uma suposta acta. Nunca foi encontrada a Acta propriamente dita, nem
qualquer outro elemento do alegado processo, registo em livro ou no cartulário.
Armando Cortesão (2) foi dos primeiros a destacar este facto.
-
Sem assinaturas e selo notorial. As folhas estão sem assinaturas
dos declarantes ou do tabelião e não possuem qualquer selo notorial. Este facto
não nos permite confirmar se ocorreu qualquer processo e quem foram os
intervenientes. Apenas se refere de forma muito vaga que o processo judicial
teria tido lugar em Génova a 25 de Agosto de 1479.
- Latim e procedimentos oficiais.
O suposto redactor do rascunho da acta desconhece a forma e os procedimentos
próprios para a elaboração de documentos oficiais, e usa um latim muito arcaico
para os finais do século XV (3).
-
Caligrafias diferentes.
Nas folhas de
rascunho existem diferentes caligrafias, palavras sobrepostas e letras rasuradas.
Um facto que indicia a tentativa de justificar o carácter não oficial das folhas e
desculpar a pouca precisão da sua informação.
-
Nome. É mencionado que um individuo chamado "Xristoforus" ,
mas depois o mesmo muda de nome e passa a ser designado por "Cristoforus".
Há uma evidente tentativa de lhe atribuir vários nomes para coincidir com as
variações do nome de "Cristovão" nos documentos oficiais.
-
Idade. Nesta folha "Cristoforus", supostamente Cristovão
Colombo, declara que tem "vinte e sete anos ou à volta disso". É
inimaginável que Colombo não soubesse a sua idade e o notário aceitasse que o
mesmo respondesse desta maneira num processo judicial.
-
Moço de Recados. O "Cristoforus" que, em 1479, aparece neste rascunho
não era comandante de navios, mas apenas um simples agente de um negócio de
Paulo Negro. Vivia em Lisboa, como Paulo Negro, e foi aqui lhe foram dadas as
ordens. Um
facto que não se encaixa com a descrição que o próprio faz do seu passado de
comandante. O patrão do navio é identificado como um português - "Fernando
Palensio".
-
Último dia. "Cristoforus" (Colombo ? ) só foi ao Tribunal
Mercantil de Génova, de onde era natural, na véspera de partir para Lisboa, onde
vivia. Estranhamente fez questão de registar este facto no rascunho da suposta
acta oficial, mencionando inclusive que partiria no outro dia de manhã para
Portugal.
Pela
leitura do depreende-se só se deslocou a Génova, em 1479, para tratar
deste processo. Não é crível que tenha feito uma tão longa e perigosa viagem
naquele tempo para se demorar apenas algumas horas na sua suposta cidade natal,
correndo logo a seguir para a sua amada Lisboa.
-
Paulo Negro. Este mercador, que tanto se pode chamar "Pedro" como
"Lucas", surge com um nome português
- Paulo di Negro- vive em Lisboa, e foi nesta cidade que mandou Colombo à Ilha
da madeira.
Os falsários não escrevem o seu nome em
italiano ou espanhol, nem sequer o latinizam. Porquê ? Com receio talvez de
serem facilmente desmascarados.
Na verdade existia em Génova, no século XV,
uma familia de mercadores com o apelido "Negro", mas era de origem portuguesa.
Este apelido era muito frequente em Portugal desde o século XII,
nomeadamente entre mercadores judeus.
- Fernando
Palensio",o patrão português que faria o carregamento do açúcar. Os
falsários italianos serviram-se do nome de um conhecido corsário português -
Alvaro Fernandes Palenço, verdadeiro terror dos mares.
Mais
-
Imprecisões. Para
além das já mencionadas omissões, esta "Acta" é imprecisa em relação
a todos os elementos que nos pudessem ajudar a precisar os individuos envolvidos
neste misterioso negócio de açucar, assim como a a quantia que seria necessária para
a compra se puder realizar, a razão do contencioso judicial, etc.
Os
falsários basearam-se num facto real - o comércio de açúcar com a Ilha da
Madeira envolvia mercadores italianos, nomeadamente genoveses -, mas furtaram-se a precisar
detalhes sobre o negócio de "Colombo" afim de evitar poder vir a serem
desmentidos.
O
objectivo da falsificação deste "documento" parece ter sido o de
criar a ideia que Colombo era um mercador genovês, de forma a ocultar o
seu passado de corsário. Recorde-se que Colombo se evidenciou no saque de
navios italianos, nomeadamente ao serviço de Portugal. Trata-se de um passado
muito dificil de encaixar na sua suposta origem genovesa, e por os falsários
trataram de forjar outra estória mais conforme à sua alegada origem italiana.
Farsa
de Colombo Mercador
Os historiadores italianos têm
procurado construir a fabula de Colombo mercador, baseados em dois documentos
falsos ou falsificados: -o
apêndice
ao "Testamento" de 1506 e as folhas
de Assereto.
Com base nestes documentos, como dissemos, pretendeu-se transformá-lo num mercador genovês
estabelecido em Lisboa, com negócios de açúcar na Ilha da Madeira.
O
apêndice ao Testamento de 1506, como vimos, apresenta uma série de credores
genoveses de Colombo: António Vazo, Luís Centurion Escoto, Paulo Negro
e Baptista Espínola.
Nas
folhas de Assereto surge, em 1478, ligado ao negócio do açúcar
madeirense. Embora o carregamento não se tenha efectivado,
afirma-se que era genovês e tinha negócios com o mercador genovês Paulo
Negro (18), intermediário da Casa Centurión.
Para
tornar a história mais credível e completa, inventaram que num dos seus fretes
para adquirir açucar, na Ilha da Madeira, encontrou com Filipa Moniz Perestrelo
com quem se veio a casar. As viagem que fez foram aos serviço dos mercadores
genoveses, etc.
Como
é que Colombo se tornou mercador ? A explicação dos historiadores italianos e
alguns portugueses é delirante:
a)
Ao
longo de 21 anos em Espanha (1485-1506), Colombo ignorou completamente todas as
grandes casas genovesas, como os Di Negro, Centurione, Vazo
ou Spinola. Não é crível que em Portugal tivesse andado ao serviço
destes mercadores, e depois em Espanha os tivesse simplesmente ignorado. Os únicos
em que se apoiou foi nos florentinos, justamente os únicos italianos que eram
da confiança do reis de Portugal.
b
) Após 7 anos como corsário (1469-1476), em que andou a atacar barcos
genoveses e venezianos, mas sobretudo depois de ter participado no saque e matança de genoveses ao largo do cabo de S. Vicente (1476), resolveu fixar-se
em Lisboa, dedicando-se ao comércio com os seus conterrâneos aqui
residentes.
c
) Não contente com o que fizera aos genoveses, entre 1476 e 1484 andou a
pedir-lhes dinheiro emprestado que nunca lhes pagou. Só se lembrou de novo
deles dezenas de anos depois, quando estava "pobre" e apenas um
dia antes de morrer (1506), e depois de saber que os seus credores haviam já
falecido...
As
suas alegadas dividas ficaram registadas num apêndice ao seu Testamento para
que os seus herdeiros se entendessem com os herdeiros dos ditos credores
genoveses. As referências que deixou dos credores são de tal forma vagas, que
não permitiam a ninguém pagar o que quer que fosse (texto
nesta página). Faz ainda questão que o dinheiro para saldar as dividas fosse
português !
d
) Apesar de ter prejudicado os genoveses, nunca se lembrou de os compensar,
nomeadamente propondo-lhes a expedição às Indias. Ele e o seu irmão
Bartolomeu Colon passaram anos a tentarem convencer os portugueses, castelhanos,
ingleses, franceses, mas nunca os italianos.
e
) O desprezo para com os genoveses era de tal forma evidente que embora fosse
alegadamente um deles, e vivesse no meio de mercadores genoveses, não sabia
uma única palavra de italiano, o mesmo se passava com os seus irmãos. A
sua correspondência com os italianos, incluindo os genoveses, é feita em latim
e castelhano aportuguesado, nunca em italiano. Também nunca se lembrou de nomes
italianos para dar a uma das muitas terras que descobriu. Os seus escritos estão
repletos de elogios a Portugal e aos portugueses, mas nenhum aos italianos.
f
) Para cúmulo, nas Indias mandava mutilar ou matar todos aqueles que lhe
chamasse de genovês. Os genoveses que foram para as Indias terminaram mortos,
perseguidos ou afastados das descobertas por Colombo.
Esta
história de Colombo mercador é tão descabelada, que só os historiadores
italianos e alguns portugueses eram capazes de a escrever, a fim de continuarem
a prolongar a mentira.
Confusão
de Negócios e Mercadores de Açúcar da Madeira
Paulo
di Negro e a Casa Centuríon, em 1478, tinham negócios de açúcar na Madeira?
É pouco provável. Os nomes destes genoveses estão claramente a ser
confundidos com outros nomes similares para darem credibilidade à história.
a)
Julho de 1478
Os
falsários não escolheram ao acaso nem o ano, nem o mês de 1478. Neste ano,
Bartolomeu Dias, ao comando da nau "Charachone" levou para o porto de
Pisa, um enorme carregamento de açúcar (26),mandado de Lisboa por ordem do
mercador-banqueiro Giovanni Guidetti para a companhia Cambini de Florença.
Bartolomeu
Dias não se limitava a andar a fazer fretes no Mediterrâneo, andava também no
corso-pirataria.
A
21 de Junho de 1478, D. João II, prescindiu do quinto das presas, isto
é, a parte que lhe cabia nos saques de navios, porque Bartolomeu Dias tinha
pago pelo resgate de um escravo (português) em Génova, a soma de 12.000
reais.
-
Quem seria este português aprisionado pelos genoveses, e pelo qual
exigiram um valor tão elevado pelo seu resgate ? Ninguém sabe (26).
Não
deixa de ser significativo que Bartolomeu Dias estivesse nesta altura em Génova.
Trata-se
de um navegador que foi várias vezes referido por Colombo, e com quem, segundo
Las Casas, terá navegado até ao Cabo da Boa Esperança.
A
nau que Bartolomeu era patrão denominava-se "San Christovan" (26).
b)
Paulo Negro.
O
nome do alegado mercador de açucar, como dissemos, aparece escrito em português
por um notário genovês. O facto é revelador da confusão que se pretendeu
criar. Porque os falsários
referiram esta família ?
Desde
o século XIX que está provado que a família "Negro" ou "Nigro"
que exercia a sua actividade em Itália, no século XV, eram de origem
portuguesa. Um facto que os falsários italianos não puderam esconder.
O
apelido "Negro" era muito corrente, nomeadamente entre mercadores
judeus. Em Lisboa, mas também em Alcácer do Sal (sede da Ordem de
Santiago de Espada), registamos dezenas de judeus no século XV com este
apelido. Na verdade, uma das famílias mais antigas de Portugal tem
justamente este apelido.
D.
Afonso Henriques, o 1º. rei de Portugal, no século XII, deu a um mercador
judeu com este nome importantes privilégios por o ter ajudado na conquista de
Lisboa, permitindo-lhe inclusive usar brasão.
O
cargo vitalício de Rabino-Mor, criado por D. Diniz no princípio séc.XIV, foi
quase sempre exercido por uma única família, a dos negros. Eles tinham
acesso directo ao rei, mas também no século XV à Casa Real de Bragança. O
seu prestígio e poder era enorme na época. O último rabino-mor vitalício foi
Abrão Negro, físico do rei D. Afonso V (16).
Vitorino
Magalhães Godinho demonstrou que na Madeira e em Antuérpia,
existia uma poderosa família portuguesa de judeus e cristãos-novos, ligados ao
comércio de açúcar, entre os seus membros destacavam-se Luíz Vaz de
Negro, Ramires de Negro (filho) e Gabriel de Negro(17). Esta família
não tinha qualquer relação com os genoveses Di Negro. Virgínia Rau, refere
outro De Negro sem ligação a Génova (27).
Muitos
outros exemplos podem ser referidos, o que revela que os falsários italianos se
serviram destes factos para fabricar uma história sobre alegadas relações
entre Colombo e os mercadores italianos "Di Negro".
c)
Casa Centurian
Esta
casa genovesa, em 1478, não tinha negócios com a Madeira. Os falsários
sabendo isto, limitam-se a afirmar que Paulo Negro, funcionou como o intermediário
de um negócio de açúcar que não se realizou...
O
Codicilo de 1506, como vimos, refere o nome de Luís
Centurion Escoto,
como tendo emprestado dinheiro
a
Colombo. Não há rastos destes mercador
genovês em Portugal.
O
Codicilo acrescenta que era sogro de Baptista
Espínola, irmão de António Spinola. Sabemos que este, em 1472,
negociava trigo em Lisboa, e quando obteve a carta de naturalização, a
28/5/1490, já morava na Ilha da Madeira. Ambos eram filhos do mercador genovês
Nicolo Spinola estabelecido em Lisboa.
Baseados
em documentos falsos, com referências vagas e contraditórias, muitos
historiadores portugueses dedicaram-se também a inventar historietas sobre
Colombo-Mercador ao serviço da Casa Centurione, Di Negro, Spinola, Vazo...
d) De Corsário a Patrão
Um dos factos mais intrigantes,
ainda não estudado é o do patrão português - Fernando
Palensio". Os
falsários italianos, como dissemos, serviram-se do nome de um conhecido corsário português -
Alvaro Fernandes Palenço, verdadeiro terror dos mares.
Estamos perante uma alusão ao passado de corsário do próprio Colombo.
Mais
Carlos
Fontes
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