Argentina - Portugal
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A
Argentina é um daqueles países cuja história esteve durante séculos ligada a
Portugal, pelos bons e maus motivos. Foram
os portugueses que denominaram de Rio da Prata o
rio que ali desaguava vindo da Serra da Prata (Colombia).O nome acabou por se
adoptado pelos espanhóis. O
poema onde surge pela primeira vez o nome de Argentina foi publicado em Lisboa. Em 1860, a república que entretanto se formara,
adoptou o nome de Argentina, nome que deriva do latim "argentum"
(prata).
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Descobridores,
Conquistadores e Cartógrafos
A
Argentina foi descoberta por portugueses, que também a exploraram e
cartografaram.
-
Gonçalo Coelho, em
1501 e 1503,
foi o primeiro europeu a descobrir o Uruguai e a Argentina. Foi enviado duas
vezes por D.Manuel I para a América do Sul a fim de explorar região,
tendo chegado até ao extremo sul do continente. Alguns historiadores mais
imaginativos, atribuem o comando da segunda expedição a Américo Vespúcio, um
puro delírio.
-
João de Lisboa,
em 1511/2,
a mando de D. Manuel I numa nova expedição
percorre toda a costa da argentina, explorando o rio da Prata.
- João Dias de
Solis (Juan Díaz de Solís , c.1470-1516), português ao serviço
do rei de Espanha, em 1515, comanda uma expedição ao Rio da Prata, numa
reacção espanhola a anteriores expedições de Portugal. Este navegador tem
sido falsamente identificado falsamente
como espanhol. Trata-se de um piloto muito experiente.
Trabalhou até 1505 como cartógrafo ao serviço da Casa da India, em Portugal.
Depois de ter assassinado a mulher, fugiu para Espanha (1507), tendo participado
com Vicente Yáñez Pinzón e Américo Vespucio na Junta de Burgos (1508). No
ano seguinte, participa numa viagem à América Central para procurar um
estreito de ligação ao Oceano Pacífico (1509).
O embaixador português,
em 1510, informa D. Manuel I que Solis vivia em Espanha com o seu irmão João Henriques,
outro experiente navegador. O relato deste embaixador é muito claro quanto à
sua nacionalidade portuguesa.
Em 1512 sucede a Vespúcio
como Piloto-Maior na Casa da Contratação. Em 1515 comanda a expedição
espanhola ao extremo sul do continente, numa reacção à expedição anterior
que os portugueses haviam feito sob o comando de João de Lisboa (1511/2).
Explorou o estuário até à Ilha Martín García e o Rio Solís, onde
morreu. Os sobreviventes desta expedição foram depois resgatados por uma
expedição portuguesa quando andava a explorar o mesmo rio...
- D. João III,
rei de Portugal, desde o inicio do seu reinado, em 1521, que se bateu pela
conquista do Rio da Prata, tendo enviado para a região várias expedições.
Durante vários anos argumentou que a região estava dentro dos limites
definidos no Tratado de Tordesilhas, apoiado em mapas produzidos por
cartógrafos portugueses a deformaram os mapas da América do Sul para
justificarem esta pretensão. Depois de 1534 começou a impor-se a ideia de
expandir o território brasileiro para sul, de forma a aproximar-se do Rio da
Prata.
- Fernão de Magalhães
-
Aleixo Garcia. Participou em 1515 na expedição de Solis, voltou à
Argentina em 1525, para dirigir uma expedição de exploração do Rio da Prata,
tendo atingido a actual Bolívia. Estabeleceu desta forma a célebre Rota da
Prata, que ligava Buenos Aires a Potosi.
João Parias
-
Francisco Pacheco, em 1525-1526, com Gonçalo da Costa
exploraram o Rio da Prata, tendo regressado a Portugal em 1527.
-
A expedição do genovês
Sebastian Cabot, em 1527, ao Rio da
Prata, ao serviço dos reis de Espanha, contou pelo menos 8 portugueses, entre os quais se destacam:
Jorge Gomes
(piloto), Rodrigo Alvarez (piloto) e Francisco César, mais tarde conquistador
da Antioquia (Colombia), tenente general de Pedro Heredia.
-
Pero Lobo Pinheiro, em 1531, comandou uma
expedição terrestre com mais de 80 homens tendo sido mortos região da foz do
rio Iguaçú com o rio Paraná.
-
Martim Afonso de
Sousa, em 1531, comandou
uma grande expedição portuguesa de observação ao Rio da Prata, tendo
atingido a Ilha Martim Garcia (Santa Ana, em português). Entrou pelo Rio
Uruguay até ao forte espanhol de San Salvador. Regressou ao cabo de Santa Maria
(La Paloma, Uruguay), regressando depois a Portugal. A suas observações
confirmaram que a região não pertencia de facto a Portugal, mas a Espanha. Uma
informação que foi mantida em segredo.
-
Simão
de Alcaçova (Simon de Alcazaba) y Sotomayor. Um traidor português que ao
serviço de D. Manuel I explorou as Ilhas Molucas. Carlos V procurou que fosse
comandante das Armada que iria verificar os limites de Tordesilhas. Devido à
influência de D. João III é afastado do comando da expedição. Carlos V
autorizou-o a explorar a Patagónia (Argentina) (1534/5). Nesta expedição
levava consigo vários portugueses, como Nuno Alvares. Chegado á patagónia
fez-se jurar governador e capitão general, tendo acabado assassinado.
-
A expedição de Pedro de mendonza, primeiro
governador espanhol do Rio da Prata, em 1535, contou com pelo menos 38 portugueses,
entre os quais 4 eram pilotos: Estevão Gomes, João de Leão, Jacome de Paiva e
.
A
listagem é infindável
e abrange todas as expedições espanholas neste continente,
o que mostram o envolvimento dos portugueses na construção do Império
espanhol, e nas suas atrozes matanças de indios.
A
cartografia da região ficou a dever-se ao trabalho dos portugueses, entre eles
destaca-se: Diogo
Ribeiro (Diego Ribero) . Em 1525
fez a primeira carta da circum-navegação do mundo, incluindo o contorno do
extremo sul do continente americano e o estreito de Magalhães (cujos navios
tinham regressado em 1521). Diogo Ribeiro era cosmógrafo, cartógrafo e
fabricante de engenhos náuticos, para além de um profundo conhecedor da
construção naval fora contratado em 1523 para a Casa de Contratación de
Sevilha. Foi o criador da cartografia moderna espanhola.
Povoadores
A
presença de portugueses na região foi sempre uma constante. O
seu objectivo era controlar a foz dos rios ao longo da costa da América do Sul
até ao rio da Prata, mas também através do contrabando controlar o escoamento
das riquezas que vinham das minas de prata do Peru.
Esta foi a
região onde a restauração da independência de Portugal, em 1640, menos se
fez sentir porque os argentinos encontram formas de contornar as proibições
impostas pela corte espanhola.
Na
foz do rio da Prata, os portugueses no final do século XVII, acabaram por
criar uma colónia .- em Sacramento -, génese de um novo país, o Uruguai.
Buenos
Aires
A comunidade
portuguesa em Buenos Aires, superava nos séculos XVI e XVII
a espanhola, um facto que nunca deixou de preocupar os governadores espanhóis,
dada importância estratégica da cidade no "Rio de
la Plata".
No período de
ocupação de Portugal pela Espanha (1580-1640), os portugueses aproveitam
para em grande número se instalarem nas colónias espanholas, incluindo a
Argentina. O seu principal objectivo foi dominarem a Rota da Prata entre Buenos
Aires e Potosi (Bolívia). Na mesma altura, aproveitaram para expandirem o
território brasileiro.
San
Miguel de Tucamán
Os
portugueses instalam-se em grande número nesta cidade, situada junto ao rio da
Prata. Graças à sua enorme mobilidade e competência, transformam-na num
importante entreposto comercial, da partir do qual distribuem mercadorias para
cidades tão distantes como Santiago do Chile ou Potosi.
Um
dos símbolos deste dinamismo comercial foi o célebre bispo português
Frei Francisco de Victoria, envolvido em todo o tipo de negócios. Em 1585, por
exemplo, em associação com o comerciante português Lope Vázquez Pestaña,
organiza uma expedição ao Brasil para obter mercadorias, sacerdotes,
ornamentos e escravos para serem distribuídos no Rota da Prata.
Cordoba
O crescimento de
Cordoba está ligado ao comércio internacional criado na região, no final do
século XVI, pelos portugueses.
Santiago del
Estero
A prosperidade da
comunidade portuguesa nesta cidade, não deixou de gerar a inveja dos
espanhóis. Em 1625, o mercador português - João da Cunha de Noronha (Juan
Acuña de Noronha), residente nesta cidade é queimado vivo num Auto de Fé pela
Inquisição de Lima.
Salta del
Tucamán
Entre os muitos
portugueses na cidade, destaca-se José de Medeiros, filho de um
português. Nasceu na cidade
portuguesa de Sacramento (Uruguai). Em 1810 exerceu o cargo de governador da
Intendencia de Salto.
Jujuy
Ilhas
Maldivas
Comerciantes
Os
portugueses, criadores do capitalismo comercial à escala global, em finais do
século XVI deram ao comércio regional da Rota da Prata, uma dimensão
internacional. Aqui vendiam produtos que traziam de todo o mundo (Brasil, África,
Europa e Oriente), tendo um papel destacado no abastecimento dos distritos
mineiros do Alto Peru.
Por
mais proibidos que tenham sido, até
aos anos 30 do século XVII, o portugueses dominam o comercio no Rio da Prata. O
seu enorme poder não tarda a suscitar uma feroz por parte da Inquisição
Contrabandistas
A
lucrativa Rota da Prata aberta e explorada pelos portugueses, tornou-se
sobretudo depois de 1594 num dos mercados mais florescentes de contrabando.
A cidade de
Buenos Aires desenvolveu-se em grande parte devido a este tráfego clandestino
dos portugueses. Os
espanhóis tentaram por todos os meios proibi-lo, mas todas as medidas eram em
vão.
Negreiros
À semelhança do
que ocorreu em todas as colónias espanholas, os portugueses não apenas
dominavam o comércio, mas também o tráfico de escravos. Buenos Aires
tornou-se na porta de entrada de escravos, a maioria dos quais vinham do
Brasil e de Angola (1), os quais eram depois enviados para outros centros.
Em Cordoba funcionou
um importante mercado negreiro. A partir de 1596, o reino do Chile, começou a
abastecer-se de escravos nesta cidade.
Uma parte destes negros ficam na própria Argentina. O Censo da
População de 1778, por exemplo, registava que só na cidade de Cordoba, num
total de 44.052 habitantes, cerca de 60% eram negros, mulatos ou
mestiços. Em Tucumán representavam 64%; Santiago
del Estero, 54%; Em Catamarca, 52%; Em Salta, 46% e em Buenos Aires cerca de
30%.
Gauchos
A criação de gado
na região foi introduzida pelos portugueses, em meados do século XVI, primeiro
no Uruguai (Banda Oriental) e depois na Argentina, perto da Quilmes
(Buenos Aires).
As primeiras cabeças de gado
chegaram ao Uruguai, em 1555, vindas de São Vicente (Brasil).
A maioria dos
gauchos até fins do século XVIII eram portugueses. O termo gaucho deriva do
português gaudério, isto é, pessoa sem trabalho definido, sem familia,
vagabundo, malandrim, desavergonhado, gatuno, meliante, ladrão. Fixaram-se na
Banda Oriental do Rio da Prata, tendo-se dedicado à criação de gado,
auxiliados pelos indios locais. Muitos deles optaram por esta vida para fugirem
às perseguições da Inquisição (2).
Uma das suas fontes
de rendimento era o contrabando de gado e de peles, nomeadamente para Buenos
Aire. Os seus enormes rebanhos atravessavam o Rio do Uruguai, os territórios
dos indios charrúas e yaros,
para desespero dos espanhóis. Auxiliados pelos Indios minuanos, chegaram
mais tarde a exportar carne para a Europa.
A fundação da Colónia
de Sacramento, em 1680, constituiu uma base muito importante para as suas
actividade de contrabando, o que estimulou o aumento da produção de gado,
necessário para o abastecimento desta praça militar portuguesa.
A actual população
gaucha é o resultado de uma mistura de portugueses, indios, africanos e
espanhóis marginais. A linguagem gaucha, em Rio Grande do Sul (Brasil), Uruguai
e na Argentina está repleta de palavras portuguesas.
Agricultores e
Viniticultores
Os portugueses não
apenas se distinguiram como grandes agricultores, mas também foram os
introdutores da produção de vinho na Argentina.
Em 1608, Melchor
Maciel, um jovem português, com apenas 21 anos, envolvido no contrabando
entre Buenos Aires e Brasil comprou terras nas actuais localidades de Don Bosco
e Bernal (Magdalena). Em 1635 inicia a produção do conhecido "vino de la
costa" ou "patero", devido a estar perto da costa e do Rio da
Prata. No século XVIII, em San Juan, os portugueses destacam-se entre os
produtores.
Inquisição As
poderosas redes de cumplicidade que os portugueses possuíam em Buenos Aires,
mas também em Cartagena (Colombia) evitaram-lhes inúmeras perseguições da
Inquisição espanhola. No entanto muitos não conseguiram fugir às suas
garras. João Rodrigues Estrela (Juan Rodriguéz Estela), nascido em
Lisboa em 1614, residente em Buenos Aires desde 1634 a 1673, acabou por ser
morto em Lima num Auto de Fé em 1675. Maçonaria
(Masonería Argentina) É
conhecida a enorme influência da maçonaria nos movimentos de independência da
América. O fundador da maçonaria na Argentina foi um português - Juan da
Silva Cordeiro - que em Março de 1803 fundou a loja maçónica - San
Juan de Jerusalén de la Felicidad de esta parte de América. Cordeiro fora
iniciado na loja Matritense de Madrid, e possui o grau 33 outorgado
em Baltimore (1799). Os seus objectivos era lutarem pela independência e a
felicidade. Os
portugueses estavam na linha da frente da luta pela independência das colónias
espanholas.
Independência
da Argentina
O
movimento que conduziu à proclamação da Independência da Argentina, em 1816,
na cidade de San Miguel de Tucamán, está ligado à comunidade portuguesa local
e contou nos seus momentos decisivos com o apoio de Portugal. Em
resposta à invasão de Portugal pelas tropas espanholas apoiadas pelos
franceses, em 1801, os portugueses invadiram os que hoje constituem o Uruguai e
o Paraguai, criando um foco de tensão na região. As tropas espanholas ai
estacionadas viram-se impotentes para travarem estas incursões, revelando a sua
enorme fragilidade da região. O exemplo estava dado aos revolucionários dos
povos das colónias espanholas.. Após
a invasão de Portugal pelos franceses, apoiados pelos espanhóis, a corte
portuguesa mudou-se para o Brasil (fins de 1807). Os portugueses promovem uma
activa rebelião contra os espanhóis, atacando os seus interesses nas colónias
americanas. Acontece
que a mulher do rei português D. João VI era uma princesa espanhola (Carlota
Joaquina), a qual não tardou a reclamar o direito aos territórios espanhóis
na América, uma vez que os franceses haviam ocupado do trono de Espanha (1808,
por abdicação de Fernando VII). Portugal viu nesta acção uma forma de
expandir o Brasil, incorporando novos territórios. A
maioria dos descendentes portugueses (crioulos) nascidos na Argentina,
Uruguai e Paraguai, estão na linha da frente na defesa da independência destes
territórios. Após
ter rebentado a revolução em Buenos Aires, a 25 de Maio de 1810, as
autoridades espanholas mudaram-se em força para Montevideo (Banda Oriental),
solicitando ao Consejo de Regencia espanhol o envio de um novo vice-rei,
tropas e armas para reprimir o levantamento. A partir daqui ficou claro
que os povos da Banda Oriental, não aceitariam unir-se aos argentinos no caso
da independência se concretizar. Quando em 1816, os argentinos proclamam a sua
independência em Tucamán, os povos da Banda Oriental recusaram-se a participar
na formação do novo país. É
neste momento crucial que os portugueses intervém, em 1816, com a concordância
dos argentinos e dos paraguais, ocupam a Banda Oriental, incluindo Montevideo (20/01/1817),
levando à posterior retirada de José Gervasio Artigas Arnal (1820).
Portugal
também foi o primeiro país a reconhecer a reconhecer a independência da
Argentina (1821).
João Manuel de Figueiredo foi o primeiro representante
de Portugal na Argentina, e encontra-se sepultado no Panteão do Convento de
"Santo Domingo".
Heróis
luso-argentinos: -
Manuel Crispulo Barnabé Dorrego (1787-1828), Filho do comerciante
português José António do Rego. Foi um dos heróis da independência da
Argentina. Em 1827 foi eleito governador da Provincia de Buenos Aires, sendo
fuzilado no ano seguinte.
Século
XIX
Até
finais do século XIX, os emigrantes portugueses eram sobretudo
marinheiros e pequenos comerciantes, oriundos de Lisboa e Porto. A partir de então
começaram a chegar emigrantes provenientes de outras regiões de Portugal
(Algarve, Madeira, Açores, Guarda, Leiria, etc) que se dedicaram às mais
diversas actividades.
Século
XX
"Bem pouco ou
nada sei de meus maiores / Portugueses, os Borges: vaga gente /Que prossegue em
minha carne obscuramente, /Seus hábitos, rigores e temores. /Ténues como se
não tivessem sido / E alheios aos trâmites da arte, /Indecifravelmente formam
parte/ Do tempo e da terra e do olvido."
Jorge Luís Borges, O
Fazedor.
Emigração.
A comunidade portuguesa não sendo numerosa na Argentina , não deixa de ser
significativa pelos fluxos migratórios que registou ao longo do século XX: 1900/09 - 7.633 emigrantes;
1910/19- 17.570; 1920/29 - 23.406; 1930/39 - 10.310; 1940/49 -
4.230; 1950/59 - 12.033; 1960/1969 - 2.828; 1970/1979 - 251; 1980/1984
-126. Vivem
actualmente na Argentina cerca de 16.000
portugueses (cerca de 30 mil luso-descendentes) (Dados de 2004).
Durante
a ditadura em Portugal (1926-1974)
muitos portugueses fixaram-se neste país por
razões políticas.
Entre eles destaca-se o prof. António
Aniceto Monteiro, ilustre matemático, exilado na Argentina em 1949, tendo
leccionado na Universidade de Cuyo e depois na Universidade do Sul, em Bahia
Blanca, onde criou uma biblioteca que tem hoje o seu nome.
Entre
as cidades em que se estabeleceram destaca-se Buenos Aires, Rosario, Comodoro de
Ribadavia (Patagónia), etc. Em algumas destas cidades constituíram
importantes associações. Patagónia.
O primeiro emigrante
português da Patagónia foi Sebastião Peral (1837- ). Comerciante em Buenos
Aires, em 1903, resolveu aproveitar a oportunidade que o governo argentino
oferecia a quem quisesse povoar a Patagónia, tendo se estabelecido em Comodoro
de Rivadavia. Homem enérgico criou armazéns de mantimentos, oficinas,
fábricas, a primeira biblioteca, um partido político (Partido do Povo), etc.
Em 1907 esteve na origem da descoberta do petróleo na região. Não tardou em
estimular outros portugueses (algarvios) a fixarem-se na Patagónia. Depois
de Comodoro os portugueses começaram a
espalhar-se pela região, sobretudo ao longo do Vale do Rio Chubut. Fixaram-se
em Punta Tombo, Gaiman, Puerto Madryn e Trelew, onde
se situa a sua 2ª. maior comunidade (300 km de Comodoro). A
sua acção foi muito importante para o povoamento e progresso desta região da
Argentina. Associações
(asociacion): Associação Portuguesa S.M. de Comodoro Rivadavia (fund.1923); Associação Beneficiência e Socorros Mútuos de
Trelew /Valle del Chubut;
Clube Desportivo Português de Comodoro Rivadavia (fund.1961).
Em Trelew a comunidade
portuguesa tem programas próprios na rádio. (cfr. Expresso, 26/11/2005).
Sítios
classificados pela UNESCO: Missões Jesuítas dos Guaranis: http://whc.unesco.org/sites/291.htm;
http://www.missoes.iphan.gov.br/;
http://www.monumentos.org.ar/08mis/mis00.htm...
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