Irão (Pérsia ) - Portugal
Fortaleza
Portuguesa de Ormuz (gravura do séc.XVI)
O
domínio português do Golfo Pérsico no século XVI, fazia parte de uma
estratégia global de cercar e atacar o Império Otomano pela retaguarda,
conquistando no Oriente os seus principais bastiões. Desta forma a pressão que
os turcos faziam no Mediterrâneo seria enfraquecida. Os portugueses não
contaram com a traição dos italianos (venezianos) e depois dos ingleses e
holandeses que no Oriente se aliarem aos muçulmanos para os combater.
Para
além da guerra, os portugueses estabelecerem um florescente comércio com os
persas (actuais iranianos), importando nomeadamente grandes quantidades de
tapetes. Portugal continua a ter a maior colecção do mundo de tapetes persas
dos séculos XVI e XVII.
Ormuz (Hormuz,Irão). Cidade estratégica situada
à entrada do Golfo Pérsico, foi conquista por Afonso de Albuquerque em
1515, onde estabeleceu uma poderosa fortaleza (Forte Nossa
Senhora da Vitória), a que se seguiram outras importantes construções.
Com a dominação espanhola
de Portugal (1580-1640), Ormuz fica particularmente vulnerável, à semelhança do que aconteceu a outras
possessões e fortalezas portuguesas no mundo.
No século XVII, os ingleses aliando-se aos
persas (muçulmanos), conquistam Ormuz em 1622, após um longo
cerco. Os vestígios desta presença portuguesa na região continuam a impor-se
na paisagem e nas tradições locais. Ilha de
Qeshm (sul do Irão). A fortaleza
de Queixome foi construída em 1507 por
ordem de Afonso de Albuquerque e era um dos principais bastiões militares
portugueses no Golfo Pérsico. Em 1999 foi alvo de importantes escavações
arqueológicas, tendo-se encontrado entre outras coisas canhões,
porcelanas chinesas, vidros de Veneza, etc. Bandar
Abbas (Comororão, Gameron
ou Qamerun, sul do Irão).
Forte português.Território
português entre 1521 e 1615 fazia parte do sistema militar que controlava o
Golfo Pérsico. Ispaão.
No início do século XVII o Xá da Pérsia (Abbas I) sente-se mais do que nunca
ameaçado pelo Império Otomano e para lhes fazer frente torna-se mais tolerante
com os católicos. Os portugueses aproveitam um clima mais tolerante e pedem
autorização para puderem realizar cultos católicos públicos em Ispaão. Esta
escolha prende-se com o facto de em 1605, terem sabido que haviam sido
deportados cerca de 100 mil arménios para os arredores desta cidade, na recém
criada Nova-Djulfa. A
comunidade estava a cargo da Ordem dos Agostinhos. Em Ispaão foi então
construído um convento, casas e uma magnifica Igreja. Esta comunidade
manteve-se muito activa 1747 quando foi proibida. Xiraz. . |