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História da Formação Profissional e da Educação em Portugal

Carlos Fontes

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Idade Moderna - II (Séc. XVIII )

Seminários e Colégios

As estruturas de ensino secundário são profundamente modificadas com a reforma de 1759, que se traduziu no encerramento dos colégios da Companhia de Jesus, a maior rede de colégios no país e nas colónias (Brasil, India, Angola, etc). A precaridade deste ensino foi agravada com a proibição dos Oratorianos ensinarem (1768).

Após a queda do Marquês de Pombal, em 1777, o ensino secundário foi de novo praticamente entregue às ordens religiosas e aos seminários diocesanos.

As escolas episcopais e seminários atravessaram então uma fase de enorme expansão. O motivo era simples: desde meados do século XVI que os jesuítas formavam grande parte do clero secular, com a sua expulsão tornou-se necessário reorganizar os seminários diocesanos.

No reinado de D. Maria I, para além das Escolas Episcopais para a preparação do clero, foram criados com idêntica finalidade seminários em Faro (1797), Cernache do Bonjardim (1791) e em Leiria (1804).

O seminário de Cernache do Bonjardim foi construído por iniciativa do então principe D. João (futuro rei), prior do Crato, em 1791,  destinado aos estudantes daquele priorado. Sob a direcção do padre Anastácio Coelho ali se ensinou gramática latina, retórica, filosofia racional e moral, teologia, história eclesiástica e o ritos, tornado-se uma instituição modelar no país.

A influência destes seminários foi enorme durante quase dois séculos. Entre os estudantes nos cursos superiores, até aos anos 60 do século XX, era muito significativo o número dos que haviam passado por seminários, e que pelas mais diversas razões os abandonaram antes de vestirem as vestes sacerdotais.

Embora muitos mestres e professores tenham sido compulsivamente afastados depois de 1777, a rede de "escolas secundárias" aumentou, pois os clérigos passaram a ser pagos pelo Subsidio Literário para ensinarem sobretudo latim e filosofia. Este facto fez com que muitos se dedicassem ao ensino, e estivessem à frente de "escolas". Em 1780 foram notificados da resolução de 10/09/1779 que descriminava quais as "escolas religiosas" foram consideradas publicas, um total de 126, ficando as mesmas sujeitas à Real Mesa Censória.

Em Construção ! 

Carlos Fontes

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Notas:

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