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História da Formação Profissional e da Educação em Portugal

Carlos Fontes

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Idade Moderna - II (Século XVII) 

Colégios Reais

Num regime onde as diferenças sociais eram definidas à nascença, os estabelecimentos de ensino do Estado tinham que ser diferenciados conforme o estatuto social dos que os frequentavam. Nesse sentido no século XVIII foram criados vários colégios exclusivos para a nobreza ou a alta burguesia ligada à corte. 

1. Real Casa das Necessidades

Os Oratorianos ou Padres de S. Filipe Neri (1), estabeleceram-se em Portugal, em 1659. A sua principal casa, era desde 1670, o Hospício do Espírito Santo (2). A partir de 1683, a congregação do Porto, passou a admitir alunos externos. D. Pedro II e D. João V, concederam-lhe também autorização para ensinarem gramática latina, filosofia, e teologia (3). 

A Real Casa das Necessidades (4) foi aberta em 1750 a expensas de D. João V tinha desde o início autorização para ensinar quatro classes de ensino (5), assim repartidas: a) Doutrina Cristã, ler, escrever e contar ; b) gramática e retórica; c) teologia moral; d) filosofia, sendo possível ministrar teologia especulativa.

Para puderem ensinar a alunos externos estas classes D. João V, dava-lhes 12 mil cruzados por ano, dotou-os de uma magnifica Livraria (biblioteca) e de um laboratório de física. A afluência desde o inicio foi enorme, nomeadamente por parte de moços fidalgos (6).  O colégio veio-se a destacar na difusão da ciência moderna em  Portugal. O Marquês de Pombal, em 1768, criou grandes entraves ao ensino desta congregação. 

2. Colégio Real de Nobres da Corte

Foi criada pelo Marques de Pombal em 1761 com a qual pretendia dar à nobreza uma formação à altura das exigência do tempo.

O ensino incluía o estudo das línguas (latim, grego, francês italiano e inglês), humanidades (retórica, poesia e história), ciências (aritmética, geometria, trignometria, algebra, óptica, astronomia, geografia, náutica, arquitectura militar e civil, desenho e física), esgrima, equitação e dança.

A frequência máxima do colégio não ascendia a 100 alunos. As disciplinas técnicas e científicas, como era de esperar, nunca funcionaram. A maioria dos professores eram estrangeiros.

3. Real Colégio de Mafra

Iniciativa do Marquês de Pombal foi criado a 18 de Agosto de 1772, sendo a sua direcção entregue aos cónegos regrantes de Santo Agostinho a quem lhes havia sido confiado o Mosteiro de Mafra (24).

Em Construção ! 

Carlos Fontes

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Notas:

(24) O Real Colégio de Mafra, in Revista de Arqueologia, tomo 3 (1936-38), p. 218-222 e 247-253 e O Concelho de Mafra (2 e 16 Ago., 20 Set., 4 Out., 15 Nov., 6 e 20 Dez. 1942, 17 Jan. e 7 Fev. 1943)

]. E.