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História da Formação Profissional e da Educação em Portugal

Carlos Fontes

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Idade Contemporânea - 3ª. República (1974-1986)

Formação nas Empresas

Na década de 60, a formação profissional estava longe de se reduzir apenas ao I.F.P.A. ou mesmo ao Ministério da Educação Nacional. Um numero crescente de empresas tinha estruturas próprias de de formação ou pelo menos realizava acções para o seu pessoal.

A formação promovida pelas empresas era, e continuou a ser a base da formação dos jovens quando ingressavam no mercado de trabalho. O Ensino Tecnico-Profissional antes de 1974, nunca apresentou números muito significativos. O I.E.P.A. estava longe de corresponder ás necessidades reais do pais.

Contudo, nos anos sessenta registou-se um certo interesse pela formação nas empresas manifestado pela publicação de obras como "Formação na Empresa" de Jorge de Araujo ( Lisboa,1966), e "Formação : Ponto Critico do equilíbrio duma empresa", de Manuel Tavares da Silva (Lisboa,1965).

Nos anos setenta o panorama não mostrou sinais de grande. Após 1974 deu-se o colapso do IFPA e do Ensino Tecnico Profissional. Em contrapartida deu-se um aumento considerável da escolaridade dos jovens e do seu desemprego... O mundo dos indiferenciados voltava de novo, mas agora com melhor formação geral.

A pratica de formação dominante continuou a ser feita informalmente nas empresas, sendo apenas uma parte mínima os jovens que se apresentaram no mercado de trabalho com qualificações profissio-nais reconhecidas.

Em algumas empresas, muito poucas,  continuavam a existir centros de formação, na sua maioria entraram num processo de ruptura na sua actividade formativa.

- CUF - COMPANHIA UNIÃO FABRIL

Nas suas instalações do Barreiro, a CUF tinha uma importante escola com cursos polivalentes destinados á qualificação de operários. Estes cursos destinavam-se a individuos diplomados pelas escolas técnicas  e a operários "práticos" que há muito prestavam serviço na companhia. Os operários oriundos das escolas técnicas recebiam para a altura um salário muito significativo ( 60$00 em média ), e tinham todas as regalias normais dos trabalhadores dos quadros. Estes cursos possuíam orientação profissional e a sua duração era de dois anos ( in, Revista Empresa,n.1, Set/out.1962.UCIDT).

-. ESCOLA DOS CTT

- SOREFAME

O "Centro Profissional da Sorefame", desta empresa ligada  á construção de material pesado atravessava uma profunda crise, devido á própria crise da empresa. Em 1975 apenas as secções de soldagem e de caldeiraria estavam ainda em funcionamento, conjuntamente com alguns cursos de  desenho industrial.

- LISNAVE

A "Escola Profissional da Lisnave", começou a atravessar uma profunda crise, assim como os próprios estaleiros. Os responsáveis sindicais com um enorme peso na altura, estudavam em 1975 "a transformação das suas estruturas para aproximar a formação da produção". Deste Centro possuímos uma excelente descrição datada de 1975.

- COMPANHIA DE ELECTRICIDADE DE PORTUGAL ( Produção e Transporte de energia electrica )

Em construção !

  Carlos Fontes

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Notas: