. História da Formação Profissional e da Educação em Portugal Carlos Fontes |
Idade Contemporânea - 3ª. República (1974-1986) Formação Permanente As novas correntes pedagógicas chegaram cedo a Portugal. Desde os anos 60 que se discutia acaloradamente a problemática da formação de adultos e depois da formação permanente. Em 1975 era criada mesmo uma Direcção-Geral de Educação de Adultos no âmbito do Ministério da Educação. Mas o que abrangia? As recomendações da UNESCO? Rapidamente se constatou que nesta matéria, não se ultrapassou a questão da Alfabetização de adultos, um dos mais graves problemas para o desenvolvimento do país até ao final do século XX. Esta concepção reducionista da Educação Permanente, acabou consagrada na Lei 3/79, aprovada por unanimidade na Assembleia da Republica em 1978, na qual se consagrava o "Plano Nacional de Alfabetização e Educação de Base de Adultos". A vontade politica foi sempre muito pouca para acabar com o analfabetismo, confiou-se quase sempre numa resolução demográfica a longo prazo, que acabasse por eliminar os analfabetos de maior idade. Foi o que aconteceu na altura, onde as acções desenvolvidas estiveram sempre aquém das anunciadas. Por outro lado, a educação de adultos que foi praticada, assente na "utilização inadequada e incondicionada de professores do ensino primário[61]", contribuiu para a escolarização educação, ignorando assim as recomendações internacionais sobre esta matéria. A Universidade do Minho ensaiava na altura a formação dos primeiros especialistas neste domínio em Portugal. O conceito de formação permanente só é verdadeiramente assimilado, como veremos, nos anos 80.
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