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As Provas de
Colombo Português
45. Cronologia
da Vida de Colombo
Datas
Marcantes
Por
incrível que possa parecer, a maioria dos historiadores ignora sistematicamente
o que o próprio Colombo escreveu, porque o que afirma não está de acordo com
a biografia italiana !. Deliberadamente inúmeros factos históricos, antes de
1492, sobre a sua vida foram omitidos.
1446 |
Data
provável do nascimento de Cristovão Colombo.
| 1460/61 |
Terá
começado a a
navegar com 14 anos:
"De
muy pequeña hedad entré en la mar navegando y lo he continuado hasta
hoy. Ya pasan de XL años que yo voy en este caso" (carta de
1501 aos Reis católicos). Não sabemos se começou a fazer com 14
ano, ou se o fez anos depois. |
1465 |
Filipa Moniz Perestrelo entra para o
Convento de Santos da Ordem de Santiago.
|
1469 |
Por
volta de 1469 passou a navegar aos serviço de outros,
provavelmente comandando barcos corsários. Na carta raríssima
(7/7/1503), dirigida aos reis católicos, escreve o seguinte:
"Io
vine a servir de veinte i ocho años, i agora agora no tenga cavello, en
mi persona, que no sea cano, i el cuerpo enfermo, i gastado quanto me
quedo de aquellos, i me fue tomado y bandido, i amis hermanos fasta el
saio, sin ser oido, ni visto con des honor mio".
Alguns
autores pretende fazer a contagem a partir do momento em que foi para
Castela (1484/85), mas não é este o sentido das suas palavras. Ele próprio
confirma esta data:
"Yo
he andado veinte y tres aõs em el mar, si salir della tiempo que haya
de contar, y vi todo o levante y poniente, que dice por al camino de
septentrión, que es Inglaterra, y he andado la Guiné..."
(21/12/1492).
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1470 |
O
Senado de Veneza protesta junto de D. Afonso V, porque um corsário
português, de nome "Colombo" anda a atacar os navios desta
cidade. |
1471 |
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1472 |
Em
1471/72 comandava no Mediterrâneo um navio corsário, revelando
já vastos conhecimentos técnicos de navegação. Nesta época existe
muitos outros relatos de outros corsários portugueses actuando na região,
não era um caso único.
"Ami
acaeció que el Rey Reynel (Renato de Anjou), que Dios tiene, me envió
á Tunez para prender la galaeza Fernandina..." (Cfr. Las
Casas, ob. cit, Livro I, cap.III; Hernando Colón, ob.cit. cap.IV). |
1473 |
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1474 |
Colombo
consulta os arquivos reais de Portugal e descobre uma carta de
Toscanelli. Inicio da
correspondência com este florentino em latim.
Colombo
afirma que durante 14 anos, isto é, entre 1474 e 1488 tentou convencer
o rei de Portugal a dar-lhe o comando de uma expedição para atingir
a India navegando para Ocidente (Textos, p.530). |
1475 |
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1476 |
É quase certo
que Colombo tenha participado na guerra contra Castela e Aragão (1475-1479), nomeadamente atacando os seus navios ou defendendo a
política portuguesa do "mar fechado". Zurita, cronista de
Aragão, regista a ferocidade deste corsário que andava ao serviço dos
reis de Portugal e de França.
Colombo
afirma que fez ao longo dos anos muitas viagens entre Lisboa e a Guiné,
onde foi à costa da Malagueta.
"Vi
algumas sereias na costa da manegueta (Malagueta) embora não fossem tão
semelhantes às mulheres como as pintam".
"Naveguei
muitas vezes desde Lisboa até à Guiné, considerei diligentemente, que
o grau corresponde na terra a 56 milhas e dois terços". Participa ao
lado de Pedro de Ataíde, no célebre ataque contra navios de Génova ao
largo do Cabo de S. Vicente.
Bartolomeu Colon já
vivia em Lisboa, segundo a biografia italiana.
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1477 |
Fevereiro.
Participa na expedição luso-dinamarquesa à
Islândia ou Gronelândia.
(Fragmento de uma suposta carta aos reis
católicos, datada de Janeiro de 1495, publicado por Hernando Colon e Las Casas).
Inicia
conversações com o principe D. João, futuro rei de Portugal para
o mesmo apoiar a sua ideia de atingir a India navegando para Ocidente, mas
por mais que ele insistisse durante 14 anos (1477-1492). Apesar de
tão longas conversações e insistências, D. João II nunca aceitou a sua
proposta (Carta de Maio/Junho de 1505, transcrita por Las
Casas, Hist. Indias, Livro II, cap. XXXVII, Tomo III).
O
ano de 1477 coincide com a data em que o principe D. João, futuro rei
D. João II, passou a dirigir oficialmente as expedições portuguesas. Colombo
revela mais uma vez conhecer intimamente tudo o que dizia respeito à
corte portuguesa. A referência a esta data mostra também que existiria
entre ele o rei português, divergências sobre as prioridades das
expedições maritimas.
Colombo,
à semelhança do Infante D. Fernando, e depois da sua esposa D. Brites
de Lencastre, insistia nas navegações para Ocidente. D. João II, sem
descurar essa via, insistia que a prioridade era contornar África para
chegar à India, sendo todavia sensível à uma estratégia para afastar
outras concorrentes desta região.
O
facto de andar ao serviço dos reis de Portugal, não o impediu de fazer
serviços para outros senhores, nomeadamente o rei de França, na altura
aliado de Portugal contra Castela e Aragão. |
1478 |
Casa-se em
Lisboa, na Igreja de Santiago, com Filipa Moniz Perestrelo, uma das 12 comendadeiras do Mosteiro de Santos
em Lisboa, pertencente à Ordem de Santiago de Espada de Portugal .
|
1479 |
Nasce
em Lisboa o seu filho Diogo Colon (Diego Colon, em espanhol).
4 de Setembro. Tratado
de Alcaçovas. Primeiro tratado de divisão do mundo entre Portugal e
Castela e Leão, obra de Dona Beatriz, duquesa de Viseu-Beja e
administradora do Ordem de Cristo, entre 1471 e 1483.
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1480 |
Março.
Tratado de Toledo. Portugal em troca das
Canárias assegura o exclusivo das explorações e comércio das costas
de África até à India e das terras que fossem descobertas em frente
da Guiné, a actual América Latina. É acordado o casamento entre
o príncipe herdeiro de Portugal - D. Afonso -, com a princesa herdeira
do trono de Castela e Aragão. Este acordo condiciona a aceitação
da expedição de Colombo às Indias. |
1481/2 |
Colombo viaja
até ao Forte de São Jorge da Mina (Gana), ao serviço do rei de
Portugal. |
1483 |
Descoberta uma
conspiração contra o rei D. João II, apoiada pelos reis de Aragão,
Castela e Leão. O mentor da conspiração era D Fernando II, duque de
Bragança, que acaba por ser executado em Évora. Vários nobres fogem
para Espanha, entre eles estão familiares de Colombo. |
1484 |
Descoberta
de nova conspiração para matar D. João II. O mentor desta
conspiração é o duque de Viseu e de Beja, D. Diogo, primo e cunhado de João II.
Mais de 80 pessoas são mortas, muitas fogem para o estrangeiro, em especial
Castela, onde a rainha lhes dá protecção.
Familiares de Filipa Moniz Perestrelo
que pertenciam à Casa do Duque de fixam-se em Castela, como Violante
Moniz Perestrelo, em
San Juan del Puerto (Huelva)
. |
1485 |
Colombo
volta a Lisboa, para conferenciar com D. João II e assistir na Corte à
apresentação das medições da altura do sol feitas na Guiné pelo físico
e astrólogo mestre José Vizinho das medições da altura do sol feitas na Guiné.
Uma observação fundamental para a elaboração das Tábuas de Declinação
do Sol que usará em 1492-93, na sua 1º. Viagem.
Em
1485 comandava um navio de corsários que saqueou barcos
venezianos, ao largo da costa portuguesa. Este corsário é identificado
claramente como Cristovão Colombo.
Colombo foge
de Portugal para Castela, fica em casa da sua cunhada Violante Moniz Perestrelo
San Juan del Puerto (Huelva). Entrega-lhe ao seu cuidado o seu
filho Diogo Colon, natural de Lisboa e futuro Vice-Rei das Indias
e Almirante do Mar Oceano. Apenas em 1491 o irá buscar.
O motivo da alegada fuga
teria sido o seu envolvimento nas conspirações que entre 1483 e 1484 ocorrem contra o rei de Portugal - D. João II,
organizadas pelas duas principais casas da nobreza portuguesa: os Duques de Bragança e os
Duques de Viseu-Beja. Colombo pertencia à última. Mais de 80 nobres são mortos,
mas muitos outros conseguem fugir para Castela onde recebem protecção da
rainha, filha de uma portuguesa e instigadora das conspirações.
Alvaro de
Bragança exerce temporariamente o cargo de Presidente do Consejo
Real de Castilla. O
Duque Medina
Sidónia e o seu primo Duque de Medinacelli, apoiam os nobres exilados
portugueses, com os quais acabam por reforçar os laços de
parentesco. O Duque de Medinacelli aloja Colombo durante dois anos na sua
casa (1485-1486?). |
1486 |
20
de Janeiro. Colombo é
tratado como um nobre português em fuga.
É tratado como "Don" e duas vezes designado por
"português". Sem nada ter descoberto, recebe
pelos seus serviços, um primeiro pagamento de 30 Doblas de Ouro (26.100
maravedis) de Isabel, rainha de Castela. Isabel não autoriza todavia a
viagem à India, pois se o fizesse estaria a dar o apoio a uma nova traição
de membros da Casa do Duque de Viseu-Beja. Não deseja alimentar
desconfianças com Portugal, não apenas porque está
envolvida na conquista do reino de Granada, mas também porque a sua filha
mais velha desde 1479 que está prometida em casamento com o principe D. Afonso,
filho de D.João II, rei de Portugal. |
1487 |
5 de Maio. Colombo
recebe novos pagamentos da rainha -3.000 maravedis.
3 de Julho.
Recebe mais - 3.000 e a 27 de
Agosto 4.000 maravedis. A rainha continua a apoiar generosamente todos os
nobres portugueses que se exilaram em Castela.
Isaac Abrabanel, um judeu português
fugido de Portugal, em 1484, manifesta-se em Salamanca disponível a
financiar a 1ª.viagem de Colombo, mas a expedição não é autorizada.
Abravanel irá financiá-la mais tarde.
18 de Outubro.
Num documento oficial do Reino de Castela
Colombo é identificado como "Português". |
1488 |
16 de Junho.
Colombo recebe mais um pagamento da rainha de Castela - 3.000 maravedis
Correspondência
entre Colombo e D. João II que o trata por "especial amigo",
e o autoriza a vir a Portugal.
15 de Outubro.
Nasce em Córdoba o filho ilegitimo de Colombo - Hernando Colon.
Dezembro.
Quando Bartolomeu Dias chega a Lisboa, vindo do Cabo da Boa Esperança (Africa
do Sul), Colombo está na cidade e participa no circulo restrito dos que tem acesso em primeira mão às
suas informações. Os
portugueses sabiam agora como atingir a verdadeira India. Era tempo de Colombo e
outros espiões ao serviço de Portugal pressionarem os reis católicos para se
envolverem numa expedição à India, encalhando no caminho nas Antilhas
(nome português).
Las
Casas afirma claramente que Bartolomeu Colon ou Colombo, ou mesmo ambos
participaram em expedições ao Cabo da Boa Esperança sob o comando de
Bartolomeu Dias (16). A primeira expedição partiu em 1486, e segunda
em Agosto de 1487, tendo regressado em Dezembro de 1488. A qual das
expedições se estaria a referir ?
Bartolomeu Colon,
parte de Lisboa para Londres.
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1489 |
Aumenta a
pressão sobre os reis de Espanha para que autorizem ( e se envolvam) na
viagem. O Duque de Medinaceli, aliado de Portugal, escreve à Rainha
Isabel. O referido frade português escreve aos reis pelo menos duas vezes.
Alvaro de Bragança
exerce entre 1489 e 1495 o cargo de
Presidente do Consejo Real
de Castilla, voltando a exercê-lo entre 1497 e 1504. Todos os assuntos
relacionados com Colombo são por ele tratados na corte castelhana.
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1490 |
Filipa
Moniz Perestrelo volta a entrar para o Convento de Santos, agora situado
junto ao Convento de santa Clara (Santa Apolónia). |
1491 |
Os
judeus voltam a ser envolvidos no financiamento da 1ª. viagem. Enquanto
em Espanha estavam a ser perseguidos, em Portugal eram acolhidos pelo
rei. Entre 1479 e 1492 calcula-se que aqui se tenham refugiado cerca
de 180 mil. Julho.
Morre o principe português D. Afonso, casada com a Infanta D. Isabel,
filha dos reis de Caetela e Aragão. Deixa de haver impedimentos
para a aceitação da viagem de Colombo às Indias.
O frade português João Peres de Marchena aproveita a ocasião e pressiona Fernando (Rei de Aragão) e Isabel (rainha
de Castela e Leão) para receberem Colombo e autorizarem a viagem. Isabel já
não vendo nenhum impedimento, manda autorizar que se avance com a
negociação dos privilégios de Colombo.
Setembro.
Nova insistência do frade português para que Colombo fosse recebido, o que de
facto acontece coroando uma operação de sete anos. |
1492 |
17 de Abril.
Capitulações de Santa Fé.
8
de Maio. Diego Colon,
filho de Colombo, é nomeado pagem do futuro rei de Espanha
Maio
e Julho. O
português Pedro Vasques, em Palos, convence as
tripulação dos três navios que existiam terras a Ocidente e da rota
que deviam de seguir para as atingir. Pedro Vasques é pouco depois assassinado.
3 de Agosto.
Colombo parte para a sua 1ª. viagem às Indias no dia em que os judeus
são expulsos de Espanha. Recebe de Lisboa, três dias antes o
roteiro efectuar os respectivos cálculos.
12
de Outubro. Quando chega às Indias
(América) manda erguer a sua bandeira pessoal que tinha uma cruz
verde,
igual à da Ordem de Aviz de Portugal. A cruz da Génova era vermelha. Um
"Almirante de Portugal", não identificado recebe neste ano de
Isabel, a católica 60.000 maravidies. Tudo indica que este almirante
seja o próprio Colombo, uma vez mais identificado como
português.
25
de Dezembro. Colombo
combinado com o seu comparsa Juan de la Cosa deixa 38 espanhóis e 1
italiano abandonados nas Indias. Entre eles contavam-se os espiões dos
reis de Espanha. Todos aparecerem mortos no ano seguinte.
Um
"Almirante de Portugal" não identificado recebeu neste ano
60.000 maravidies de Isabel, a Católica pelos seus serviços. Seria
Colombo ? Recorde-se que desde 1486, com excepção deste ano, sempre
recebeu uma tença dos reis católicos. Antes de partir exigiu o título
de "Almirante do Mar Oceano" e "cavaleiro das esporas
douradas", o que foi confirmado no seu regresso. |
1493 |
15
de Fevereiro. Chega
à Ilha de Santa Maria nos Açores
4
de Março. Ás
9h00 da manhã
atraca no Restelo, em Lisboa. Seguirem-se reuniões com o rei de
Portugal -D. João II.
14
de Março.
Colombo a partir de Lisboa comunica para toda a Europa a sua descoberta. Os reis de Espanha são os
últimos a serem informados.
15
de Março. Colombo chega finalmente a
Espanha, após ter andado um mês por Portugal. Reune-se, no Convento de
La Rábida, durante 15 dias com o português Frei João Peres Marchena
para delinear a estratégia a seguir.
Abril.
Portugal ameaça entrar em guerra reclamando as terras descobertas. A fim
de pressionar a Espanha inicia negociações para uma aliança militar com
o Império Germânico.
21 de
Abril. Os reis de Espanha recebem Colombo
em Barcelona. Este propõe-lhe um novo tratado com Portugal que
substitua o anterior (T. Alcaçovas-Toledo, 1479/80). Fixa também os
limites da linha de divisão do mundo - 100 léguas á Oeste dos
Açores. A
sugestão é aceite e inicia-se as negociações com Portugal,
envolvendo numa primeira fase o Papa, mas depois as as negociações
são directas. 30
de Maio.
Violante Moniz Perestrelo muda-se para Sevilha, na residência da
qual passa a viver Colombo e os seus filhos. 5 de
Setembro. Os reis de Espanha insistem para
Colombo apresente as posições exactas das Indias, assim como os
respectivo mapas. Estas informações eram vitais para poderem negociar
com Portugal um tratado sobre a divisão do mundo. Colombo nada
lhes responde e embarca para a sua 2ª. viagem às Indias (25 de
Setembro).
26 de Setembro.
Colombo parte finalmente para a sua 2ª. viagem às Indias. |
1494 |
4 de Abril.
Bartolomeu Colon
que chegara a Castela em fins de 1493 , parte para as Indias com três
navios, onde chega a 24 de Junho.
13
de Junho. Colombo obriga a tripulação a
jurar e a assinar um documento em que Cuba fazia parte da Península
da India. A Ilha nem sequer fora contornada.
Junho.
Num acto de puro desespero, os reis espanhóis mandam para as Antilhas
um astronómo e cosmografo -o
Abade de Lucerna - para tentar obter a informação que careciam.
Colombo manobra o pobre do abade e este nada adianta.
7 de Junho.
Sem informações precisas sobre a posição exactas das Ilhas
descobertas, os reis de Espanha tiveram que assinar o Tratado que
Portugal lhes impôs ( Tratado de Tordesilhas). Em vez de 100 léguas tiveram que aceitar 370
léguas !.
23 de Junho.
Maximiliano I (Imperador do Sacro Império Romano) assina um tratado de
protecção mútua com D. João II. Portugal garantia assim mais um aliado,
depois da Inglaterra, em caso de um possível guerra contra a Espanha.
Outubro.
Os reis de Espanha, numa carta entregue pelo seu irmão Bartolomeu
voltam a reclamar por informações precisas sobre as "Indias"
(posições, latitudes, mapas, etc), exigem que Colombo regresse de
imediato, mas este nada lhes responde. Só voltou a Espanha em 1496 ! |
1495 |
Colombo e os seus irmãos
instauram nas Indias um regime de terror, cujo objectivo era expulsar os
espanhóis. |
1496 |
8 de Junho.
No regresso das Indias chega a Odemira/Vila Nova de Mil Fontes, onde
fica dois dias.
11 de Junho.
Atraca a Cádiz. |
1497 |
Julho.
Vasco da Gama parte
para a India, provocando grande alvoroço em Espanha.
22 de Julho.
O cargo de Adelantado das Indias atribuido por Colombo ao seu irmão
Bartolomeu Colon é oficializado.
Outubro. D.Manuel I casa-se com a filha mais velha dos reis de Espanha,
conseguindo dessa forma acalmar os espanhóis.
Morre
(? ) Filipa
Moniz Perestrelo, mulher de Colombo, sendo sepultada na Capela da
Piedade no Convento do Carmo
em Lisboa. Esta data é seguramente posterior.
Alvaro de Bragança,
presidente do Conselho Real de Castela, negoceia os privilégios,
morgadio e a terceira viagem de Colombo.
|
1498 |
24 de Maio.
D. Manuel I, rei de Portugal, é jurado em Toledo herdeiro do trono de
Castela. Colombo
muda-se para a Calle dos Francos para ficar junta da residência de
Montemor-o-Novo
30 de
Maio. Colombo
parte para sua 3ª. viagem às Indias. Leva consigo o seu irmão Diego
Colon, o qual a partir de Setembro de 1494 exerce as funções de
Governador de Hispaniola.
7 a 13 de Junho. Colombo
visita a Ilha de Porto Santo e a Ilha da Madeira onde é recebido em apoteose.
27 de Junho a 5 de Julho.
Está em Cabo Verde, dirigindo-se depois a "Terra Firme" que
D. João II lhe
havia falado existir (América do Sul). |
1499 |
Julho. Chega
ao Tejo o primeiro navio da expedição de Vasco da Gama à India. Os
espanhóis têm agora uma prova inequívoca que Colombo os enganou. |
1500 |
Colombo e os
seus irmão são presos nas Indias, e trazidos para Espanha. |
1501 |
D. Manuel
I, rei de Portugal, casa-se com outra filha dos reis de Espanha, conseguindo desta forma
evitar novas acusações de traição, e só então comunica oficialmente a descoberta do
Brasil.
Alvaro
de Bragança torna-se o representante oficial de Colombo junto da
corte espanhola.
|
1502 |
Fevereiro.
Colombo escreveu ao papa, rogando-lhe que expulse os espanhóis das
Indias, uma vez que seguiram o caminho de satanás.
Alvaro de Bragança
passa a gerir
directamente os assuntos das Indias espanholas entre 1502 e 1504, , dada
a ausência de
Juan Rodriguez de Fonseca que entre 1501 e 1505 foi enviado como
embaixador para a Flandres.
3 de
Maio.
Colombo parte de Sevilha para sua 4ª. e última viagem às Indias.
12 de Maio. Colombo
chega a Arzila (praça forte portuguesa) para ajudar os portugueses que
haviam sido sitiados pelo rei de Fez. Encontra-se com
familiares da sua esposa - Filipa Moniz Perestrelo, como faz questão de
referir Hernando Colon. |
1503 |
Alvaro de Bragança em 1503 cria a Casa da Contratação de Sevilha
da qual é o seu primeiro presidente. Com a sua fundação, baseada na Casa
das Indias de Lisboa, procura controlar as várias expedições que
os espanhóis andavam a fazer para as Indias, como as de Hojeda, Juan de la
Cosa, Pedro Alonso Niño, Cristóbal Guerra e outros. O comércio
clandestino era enorme, nomeadamente através de Portugal.
|
1504 |
8 de Fevereiro.
Diego Colon, irmão de
Colombo, entra no convento de S. Francisco, e naturaliza-se espanhol,
omitindo a sua nacionalidade.
7 de
Novembro.
Regressa a Espanha. A rota que tomou é omitida.
|
1505 |
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1506 |
20
de Maio. Morre em Valhadolid. Ao seu lado
tem pelo menos dois portugueses, o frade Fernão Martins e Pedro
Ladesma |
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Carlos Fontes
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Notas:
(1)
Las
Casas, Bartolomeu de - Brevissima Relação da Destruição de África. |
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