As Primeiras
"Ideias"
As suas primeiras "ideias
políticas" sobre o país surgiram apenas, em 30/6/2010, quando foi
chamado a pronunciar-se sobre a polémica venda da participação que a PT
(portuguesa) detinha na empresa Vivo (brasileira)
à Telefonica (espanhola). Ficou então claro que:
1.
Defendia um Estado mínimo, apenas preocupado com a segurança interna e
externa do país;
2.
Defendia o princípio da subordinação da política aos "mercados",
isto é, especuladores, banqueiros e empresários;
3.
O Estado devia apenas servir para fazer o que o mercado quer, e no limite
apoiar os lançados na pobreza extrema.
As suas posições foram acolhidas com grande entusiasmo
não apenas na imprensa
espanhola, mas pelos ultra-liberais da União Europeia,
em especial Durão Barroso (PSD). Passos
Coelho dava-lhes garantia que Portugal seria posto à venda, podendo aqui
realizar um amplo saque..
Anti-Patriotismo.
Passos Coelho,
revelou nesta altura, outro aspecto polémico do seu relacionamento com os
portugueses: Sempre que tem algo importante a comunicar não se dirige
directamente aos portugueses, mas fá-lo primeiro à comunicação social de outros países.
No
auge do conflito entre a PT e a Telefónica, correu para Madrid (6/7/2010) ao encontro do
presidente
do Partido Popular de Espanha, Mariano Rajoy, para explicar aos espanhóis
porque é que estava do lado deles. No mesmo dia à noite, esteve
num
jantar com empresários oferecido pela patronal espanhola, liderada por
Gerardo Diaz Ferrán, ex-sócio do grupo Viajes Marsans, empresa
que acabara de lesar milhares de portugueses.
O
que seguiu ainda foi pior. Desdobrando-se em entrevistas a jornais
espanhóis (El Monde, etc), atacou o governo português em Espanha, e
jurou fidelidade ao interesses espanhóis em Portugal. Nunca nenhum
líder partidário fez semelhante acção no país vizinho, o que diz tudo da ausência de patriotismo dos lideres
dos partidos da 3ª. República.
Desde
então multiplicaram-se este tipo de acções, que revelam a sua total falta
de sentido patriótico.
Demagogia.
O pretexto para derrubar o governo do PS (23/3/2011),
foi porque que não concordava com
o programa de austeridade.
Dois dias depois de o fazer, assegurava à União Europeia que não apenas estava
de acordo com as medidas, mas pretendia ir mais longe nas mesmas, nomeadamente
no programa de privatizações. Depois de aprovar uma polémica Avaliação dos
Professores, quando entrou no período pré-eleitoral, para arranjar mais
votos, deu o dito por não dito, e a lei foi revogada com o apoio do
BE-PCP-CD-PP. A demagogia era a sua marca de actuação.
Manipulação
da Opinião Pública. A
ascensão ao poder do PSD deveu-se em grande parte ao trabalho de manipulação
da opinião pública por parte dos
principais orgãos de comunicação em Portugal, dominados por grandes grupos
económicos.
Jornais
como o Público, Expresso, Sol, ou canais de televisão privados como a TVI ou a
SIC, chegaram a constituir grupos especiais o ataque à vida pessoal de José
Sócrates, alimentado um clima de permanente conflitualidade na vida portuguesa.
Bandos
de comentadores e jornalistas na comunicação social, de forma sistemática,
enxovalharam a figura do lider do PS e primeiro-ministro (José Sócrates), num
ataque pessoal como nunca se viu no país. A maioria dos comentadores que
participaram nesta acção de intoxicação da opinião pública, em troca dos
seus serviços recebeu depois lugares no governo ou na Assembleia da República.
Com
o apoio do Partido Comunista Português e do Bloco de Esquerda, o governo do PS
foi finalmente derrubado e a direita ultra-liberal chegou ao poder
(5/6/2011).
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