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1900-1960A colonização de Angola, após a implantação
de um regime republicano em Portugal (1910), entra numa nova
fase. Os republicanos haviam criticado duramente os governos
monárquicos por ter abandonado as colónias. O aspecto mais relevante da sua
acção circunscreveu-se à criação de escolas. No plano económico, inicia-se
a exploração intensiva de diamantes. A Diamang (Companhia dos Diamantes de
Angola) é fundada em 1922, embora opera-se deste 1917 na região de Lunda.
O desenvolvimento económico só se inicia de
forma sistemática, em finais do anos trinta, quando se incrementa a produção
de café, sisal, cana do açúcar, milho e outros produtos. Tratam-se de produtos
destinados à exportação.
A
exportação da cana do açúcar, em 1914, pouco ultrapassava as 6.749
toneladas. Em 1940 atingia já as 39.423 toneladas exportadas. As fazendas e a
industria concentra-se à volta da cidade de Luanda e de Benguela.
A
exportação de sisal, desenvolve-se durante a segunda guerra mundial
(1939-1945). Em 1921 pouco mais foram exportados que 62 toneladas, mas em 1941
atingia-se já as 3.878. Dois anos depois as 12.721 toneladas. Em 1973
situavam-se nas 53.399. Estas plantações situavam-se no planalto do Huambo, do
Cubal para Leste, nas margens da linha férrea do Dilolo, Bocoio, Balumbo,
Luimbale, Lepi, Sambo, mas também no Cuanza norte e Malange.
A
exportação de café logo a seguir à segunda guerra mundial, abriu um novo
ciclo económico em Angola, que se prolonga até 1972, quando a exploração
petrolifera em Cabinda começar a dar os seus resultados. A subida da cotação
do café no mercado mundial, a partir de 1950, contribuiu decisivamente para o
aumento vertiginoso desta produção.Em 1900, as exportações pouco
ultrapassaram as 5.800 toneladas. Em 1930 atingiam as 14.841.Em 1943 subiam para
18.828. A partir daqui o crescimento foi vertiginoso. Em 1969 forma
exportadas 182.944 e quatro anos depois, 218.671 toneladas.
Para além destes produtos, desenvolve-se a
exploração dos minérios de ferro. Em 1957 funda-se a Companhia Mineira do
Lobito, que explorava as minas de Jamba, Cassinga e Txamutete. Exploração de
cedeu depois á alemã Krupp.
O desenvolvimento destas explorações, foi
acompanhado por vagas de imigrantes incentivados e apoiados muitas vezes pelo próprio
Estado. Entre 1941 e 1950, saíram de Portugal cerca de 110 mil imigrantes com
destino às colónias, a maioria fixou-se em Angola. O fluxo imigratório
prosseguiu nos anos 50 e 60.
Nos anos quarenta a questão da descolonização emerge no
plano internacional e torna-se uma questão incontornável. Em
1956 é publicado o primeiro manifesto do Movimento Popular de Libertação de
Angola (MPLA). 1961-1974
No princípio dos anos 60, três
movimentos de libertação (UPA/FNLA, MPLA e UNITA) desencadeiam uma luta armada
contra o colonialismo português.
O governo de Portugal ( uma
ditadura desde 1926), recusa-se a dialogar e prossegue na defesa até ao
limite do último grande império colonial europeu. Para África são
mobilizados centenas de milhares de soldados. Enquanto durou o conflito armado,
Portugal procurando consolidar a sua presença em Angola, promovendo a realização
de importantes obras públicas.
A produção industrial e agrícola conhece
neste território um desenvolvimento impressionante. A exploração do petróleo
de Cabinda inicia-se em 1968, representando em 1973 cerca de 30% das receitas
das exportações desta colónia. Entre 1960 e 1973 a taxa de crescimento do PIB
(produto Interno Bruto) de Angola foi de 7% ao ano.
Continuação. |