Jonas Savimbi
nasceu em 1934, na província
do Bié. Estudou em Portugal e depois na Suiça. Em 1963 funda a UNITA.
A 15 de Janeiro de 1975, nos
Acordos de Alvor, a UNITA é formalmente reconhecida um dos três movimentos de
luta armada a quem Portugal entregou os destinos de Angola após a
Independência (11/11/1975). Na sequência da guerra civil que então se
declarou neste país, Savimbi saí de Luanda e concentra as suas forças
militares na zona do Huambo. Nesta altura o seu discurso ideológico assenta num
nacionalismo africano de cariz racista. A luta contra o MPLA (ligado à antiga
União Soviética) é assegurada pelo dinheiro proveniente do comércio de
diamantes angolanos e dos apoios que recebe de países como a China, África do
Sul e dos EUA.
Após a derrocada a antiga União
Soviética (1989/1991), os EUA retiram-lhe a sua importante ajuda militar. A
África do Sul fica igualmente isolada no plano internacional. Savimbi aceita
então negociar assinando em 1991 os Acordos de Bicesse (Portugal). A partir
deste momento começa a perder o controlo da situação e do seu partido. Não
aceita os resultados das eleições multipartidárias que disputa em 1992,
voltando a mergulhar Angola na Guerra Civil. Todas as tentativas posteriores de
chegar de novo à paz acabaram por falhar, como os Acordos de Lusaca em 1994.
Savimbi acabou por morrer, em 2002, no campo de batalha na província do Moxico.
A UNITA que
criou nos anos 60 sofreu em 2003 uma notável mudança política interna,
tornando-se num dos elementos de maior estabilidade de Angola. Savimbi continua
contudo a ser uma referência incontornável para este partido.
Carlos Fontes
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