Navegando na Filosofia

Testes de Filosofia

Carlos Fontes

 

   .    .   

  Psicologia .  Ensino Secundário

 

 

Principais Correntes da Psicologia (2)

Psicanálise

 

 
 

Anterior

 

Psicanálise

A Psicanálise designa várias coisas:

 

- Método de exploração do psiquismo, em particular do inconsciente.

 

- Terapêutica no tratamento de histerias e neuroses.

 

- Corrente muito diversificada da psicologia que se afirma continuadora de obra de Freud.

A psicanálise é inseparável do seu criador - Sigmund Freud (1856-1939). Formado em medicina, começou por interessar-se pela anatomia do cérebro e depois pelas  doenças nervosas. De inicio utiliza a hipnose como método terapeutico. Através da hipnose dedica-se a despertar nos pacientes recordações desaparecidas e que em tempos foram reprimidas.  Este método permite-lhe confirmar a existência de três níveis de actividade psiquica: o consciente, o pré-consciente e o inconsciente.  

- O consciente é o Eu. Corresponde à dimensão da nossa vida e  identidade pessoal reconhecidas como tais. O consciente é  regido por leis lógicas, temporais, espaciais, etc.

- O pré-consciente faz parte do Eu. É constituído por conteúdos que são inconscientes em forma latente, mas que podem tornar-se conscientes mediante um esforço de recordação.

- O inconsciente é a zona mais dinâmica do psiquismo humano, albergando toda as forças instintivas, ancestrais, os desejos, as pulsões reprimidas ou censuradas. Estes conteúdos não afloram ao consciente. O inconsciente é caracterizado por ser: atemporal ( Não existe a dimensão do tempo. Um facto ocorrido na infância manifesta-se na idade adulta como actual), ilógico ( não existem contradições, predomina a ambivalência), concreto (Não existem abstracções, mas apenas situações e coisas específicas ), simbólico, mágico (qualquer coisa é possível),  primitivo (as reacções do inconsciente  são extremas e sem matizes). 

A causa de muitas das perturbações mentais (histerias e neuroses) estava segundo Freud na acumulação de desejos e necessidades censurados ou reprimidos no inconsciente. Esta acumulação acabava por gerar enormes forças energéticas que determinavam o aparecimento de sintomas neuróticos nos pacientes. 

A hipnose foi o primeiro método que ele utilizou para atingir as zonas mais profundas do psiquismo, para descobrir as causas inconscientes das neuroses. Mas Freud  não tardou a abandonar a Hipnose, adoptando o método das associações livres. O paciente era convidado a colocar-se num estado de abandono dos seus pensamentos, sem procurar reprimi-los ou dissimulá-los. A Associação Livre foi depois complementada pela interpretação dos sonhos. O sonho é segundo Freud a manifestação (simbólica) de desejos recalcados. 

O trabalho do psicanalista consistia em decifrar na cadeia de associações livres do paciente, a sexualidade que fora censurada ou recalcada. 

Sexualidade

A sexualidade é para Freud não apenas uma dimensão do psiquismo humano, mas é também e sobretudo o conjunto de processos através dos quais um indivíduo se constitui na sua relação com outros, psiquicamente interiorizados (o pansexualismo freudiano). Freud distingue várias fases na sexualidade infantil, sendo a fase decisiva é a que corresponde ao complexo de Édipo (3-5 anos). 

A passagem por cada uma das fases implica um confronto entre a satisfação das pulsões sexuais e as forças que lhe opõem. A resolução desses conflitos provoca dicotomias difíceis de resolver, e que irão influenciar a formação da personalidade do adulto. 

 

Principais Fases da Sexualidade Infantil

Fase Oral. A boca é a primeira zona erógena. A obstinada persistência do bebé em sugar é para Freud a prova que a criança procura na boca a sua satisfação libidinal.

Dicotomias: optimismo/pessimismo; admiração/inveja; credulidade/desconfiança.

Fase Anal-Sádica. O anus é a segunda zona erógena. Por volta dos 2-3 anos, os excrementos urinários e fecais tornam-se para a criança num "instrumento" de prazer, mas também pelos quais ela mostra a sua afeição, inclinação e agressividade.

Dicotomias: Ordem compulsiva/desordem; "masoquismo"/"sadismo"

Fase Fálica. Os orgãos genitais são a nova zona erógena.  Entre os 3 e os 5/6 anos, criança manifesta-se interessada pelos orgãos sexuais e pela sua diferença entre os sexos. É nesta fase que se estabelece o célebre Complexo de Édipo.  

Dicotomias: Orgulho/humildade; sedução/timidez; castidade/promiscuidade.

Fase de Latência: Amnésia da sexualidade Infantil. Entre os 6 e os 12 anos.

- Aprendizagem social;

- Desenvolvimento da consciência moral;

 

Fase Genital: Reaviva-se o complexo de Édipo. Predomínio da genitalidade. Corresponde ao período da puberdade e adolescência.

 

- Reactivação de conflitos anteriores (ex. Complexo de Édipo")

- Regressões sob a forma de "ascetismo" ou "intelectualização".

 

Evolução da Psicanálise Freudiana

A Psicanálise pode ser dividida em dois períodos fundamentais: antes e depois de 1920.

Antes de 1920 Freud está centrado na exploração do inconsciente e na terapia de certas doenças, depois alarga a sua metodologia à análise de outros domínios como a História da Humanidade, a Religião, a Arte, etc. 

A partir de 1920 a estrutura e o dinamismo do psiquismo humano sofre uma profunda re-interpretação: 

- O Consciente ( Eu ) rege-se agora pelo princípio da realidade, o que convém ou não fazer.

- O Pré-consciente (Super-Ego, Super-Eu) passa a representar a cultura, os valores sociais e familiares. Corresponde à consciência moral e ao Ideal de Eu ( a imagem que cada um tem de si mesmo). O Super-Ego é o responsável pela auto-repressão e censura, produzindo sentimentos de culpa e auto-crítica, etc,.

- O Inconsciente (Id) passa a representar a ancestralidade da espécie humana e o motor de toda a energia psíquica ( impulsos contraditórios de éros- amor e thanatos-morte). O inconsciente torna-se desta maneira impessoal. Rege-se pelo princípio do prazer, evitando a dor, etc.  

Carlos Fontes

Contínua !

 

   

 

Para nos contactarcarlos.fontes@sapo.pt

 

 






 

  
 

Entrada

 
  
 

Programas

 
    

Psicólogos

 
Testes 
 
  Glossário
   
 

Bibliografia

   

 

BOA