História da Formação Profissional e da Educação em Portugal Carlos Fontes |
Idade Contemporânea - 3ª. República (1974-1986) Orientação Profissional .Entre 1974 e 1980 desenvolvem-se um conjunto de acções que iriam ter reflexos importantes no período seguinte no domínio da informação e orientação profissional. 1. A primeira ideia a reter foi uma maior articulação entre o MT e o ME em termos de informação e orientação profissional. Desde o inicio da década que o FDMO era cada vez mais solicitado para articular a sua acção com o Ministério da Educação. Em 1979 o M.E. e o M.T. através de um Despacho conjunto determinam que o Serviço de Emprego elaborasse e aplicasse um programa de orientação dirigido aos alunos do 8. ano de escolaridade. Este colaboração foi reforçada em 4 de Março de 1981, com um novo Despacho conjunto que consagrava uma colaboração organizada e continua da Divisão de Informação e Orientação Profissional do Serviço de Emprego, com os estabelecimentos de ensino , através das Direcções-Gerais dos Ensinos Básico e Secundário, Particular e Cooperativo. 2. O Ministério da Educação que sempre revelou um atraso incompreensível neste domínio, apenas em 1977 se tomam algumas medidas efectivas . Pelo Despacho n.103/77, determinava que o Instituto de Orientação Profissional " promovesse com caracter de experiencia piloto, as medidas de orientação continuadas de informação escolares ou profissional, impostas pelo lançamento do 9. ano unificado, e se inicia-se ao nível do ano lectivo de 1977/78 acções planificadas ao nível do 7 ano unificado. Estas acções resultaram numa acção de formação em 1978 ( ?), dirigida a professores do ensino básico e secundário, ministrada pelo IOP em 12 módulos. Finda esta acção estes professores foram colocados nas escolas como "peritos orientadores", numa situação que ainda hoje permanece algo ambígua. Em 1976 ? surgem as Faculdades de Psicologia e Ciências da Educação, nas Universidades do Porto, Lisboa e Coimbra, passando também nelas a existir centros ou serviços de orientação escolar e profissional que intervém em algumas escolas do ensino básico e secundário. Os psicólogos destas faculdades posicionam-se deste logo para intervirem nas escolas como orientadores, sobretudo após o relançamento do ensino tecnico-profissional em 1983. Contudo a sua situação também não foi clarificada. A falta de uma clarificação global do papel destes técnicos, oriundos do IOP e os das Faculdades de Psicologia, no quadro do M.E., tornou-se um problema sem solução que percorreu toda a década de 80. Em construção ! Carlos Fontes |
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