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História da Formação Profissional e da Educação em Portugal

Carlos Fontes

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Idade Contemporânea - 3ª. República (1974-1986)

Formação de Formadores

1.

2. Formação-Produção

Com pouca consistência teórica, e muito menos prática, durante 1975 e 1976 ainda se falará de uma nova metodologia denominada "formação-produção", mas que na pratica não passou de  simples panaceias.

Em 1975, ainda ocorreu no C.F.P. de Rio Mião um Encontro cujo tema era a "Formação-Produção", mas pouco se alterou a pratica pedagógica do FDMO.

3. UFE

Na abertura de Portugal em relação ao exterior, neste periodo intensificaram-se os contactos com a UNESCO e a OIT, organizações das Nações Unidas.

No pós 25 de Abril na DFSE do MT, estabelece uma relação frutuosa com a OIT, que devido ás condições politicas anteriores sempre fora muito limitada. Na sequencia destes contactos, em 1977, Portugal participa no Programa PNUD -- Programa das Nações Unidas Para o Desenvolvimento ( Projecto de Cooperação Técnica  "Por 77/003 executado pela OIT", e que terminou em 1981 ). Neste sentido deslocou-se a Portugal  um dos seus técnicos da OIT -- Victor Jean Bally --, que inicia uma série de cursos para formadores de empresas. Os cursos de Bally estendem-se desde a analise de necessidades de formação, programação á autoscopia ( pela primeira vez realizada no ambito do IFPA ). Na sequencia destas acções é constituido no ambito do DFSE , uma Unidade de Formação na Empresa ( UFE ), esta unidade estava integrada  na Divisão de Cooperação Externa da Direcção de Serviços de Formação profissional, tendo como objectivo fundamental para além do apoio financeiro, a criação de estruturas de formação na empresa.

Em 1981, as acções da UFE centravam-se em volta de 4 grandes projectos:

      - Desenvolver nas grandes empresas a função-formação, abrangendo as seguintes acções: Cursos para responsáveis e agentes de formação; Cursos para analistas de trabalho; Cursos para programadores pedagógicos; Cursos para monitores

      - Desenvolver nas pequenas e médias empresas, a possibilidade de criarem e manter estruturas próprias de formação;

      - Formação de quadros intermédios nas empresas, contemplando na sua preparação um conjunto de módulos como:

Motivação; Comunicação; Organização racional do trabalho e de outros meios de produção;

       - Criação do cargo de promotor de formação.

Não tardam a deslocarem-se ao Centro da OIT  em Turim, uma equipa com a missão de receber ai uma a formação adequada que depois deveria desmultiplicar através de acções de formação  dirigidas ás das empresas. Victor Jean Bally, o técnico ao serviço da OIT em Portugal , ainda em 1980, coordenava as acções da UFE e  assinava certificados de cursos em nome do PNUD-OIT. No inicio de 1983, decorrente da reestruturação do IEFP em 1982, a UFE foi integrada no ambito da Divisão de Formação de Formadores, apenas ministrando contudo acções destinadas a quadros intermédios. Em 1984 ( ? ) são abandonadas as actividades da UFE. Motivos tem sido vários os apontados: Um relatório de avaliação das acções desenvolvidas no ambito do projecto teria concluido da sua ineficácia face aos objectivos a que se tinha proposto, dado que apenas um numero insignificante  de formadores formados  se dedicava á formação nas empresas. Outros motivos aludidos seriam menos visíveis, como os de ordem partidárias.

Muito da formação de formadores e para chefias e quadros intermédios desenvolvidos pelo IEFP na década de oitenta, tinha a marca da UFE, mesmo quando já não era citado. Dados da DSFP do Ministério do Trabalho, assinalam a partir de 1979, os seguintes numeros de formados para as empresas: 72( 1979); 293 (1980); 159 empresas / 601 Formandos, correspondendo a 47 cursos ( 1981- UFE); Os cursos com maiores participantes em 1982  foram por ordem decrescente os seguintes: Identif. Res. Probl ( 193), Motivação ( 91), Analistas de Trabalho (74), Formação Pedagógica de Monitores ( 48) ;Comunicação( 34 ), sendo em geral os cursos de curta duração. Em realizaram-se 40 cursos em 93 empresas, com 458 participantes .Os cursos com maiores participantes foram já os de Formação Pedagógica de Monitores ( 86), Comunicação ( 97), Ind.  Res. Probl. ( 70), Motivação ( 70), Higiene e Segurança no Trabalho ( 70).  

A importancia da UFE revelou-se sobretudo como uma referencia a ter em conta, num momento em que a formação profissional nas empresas se relançava numa nova dimensão.

 

Em construção !

  Carlos Fontes

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Notas: