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História da Formação Profissional e da Educação em Portugal

Carlos Fontes

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Idade Contemporânea - II - 1ª. República (1910-1926)

Recursos Didácticos

       A Republica viu expandirem-se inúmeras colecções destinadas a vulgarizar conhecimentos uteis. Os manuais escolares também foram adquirido uma estrutura cada vez mais padronizada. Um deles, ficará célebre devido a um prefácio de António Sérgio, o "Manual de Instrução Agrícola na Escola Primária", de Artur Castilho. Bilioteca de Educação. Porto. 1916.       

       Entre colecções de divulgação, na década de vinte destacou-se a "Livraria do Lavrador," que foi constituiu um dos veículos mais importantes no tempo de informação sobre a nova maquinaria agrícola , através de copiosas estampas. 

      Mas não foi no domínio dos livros que este período se revelou importante, mas no do cinema. Descobrira-se rapidamente um novo média pedagógico. Desde o final do século XIX que se começaram a produzir filmes com o objectivo de servirem de suportes didácticos. O primeiro terá sido na Alemanha ( 1890?) destinados aos agricultores, seguindo-se um outro nos USA para a marinha. Em 1910, era já publicado em França o primeiro catalogo de filmes educativos produzidos neste pais, Inglaterra e USA.

      Os anos 20, quer na Rússia, quer na Itália, os filmes de propaganda políticos começaram a ser largamente difundidos nas  escolas. Nos anos trinta, o aparecimento do filme sonoro contribuiu para lhe dar uma aplicação mais ampla, no campo educativo. A criação do filme de 8mm, foi a partir de 1960 um marco significativo na vulgarização do filme educativo, dado que permitiu ao professores realizarem o seu próprio material didático.

      Em Portugal, a discussão sobre a utilização do cinema como meio educativo, data já da primeira Republica, onde tematizada como autores como Adolfo Lima, Agostinho Campos e depois António Ferrão ( Rogério Fernandes, "Para a História dos Meios  Audiovisuais na Escola Portuguesa, Sep. da Revista de Portugal, vol. XXXIV, Lisboa ). Em 1925, dec.lei. 1748 de 16‑2‑1925, ao mesmo tempo que se proíbe nos salões cinematográficos, a exibição de fitas contrarias á moral e bons costumes, a menos que as mesmas fossem autorizadas pela Direcção-Geral do Ensino Primário, esta lei tornava obrigatório , nos cinemas de Lisboa e Porto, a realização , duas vezes por mês , de uma sessão cinematográfica de hora e meia, com a admissão gratuita das crianças das escolas oficiais.

       Em 1932, publica-se um decreto lei, assinado por Carmona e Salazar, que criava a Comissão do Cinema Educativo, "com o fim de promover e fomentar nas escolas portuguesas o uso do cinema como meio de ensino e de proporcionar ao publico em geral a apreensão fácil de noções uteis das ciências positivas, das artes, das industrias e de história".

       Nos anos cinquenta, são produzidos alguns curtos filmes  para apoio a uma "campanha de alfabetização", promovida pelo ME.

Em construção !

  Carlos Fontes

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Notas: