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. A
Segurança Social foi uma das área sociais onde se realizaram maiores investimentos nas últimas
décadas. Faz parte das despesas sociais do Estado (educação, saúde,
segurança social). Para pagar estas despesas os impostos não tem parado de
aumentar, o que via tornando Portugal pouco atractivo para investimentos na
UE. Todas
as projecções apontam para um futuro negro, tendo em conta o acelerado
envelhecimento da população portuguesa, a tradição despesista da
administração pública e o fraco crescimento do PIB ( Produto Interno Bruto ). Peso
no PIB das Principais Despesas
|
1995 |
2005 |
2015 |
Despesa
Corrente Primária ( % do PIB ) |
33,5 |
41,8 |
52 |
Pessoal+Prestações
Sociais |
26,8 |
33,4 |
41,6 |
Despesas
Sociais (% do PIB) |
23,1 |
30,6 |
39,5 |
Educação |
5 |
5,2 |
5,5 |
Saúde |
4,3 |
6,3 |
9,2 |
ADSE |
0,4 |
0,6 |
1 |
Segurança Social |
10 |
12,7 |
15,9 |
C. G. Aposentações |
3,4 |
5,8 |
7,9 |
Pensões (SS+CGA) |
9,1 |
11,6 |
15,2 |
Fonte:
Medina Carreira, Publico-14/5/2006 A
manutenção deste sistema, que consagra o Estado Social em Portugal, só será possível se os recursos do país forem geridos de forma sustentável.
O que exige maior rigor na utilização dos dinheiros públicos, uma alteração
profunda na cultura da administração pública, políticas activas na
captação de investimentos não especulativos. Para uma população activa de 5.410.400 trabalhadores (2003), existiam em Julho
de 2004, um total de 2.610.885 pensionistas nos diversos regimes de segurança
social. O
número de beneficiários, assim como as suas despesas não param de aumentar, mas os
número de contribuintes tende a ficar estagnado face ao envelhecimento da
população. Pensões
de Velhice: 1. 628 575 ( Julho de 2004) Pensões
de Sobrevivência: 641 875 (Julho de 2004) Pensões
por Invalidez: 340 435 (Julho de 2004)) Subsídio
de Desemprego: 482.195 (2003) Rendimento
Mínimo Garantido: 11.029 (Jan. 2005) Rendimento
Social de Inserção: 2.663 (Jan. 2005)
Saque na
Segurança Social
Apesar da
fragilidade do sistema de segurança social, diversos grupos dentro do
Estado português como políticos, dirigentes de empresas e institutos
públicos, não deixaram de usar as posições para fazerem um verdadeiro
roubo às gerações futuras: criaram para si próprios, como o dinheiro
dos contribuintes, chorudas reformas vitalícias após meia dúzia de anos
de trabalho.
Em 2005, a
população portuguesa descobriu que o futuro da sua segurança social
estava a ser hipotecado pelos privilégios criados de políticos,
dirigentes e diversos grupos de funcionários públicos.
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Carlos
Fontes
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