|
A prática do desporto em Portugal foi até ao fim da
ditadura (1974), muito incipiente. Era um luxo para a esmagadora maioria da
população, reduzida à posição de meros espectadores de jogos de futebol,
hóquei em patins ou ciclismo, para citar três das modalidades mais
populares.
Os factores que impulsionaram o aumento das prática desportiva pela população
portuguesa foram essencialmente os seguintes:
1. Melhoria das condições de vida;
2. Aumento e melhoria dos equipamentos desportivos
locais;
3. Diversificação das modalidades desportivas;
4. Desenvolvimento do desporto escolar;
|
|
Desporto Federado
Em 1996,
pouco mais de 260 mil portugueses estavam inscritos em federações desportivas.
Doze anos depois, o número quase duplicou, cifrando-se em 492 mil praticantes,
isto é, cerca de 4,63% da população. Um valor próximo da Itália
(6,4) e da Espanha (7,3), mas muito longe do que se verifica na Dinamarca (55 por cento), Áustria (40,3),
Alemanha (33), Holanda (28,5), Suécia (26,6), Luxemburgo (25,8), França (25,2)
ou mesmo da República Checa (24,4).
Os dados de 2008 revelam que o número de mulheres que praticam desporto tem
vindo a aumentar gradualmente representando neste ano em 23% do total dos
praticantes.
Principais modalidades:
- Futebol: 141.958 atletas federados (incluindo o futsal);
-
Voleibol: 40.898
-
Campismo, montanhismo, alpinismo e escalada: 38.382
-
Basquetebol: 36.320
-
Andebol: 33.902
-
Ténis: 18.971
-
Golfe: 14.769
-
Karaté: 14.593
-
Atletismo: 13.576
-
Judo: 12.113
-
Patinagem: 10.402
-
Natação: 9.299
-
Ciclismo: 6.079
-
Ginástica: 5.613
-
Equestre: 5.056
-
Râguebi: 4.727
-
Xadrez: 4.081
-
Tiro c/armas de caça: 3.748
-
Tiro: 3.774
- Trampolins: 3679 atletas federados;
-
Ténis de mesa: 3142;
-
Taekwondo: 3074;
-
Vela: 2887;
-
Canoagem: 2223
-
Remo: 1633
-
Badminton: 1301
-
Triatlo: 972;
-
Esgrima: 670
-
Tiro ao arco: 294.
(Dados de 2008, IDE)
|
|
Desporto Profissional
Os clubes desportivos profissional, ao contrário do
que se afirma, pouco ou nenhuma influência tiveram no aumento do número
de praticantes.
Funcionando segundo uma lógica mercantilista, ao longo
dos anos tem vindo a abandonar a própria formação de novos jogadores,
apostando apenas na sua importação.
Apesar disto, as diversas câmaras
municipais do país, sob o pretexto de alegadamente os mesmos promoverem o
desporto nas camadas mais jovens da população, têm canalizado para os clubes
de futebol profissional importantes recursos financeiros locais.
Um dos exemplos mais aberrantes destas políticas
camarárias ocorreu durante o EURO 2004, quando várias câmaras endividaram-se
para construir estádios de futebol, como aconteceu em Leiria, Loulé, Faro,
Braga ou Aveiro. Em Lisboa o SLB e o SCP foram contemplados com enormes recursos
públicos dados por uma câmara falida (consultar
).
É consensual que a principal influência que este
clubes possuem é na
promoção de dirigentes mafiosos a figuras públicas, assim como na criação
de claques, que se têm destacado pela v dominadas por todo o tipo de delinquentes.
Carlos Fontes |