A resolução de problemas é uma das
tarefas um ser humano enfrenta inúmeras vezes ao longo da sua vida e que exige
um pensamento criativo. A solução de um problema, todavia, só é considerada
criativa se ela for simultaneamente nova e adequada e útil.
1. Grandes criadores.
Inventores, cientistas, escritores e os artistas
em geral são exemplos de pessoas especialmente criativas.
Como funciona o seu processo criativo ?
Não parece existir um padrão. Muitos relatos referem que as intuições
decisivas que estiveram na base das grandes obras surgiram, na cabeça dos
seus criadores, em locais e alturas inesperadas, mas estas ideias não surgiram
do nada.
Ao analisar o processo é possível identificar
todavia componentes e etapas envolvidas no processo, que nem sempre são
conscientes ou lineares para os criadores.
2. Imaginação
A resolução de problemas novos, coloca à prova
a nossa capacidade de descobrir descobrir soluções novas, desconhecidas. A
imaginação desempenha aqui um papel fundamental pois ela permite-nos inventar,
antecipar situações, conceber projectos, sonhar...
Alguns investigadores distinguem a imaginação
em dois tipos:
- Imaginação reprodutora. Capacidade para
evocar imagens memorizadas, recombinando-as de modo a produzir novas estruturas.
- Imaginação criadora. Consiste na capacidade
de criar elementos que nunca foram percepcionados, combinando-os a seguir entre
si, de modo a produzir algo novo, original.
3. Formas de Pensar
A maneira como abordamos um dado problema pode
ser a chave ou não para encontramos a sua solução.
O psicólogo americano Joy Paul Guilford
(1897-1987) desenvolveu no final dos anos 40 um modelo explicativo do processo
criativo. O ponto decisivo da concepção de Guilford foi a distinção entre
pensamento convergente e divergente.
- Pensamento Convergente
O pensamento convergente funciona segundo
processos lógicos-dedutivos, mais ou menos rígidos, de que o individuo tem
dificuldade em libertar-se. Os testes de QI exigem este tipo de pensamento
convergente.
- Pensamento Divergente ou Lateral
O divergente, segundo Guilford, caracteriza-se
por ao confrontar-se com um problema, propor novos caminhos, respostas inusitadas,
a que se chega através de associações muito amplas.
"No pensamento divergente avança-se
para muitos lados. Sempre que seja necessário, muda-se de direcção, o que
conduz a uma pluralidade de respostas que podem ser, todas elas, correctas e
adequadas", Guilford (1950).
Edward De Bono (1933- ), introduziu o
conceito de de Pensamento Lateral (Lateral Thinking), uma heurística (arte
ou a ciência do descobrimento) para solução de problemas. A chave deste
método assenta na ideia de que devemos encarar um problema a partir de vários
ângulos, em vez de apenas nos centrarmos apenas numa única perspectiva.
O pensamento divergente continua a ser bastante nebuloso. Apesar disso têm sido
apontados algumas características:
- Fluência de ideias: Privilegia a quantidade de ideias e de
associações que se fazem.
- Flexibilidade: Procura encontrar o maior número possível
de soluções para um dado problema
- Redefinição: capacidade para
mudar a perspectiva de abordagem de um problema, nomeadamente decompondo-o em
problemas parciais, de modo a vê-lo numa nova maneira.
- Sensibilidade para problemas: capacidade de perceber uma
tarefa e identificar as dificuldades à mesma associadas.
- Elaboração: Talento não
apenas para formular ideias, mas também em continuar a desenvolvê-las até
atingir uma solução final.
- Originalidade: Valoriza a capacidade de desenvolver
soluções específicas para um dado problema.
4. Etapas do Processo Criativo
- Preparação
O processo criativo começa com a recolha de
informação, dados. Implica estudo e trabalho continuado.
- Incubação
- Procura de soluções, mais ou menos longa, num
processo que nem sempre é totalmente consciente.
- Iluminação ou Inspiração
Descoberta do resultado ou solução, que pode
ocorrer em locais e alturas inesperadas.
- Verificação
Apuramento da validade das soluções
encontradas.
5. Mente Criadora de Sentido
|