A
Utopia Tecnológica
e
a Mentalidade Tecnocentrista
A
tecnologia é tão antiga quanto a humanidade, sendo a aplicação de
meios para alcançar sucesso nas mais simples atividades, como fazer
uma roupa para se cobrir ou afiar uma pedra para usar como
instrumento. A técnica ou tecnologia vem passando por várias etapas
de evolução, quando no séc XVII ocorreu uma bifurcação, onde de
um lado desenvolve a pessoa humana, e de outro, passa a ser o centro e
o meio para a resolução de todos os problemas humanos.
Muitos
pensadores se destacaram na reflexão sobre a sociedade perfeita,
entre eles Francis Bacon e Tomaso Campanella. Tanto a Nova Atlântida
de Bacon como a Cidade do Sol de Campanella são textos de caráter utópico
que colocam a técnica como a fonte suprema de conhecimento da
realidade e como solução e aperfeiçoamento do ser humano.
Para
Bacon, a técnica é um ser supremo, o instrumento para a transformação
da natureza e para a edificação de uma sociedade ideal. Em sua obra,
imagna uma ilha que antecipa o seu tempo no que se refere a
instrumentos especiais para transferir sons por condutores e tubos nas
mais diversas direções, como o nosso telefone.
A
obra de Campanella destaca a importância da invenção da imprensa,
da pólvora e da bússola.
Pensadores
como Galileu e Descartes desenvolveram seu pensamento influenciados
pelas utopias renascentistas.
Hoje
pensamos as utopias como coisas mais realizáveis do que se acreditou
em outras épocas, preocupa-nos porém a perda da liberdade que podem
trazer consigo. Vivemos hoje uma reedição da Nova Atlântida de
Bacon que nos leva a uma perspectiva tecnocentrista e a uma desumanização
das relações.
Isacláudia,
Luciana e Marcela - 2º ano - Colégio Santa Isabel, Petrópolis Em
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