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Terminologia: Usa-se também o termo
"Fecundação Artificial", embora seja pouco correcto, pois
esta só ocorre depois da inseminação. Também não é correcto
falar de "artificial, pois o que é artificial é o modo como a
inseminação, e não o processo biológico que é inteiramente
natural.. Em termos genéricos designa-se assim, os vários
procedimentos mediante os quais se procura facilitar o encontro entre
o esperma com o óvulo para tornar possível a fecundação. A
inseminação artificial é desde há muito aplicada nos animais, mas
é relativamente recente entre os seres humanos. Estas técnicas
tem sofrido um enorme desenvolvimento em todo o mundo, e tem levantado
inúmeros problemas éticos.
A Inseminação artificial e a clonagem fazem parte da
Reprodução Assistida
.
1. História
A história da inseminação
artificial, assim como da clonagem tem séculos de existência.
As
primeiras formas de clonagem foram desenvolvidas para a reprodução de
plantas. Consistiam no plantio de um talo ( ou ramo) retirado de um vegetal,
obtendo-se uma nova planta geneticamente igual à anterior. Trata-se da
popular enxertia.
Outros
marcos históricos:
A primeira gravidez por
inseminação artificial data de 1791 e foi realizada pelo médico John
Hunter.
A primeira fecundação
in vitro animal remonta a 1878.
A primeira
sugestão de um clonagem idêntica à realizada para o nascimento da ovelha Dolly,
data de 1938 e foi feita pelo cientista nazi Hans Spemann que recebeu o
Nobel de Fisiologia-Medicina pelas suas investigações sobre a evolução
dos seres vivos.
O primeiro bébe-proveta data
de 1978.
No inicio da década de 90 do
século XX, os médicos faziam já todo o tipo de experiências em termos de
inseminação artificial: mulheres virgens ou na menopausa davam
à luz crianças... Algo impensável poucos anos antes.
Em
1996 deu-se um acontecimento que abalou o mundo científico: Os
investigadores do Roslin Institut de Edimburgo, realizaram uma notável
façanha laboratorial: a fusão do núcleo de uma célula retirada da
glândula mamária de uma ovelha de 6 anos com o óvulo de outra ovelha.
Surgia desta forma o embrião da célebre Dolly.
Entretanto
continuaram as inseminações bizarras: sémen congelado de pessoas
falecidas que fecundam óvulos de pessoas vivas, avós que dão à luz os
seus próprios netos...
Conclusão:
Não há limites no campo na reprodução assistida.
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2.
Técnicas
As
diferentes técnicas de reprodução assistida , podem ser classificadas em
dois grupos :
1.Inseminação Artificial, a técnica mais antiga e simples. A fecundação
faz-se no interior do corpo da mulher.
2.
Fertilização in vitro e outras técnicas modernas. A fecundação
faz-se fora do corpo da mulher. Existem diversas variantes técnicas da
fertilização in vitro (GIFT
- Transferência de gametas para as trompas, ICSI - Injecção
Intracitoplasmática do Espermatozóide, ROSNI - Injecção Nuclear da
Espermátide, etc)
3. Problemas Morais
Listagem das principais questões morais:
a) É legitimo manipular formas de vida humana ainda
que estas não tenham nascido?
b). Deve realizar-se uma fecundação estritamente
"artificial" quando a natureza não o permitiu?
c) No caso de uma inseminação com esperma de um
dador anónimo: o dador não tem nenhuma responsabilidade sobre o seu
filho genético? Não tem o direito de reclamar os seus direitos de
paternidade ?
d) Um filho não tem o direito de saber quem é o seu
pai e herdar do seu progenitor?
e) É legitimo que uma mulher leve dentro da sua
barriga o filho de outras pessoas? Tem o direito que o ter quando o
filho não é seu ?
f) Que pensar quando os embriões congelados são
destruídos após a fecundação? Não se está a destruir um potencial ser humano?
O que se deve fazer com os que ficam congelados?
g) É legitimo fazer experiências com embriões
humanos?
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Lesley
Brown no seu primeiro aniversário
O primeiro bebé
proveta
No dia 25 de Julho de
1978 nascia, por cesariana, Louise Brown, o primeiro
bebé-proveta. A sua mãe, Lesley Brown, tentara durante nove
anos engravidar, mas uma malformação na trompa de Falócio
impediam-na de procriar. Após anos de investigação,
dois britânicos, o fisiologista Robert Edwards do King`s
College de Cambridge e o ginecologista Patrick Steptroe
conseguiram realizar o seu sonho. Retiraram óvulos de Lesley
e colocaram-nos num tubo de ensaio, onde os fizeram fertilizar
com o esperma do seu marido. Quando os óvulos
começaram a dividir-se, dando origem a novas células, um
deles foi implantado no útero da mãe, onde se desenvolveu
normalmente. Entre 1978 e 2001, calcula-se que tenham nascido
em todo mundo, graças a técnica, mais de 300.000 crianças.
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O congelamento de embriões
Um dos progressos mais importantes
da inseminação foi o congelamento do esperma, dos óvulos e dos
embriões, o que permitiu: a) criar bancos de esperma, óvulos e de
embriões; b) separar a paternidade biológica da maternidade efectiva. Os
país podem ser uns, mas a mãe onde o embrião se desenvolve pode ser
outra. Em Maio de 1984 nasce na
Austrália a primeira criança, a menina Zeus, cujo embrião foi mantido durante
algum tempo congelado. . Bibliografia .
Carlos Fontes
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