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Piratas
Muçulmanos no Mediterrâneo
A expansão e domínio pelos
povos islamizados da costa Oriental e Sul do Mediterrâneo irá permitir a
criação da mais poderosa organização de piratas e corsários que o mundo
jamais conheceu. A partir do século XIV os
piratas muçulmanos, sediados em Tripoli (Libia), Argel (Argélia),
Gibraltar (colónia Inglesa), Ceuta e Salé (Marrocos), mas também no
antigo Reino de Granada (Espanha) iniciam continuas expedições de saque
aos reinos cristãos.
Em resposta os cristãos
organizam-se para combater esta pirataria. Em 1305, os castelhanos apoiados
pelos portugueses conquistam Gibraltar. Em 1415 os portugueses tomam Ceuta.
Em 1492 o Reino de Granada é conquistado pelos espanhóis.
A continua expulsão centenas
de milhares de muçulmanos de Espanha depois de 1492, aumentou de forma
exponencial o número de piratas no mediterrâneo. No século XVI, a
conquista pelo Império Otomano de quase todo o Norte de África,
nomeadamente da cidade de Argel (1529) e Tripoli (1551), permitiu dar a esta
pirataria um extraordinário poder. O comércio marítimo é seriamente
abalado no Mediterrâneo, mas também no Atlântico.
Portugal, um dos países mais
atingidos pela pirataria, desde o século XVI que realizava períodicas acções
punitivas no Norte de África que se prolongaram até 1807.
Os piratas muçulmanos
saqueavm tudo o que encontravam (navios, cidades, etc), reduzindo as
populações à escravatura, e obtendo também enormes lucros com o regaste
de cristãos. Calcula-se que entre 1500 e 1800 mais de um milhão de
cristãos tenham sido mortos ou escravizados por piratas e corsários
muçulmanos. A carnificina foi total
Muitos países como a
Inglaterra, Suécia ou mesmo os EUA (depois de 1776), pagavam aos chefes
muçulmanos do Norte de África para que os seus navios não fossem
atacados. Apenas na segunda metade do século XIX foi possivel acabar com
esta pirataria no Mediterrâneo e Atlântico.
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