Navegando na Filosofia. Carlos Fontes

Alegoria da Caverna 
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A alegoria da Caverna é seguramente o texto mais conhecido de Platão e um dos mais comentados em toda a história da Filosofia, o que releva a enorme riqueza das questões que coloca. Este facto ensina-nos uma outra coisa muito importante:  quando as questões filosóficas são relevantes, nunca estão encerradas. Há sempre novas perspectivas para analisar.

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O que é a caverna? O mundo em que vivemos. Que são as sombras das estatuetas? As coisas materiais e sensoriais que percebemos. Quem é o prisioneiro que se liberta e sai da caverna? O filósofo. O que é a luz exterior do sol? A luz da verdade. O que é o mundo exterior? O mundo das ideias verdadeiras ou da verdadeira realidade. Qual o instrumento que liberta o filósofo e com o qual ele deseja libertar os outros prisioneiros? A dialética,. O que é a visão do mundo real iluminado? A filosofia. Por que os prisioneiros zombam, espancam e matam o filósofo (Platão está se referindo à condenação de Sócrates à morte pela assembleia ateniense?) Porque imaginam que o mundo sensível é o mundo real e o único verdadeiro.

CHAUI, Marilena. Convite a filosofia. São Paulo: Editora Ática, 1999. p. 41

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"A caverna corresponde ao mundo do visível e o Sol é o fogo cuja luz s projecta dentro dela. A ascensão para o alto e a contemplação do mundo superior é o símbolo do caminho da alma em direcção ao mundo inteligível. É com a sua "esperança" pessoal que Sócrates (...) apresenta isto. (...).O conceito de esperança  é aqui empregado com especial referência à expectativa que o iniciado nos mistérios experimenta em relação ao além. A ideia da passagem do terrestre à outra vida é aqui transladada à passagem da alma do reino visível ao reino invisível. O conhecimento do verdadeiro Ser representa ainda a passagem do temporal ao eterno. A última coisa que que na região do conhecimento puro a alma aprende a ver, "com esforço", é a ideia d Bem. Mas, uma vez que aprende a vê-la, necessariamente tem de chegar à conclusão de que esta ideia é a causa de tudo quanto no mundo existe de belo e de justo, e de que forçosamente a deve ter contemplado quem quiser agir racionalmente tanto na vida privada como na pública." (...)

A alegoria da caverna é "uma alegoria da paideia (cultura). (...) Uma alegoria da natureza humana e da sua atitude perante a cultura e a incultura". 

JAEGER, Werner -Paideia.A Formação do Homem Grego. Lisboa. Editorial Aster.s/d

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Mais Comentários

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Reflexão sobre a Alegoria da Caverna ( 1 )



Com esta história Platão quer mostrar para todos nós que devemos aprender a raciocinar por nós mesmos, e não pensar apenas sobre o que querem que pensemos, e que é preciso aprender a ver não só o que as pessoas que tem o poder nos mostram, mas ver além das coisas concretas. Os homens que não queriam sair da caverna, somos nós que não estamos dispostos a pensar, porque já estamos acomodados a esta vida medíocre que levamos, acostumados a ver somente o que os donos do poder nos mostram e acreditando que somente aquilo é verdadeiro que somente eles estão certos, e que nós não precisamos pensar porque já tem que o faça por nós. Então somos convidados a sair da caverna para ver a realidade e deixarmos de ser submissos a estes tais donos do poder. Agora só depende de cada um para acordar para esta realidade e aprendermos a pensar, não sobre o que querem que pensemos e sim que descubramos o verdadeiro mundo que existe e nós não conhecemos.

Gustavo Baptista Soares - Colégio Santa Isabel -1°A . Setembro de 2004
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Reflexão sobre a Alegoria da Caverna ( 2 )

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Sendo um dos mitos mais conhecidos, pode, ainda hoje, se perceber que é uma ação atual a que aconteceu lá.

O homem que saiu da caverna, não tinha que ser propriamente um filósofo, poderia ser também uma pessoa mais esclarecida. Qualquer pessoa poderia sair da caverna, mas para que mudar sua rotina?  É muito mais fácil continuar na ignorância do que ter mais trabalho para fazer uma mudança radical.

Como exemplo, temos uma coisa bem atual: As eleições, na verdade, a política em si. É bem mais fácil você pensar que tudo o que lhe é passado pela TV é verdade, do que pesquisar e procurar saber o que realmente foi feito, se é boa aquela mudança para o governo ou para a sociedade, se os impostos que você paga estão sendo usados em boas coisas etc. Isso quer dizer que você não saiu da caverna, que prefere ser ignorante nesse assunto.

 Não se pode culpar quem não quer mudar, é muito mais cômodo e te causa bem menos preocupações. Como quando se é criança, você não se preocupa com nada. É só crescer mais um pouco e já começam os vários problemas. Amor, família, amigos, estudo, responsebilidades mil... Como todos acham que já é difícil a vida só com isso, imagine então a vida fora da caverna, onde você não pode mais ficar se enganando...

 

Alícia - Colégio Santa Isabel (Petrópolis) - 1º ano . Setembro de 2004

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Reflexão sobre a Alegoria da Caverna ( 3 )

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 A Alegoria da Caverna se refere a vida, pois se pensarmos bem veremos que a caverna nada mais é do que o mundo em que nós, seres humanos, vivemos, as sombras são as idéias impostas como únicas,o prisioneiro que se liberta é o filósofo, que se ofusca com a luz do sol que representa a realidade. Todos esses elementos estão presentes na vida, pois tudo é imposto e influenciado de uma maneira ou de outra. Por já convivermos com isso muito tempo é quase impossível se conhecer a realidade, ter idéias próprias. Infelizmente, a maioria da sociedade é influenciada em seus hábitos, gostos, atos e em tantos outros setores.  Isso causa total falta de personalidade e ignorância, pois a verdade nos é roubada por pessoas egoístas que só vêem o seu próprio bem. Um exemplo disso é a televisão, que é um meio de comunicação bastante popular que mesmo sem perceber nos influencia a seguir a tendências que são interessantes e rendam lucros para ela.  O primeiro passo para nos tornarmos o prisioneiro que se liberta da caverna é termos consciência de que várias idéias nos são impostas incansavelmente todos os dias, tentar saber o que realmente queremos, somos, gostamos.Talvez a grande dificuldade seja ter consciência desta imposição, mas após termos é necessário vencer o desafio de descobrir a verdadeira realidade pois só assim a felicidade será alcançada.

   Gisele Souza Pereira -Colégio Santa Isabel- 1°B  (Petrópolis). 2004
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Reflexão sobre a Alegoria da Caverna ( 4 )

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O mito da caverna, nos faz refletir sobre a vida, Platão queria que nos consciencializar de que não devemos dar valor apenas as coisas terrenas (coisas materiais), e sim que procurássemos nos libertar do que nos foi imposto, como por exemplo: a televisão que é um dos factores mais intensos de “cavernismo” que consiste em um fato que é apresentado na TV, e após algumas visões já passa a ser imitado no dia a dia, a moda também é um produto muito divulgado pela televisão, nos tornando escravos do que a mídia quer que utilizemos.

Outro exemplo disso, é o que os governantes nos fazem; não dando estudo para seus futuros eleitores que acabarão desempregados ou com empregos de pouca renda, sendo completamente dependentes de promessas políticas que no final acabam não sendo cumpridas, como os de casa própria, saneamento básico, água encanada, direitos de todo cidadão, exemplo maior disso se encontra no nordeste onde estudiosos já concluíram que existem muitos lençóis freáticos , mais para eles não é conveniente que os canalizem pois assim estarão perdendo os eleitores, porque os eleitores estarão satisfeitos , com isso não poderão ser subornados, já tendo o que mais querem que é a água. Os políticos estão assim até os dias atuais nos tratando como marionetes, nos deixando cada vez mais aprisionados no fundo de uma caverna.

Para nos livrarmos disso o primeiro passo é nos consciencializarmos que isso tudo está acontecendo. Isto já acontece com algumas pessoas. Porém, não sabem como colocar em prática, mas só os verdadeiros filósofos conseguem pensar e agir de maneira correta. Para nós é um grande desafio nos libertarmos da barreira que é sairmos da caverna em que vivemos.

 Débora e Fabiola -Colégio de Aplicação da Universidade Católica de Petrópolis -. 2ºB .2003

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Petrópolis-Lisboa

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