1. O conceito mais comum de verdade, define-a como
conformidade ou adequação entre o pensamento e a realidade.
Este conceito remonta a Platão que definia a verdade em termos
ontológicos, quando afirmava que a verdade era a adequação ou
correspondência entre a razão(logos) e o ser, ou do discurso com a
realidade.
Nesta adequação entre o pensamento e realidade, Aristóteles, acentuou
o papel da lógica da linguagem.
2. Dada a importância crescente do conhecimento cientifico a partir do
século XVII, começou a predominar nos debates sobre a verdade, a
questão da objectividade e validade universal do conhecimento
cientifico. Problema que dará origem a um novo ramo da filosofia - a
Epistemologia.
Os posistivista, como Augusto Comte (1718-1857) consideram que somente
são verdadeiros os conhecimentos baseados em factos que podem ser
observados. A possibilidade da verificabilidade das provas torna-se uma
exigência básica do conhecimento científico.
Posteriormente, os neopositivistas ou empiristas lógicos, como Carnap, Wittgenstein,
Ayer e outros, colocam a questão da adequação, enquanto garantia da
verdade do conhecimento, na própria linguagem. Ao considerarem que a
linguagem científica se exprime através de proposições, defendem que
principal tarefa para atingir a verdade é expurgar da linguagem dos
termos ambíguos susceptíveis de provocarem o erro. Tarefa a que é
chamada a filosofia. A única forma da linguagem cientifica permitir o
acesso à verdade, é tornar-se unívoco, isto é, cada ter termo
possuir apenas um único sentido ou significado. Para isso terá de usar
signos lógicos ou matemáticos, ou expressões que tenham conceitos
cuja aplicação se possa decidir com auxilio da observação.
O único critério para saber se um conhecimento é verdadeiro ou falso,
continua contudo a ser o da sua verificabilidade. Só se conhece
o significado de uma proposição se conhece como a mesma pode ser
verificada.
Carlos Fontes