Responsabilidade Ecológica

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Síntese

 

 

1. Paradigma Naturalista

 

O Homem concebe-se como fazendo parte da natureza, sob a qual reconhece não ter poder e cujo criador(es) reverência.

 

A natureza é concebida como organismo vivo a que os homens devem respeito.

 

2.Paradigma Mecanicista

 

No século XVII emerge uma concepção mecanicista da natureza. O grande objectivo ciência moderna é conhecer a natureza para a dominar. A ideia de Progresso significa domínio e exploração exaustiva da natureza.

 

Crença nos recursos ilimitados da natureza e no poder humano para o explorar.

 

No princípio do século XIX surge a primeira dúvida no horizonte: o aumento desmesurado da população pode conduzir à escassez de alimentos, potenciadoras de guerras e pestes para o restabelecimento do equilíbrio natural.    

 

3. Primeiros Sinais de Alarme

A partir dos anos 60 do século XX, acumulam-se os sinais que algo vai mal na trajectória que a Humanidade estava a seguir:

a) Degradação ambiental: A crescente procura de energia e de recursos para consumo degradou a paisagem, produziu enormes lixeiras e desequilíbrios ambientais

b) Desastres ecológicos: multiplicam-se os desastres com petroleiros, lançando a morte e destruição nas costas de muitos países.

c) Escassez de recursos naturais: A crise petrolífera de 1973 alerta o mundo para que as reservas petrolíferas eram finitas, mas também que as mesmas podiam ser usadas como armas de guerra; 

 

4. Dados do Problema

4.1. População Mundial

Em 1850 eramos 1,2 biliões; Em 1950 atingimos 2,5 biliões; No ano 2000 superamos os 6 biliões; Em 2011 já eramos 7 biliões. Ultrapassaremos os 10 biliões em 2050 !

4.2. Megalólopes

O aumento da população mundial tem sido acompanhado de uma enorme concentração urbana e abandono dos campos.

Nas actuais e futuras megalópoles aos problemas ambientais muitos outros tendem a gerar-se: habitação, saúde, emprego, educação, violência, falta de recursos (água potável, alimentos, etc).

Entre 1995 e 2015 duplicou o número de cidades com mais de 10 milhões de habitantes. Quase 80% das 29 megacidades, com um total de 471,2 milhões pessoas, situam-se em países em desenvolvimento da Ásia, América Latina e África. Tóquio lidera a lista de megacidades, com 38 milhões de habitantes. Mas, a partir daí surgem Delhi (25,7 milhões), Xangai (23,7 milhões), São Paulo (21,1 milhões), Mumbai e Cidade do México (21 milhões cada) e Beijing (20,4 milhões). A segunda megacidade do mundo desenvolvido é também japonesa, Osaka, com 20,2 milhões de habitantes. Nova Iorque ocupa a décima posição, com 18,6 milhões de pessoas. Paris é a 25ª da lista, com 10,8 milhões de habitantes, e Londres é a 27ª, com 10,3 milhões.

O aumento populacional provocou uma aumento brutal de recursos, mas também um aumento não menos brutal de desperdícios.

4.3. Energia

Esgotamento dos recursos naturais. Escassez de fontes de energia, como o petróleo, gera crescentes conflitos mundiais.

4.4. Alimentação

A deflorestação do planeta e a erosão dos solos férteis atingiu um ritmo insustentável, tornando-se à escala global uma crescente fonte de conflitos. O elevado consumo de alimentos (muito desigualmente distribuídos) estimulou a introdução de todo o tipo de práticas (manipulações genéticas, etc). A produção industrial de alimentos, nomeadamente de ruminantes (pecuária) está a contribuir para as mudanças climáticas.

4.5. Água

As reservas mundiais de água potável, um bem imprescindível à vida humana, estão a diminuir desde 1970. A água potável representa apenas 3% da água que cobre 75% da superfície do planeta Terra.

4.6. Desperdícios, lixeiras urbanas e residuos perigosos.

4.7. Extinção de espécies animais

A poluição, desflorestação, alterações climáticas estão a levar à extinção inúmeras espécies animais. Direitos dos animais ou deveres para com dos homens para com os animais? . Maus-Tratos. Declaração Universal dos Direitos dos Animais. Biodiversidade. 

4.8. Desastres naturais provocados por desequilíbrios ecológicos

4.9. Aquecimento global

Fruto em grande parte de um modelo de desenvolvimento assente na utilização intensiva de recursos energéticos fósseis e desflorestação massiva do planeta. As consequências imediatas deste fenómeno são a extinção de espécies (redução da biodiversidade), maiores amplitudes térmicas, degelo dos pólos, subida do nível do mar, desertificação, etc.

   

 5. Desigualdades mundiais

O consumo de recursos é muito desigual a nível mundial. O sistema económico que impera proporcionam aos consumidores dos países mais desenvolvidos um consumo que não tem em conta as futuras gerações. A especulação que compromete o futuro

(Im)Possibilidade da cartilha sustentável de recursos. Sociedades em risco de sobrevivência;  Os países mais pobres do planeta por terem menores recursos para enfrentarem estas situações são os mais atingidos por estas mudanças.

 

6. Desenvolvimento Sustentável

Nos últimos anos nos países mais desenvolvidos economicamente no mundo tem crescido os movimentos sociais que exigem uma nova política e ética global. 

Proclama-se a necessidade de um novo equilíbrio com a natureza, uma utilização mais racional e menos perdulária dos recursos disponíveis. Apela-se à reutilização. A ideia chave é a da necessidade de uma maior responsabilização perante o legado que deixaremos às gerações futuras.

 

        Carlos Fontes

 

Carlos Fontes

Programa de Filosofia- 10º.Ano

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