EDITORIAL

Na formação formação profissional existem dois princípios fundamentais: o da eficácia e o da eficiência. O primeiro exige que a formação seja feita tendo em vista um objectivo mensurável. O segundo que este seja atingido ao menor custo. Podemos ter um uma formação eficaz, mas pouco eficiente, e vice-versa. Olhando  para o panorama da formação profissional em Portugal, temos que dizer que a mesma não é nem eficaz, nem eficiente.O caso mais ilustrativo desta situação ocorre com a formação inicial de jovens. Vários ministérios assumiram como incumbência a criação de "escolas" para combaterem quer a baixa escolaridade da população, quer a falta formação profissional dos jovens antes do ingresso no mercado de trabalho. O resultado é simplesmente catastrófico em termos globais. Muitas estruturas de formação  fazem o mesmo, mas nenhuma o faz de modo satisfatório. Nem o sistema formal  de ensino tutelado pelo Ministério da Educação conseguiu criar uma estrutura de formação adequada e eficaz, nem o sistema informal a cargo dos restantes ministérios o logrou fazer. Os problemas persistem ou agravam-se, apesar dos enormes recursos consumidos. Nãoserá tempo de mudar de política neste sector?

Carlos Fontes

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