Carlos Fontes

 

 

     
 

Igreja de Santo António dos Portugueses em Madrid

(Iglesia de San Antonio de los Alemanes, perto da Gran Via)

Fundação

A seguir à ocupação de Portugal pela Espanha, em 1580, aumentou de forma considerável o número de portugueses que se instalaram neste país e nas suas colónias. Em Sevilha, Valladolid e em Madrid criaram-se enormes comunidades, assumindo destacadas posições na economia e na corte.

Estando a corte espanhola em Valladolid, a instancias do Conselho de Portugal e sob o patronato régio, em 1604, foi nesta cidade criada Irmandade dos Devotos de Santo António dos Portugueses da Corte", tendo como objectivo criar um "hospital em que se curassem os portugueses enfermos" (6). O modelo foi o hospital e a Igreja que os portugueses possuíam desde o século XIV em Roma (10).

A irmandade mudou-se depois com a corte para Madrid, tendo entre 1607-1608 adquirido terrenos na Corredera de San Pablo (1607) onde criou um hospital, uma ermida, cuja primeira missa foi celebrada no dia 16 de Novembro de 1610 (16). O cemitério foi consagrado em 1617. 

A Irmandade desfrutava de enorme poder na cidade de Madrid. Pela reforma de 1624 passou a ter 12 irmãos, entre os quais se contava o tesoureiro, escrivão, provedor de obras, mordomo dos presos pobres e desamparados. A eleição era anual e realizava-se no dia de Santo António (13 de Junho).

A sua constituição obedeceu até 1668 ao mesmo modelo dos compromissos das Misericórdias Portuguesas, fundadas pela rainha dona Leonor de Lencastre. O próprio rito seguido nesta Igreja era o de Braga e não o de Toledo (5).

Realizava cerimónias dos Cavaleiros da Ordem de Cristo, celebrava a Semana Santa, festas de Santa Engrácia e Santa Isabel, apoiava os orfãos, etc.

O espaço da ermida tornou-se rapidamente muito exíguo. Em 1624 foi decidido construir uma nova Igreja dedicada a Santo António, tendo as obras se prolongado até 1629. /A iniciativa coube ao provedor Luis de Sousa, cavaleiro da Ordem de Cristo, tendo a primeira pedra sido colocada pelo poderoso marquês de Castelo Rodrigo (3). As obras foram em grande parte custeadas a partir de Portugal (14). Entre os principais impulsionadores da obra contava-se também Duarte de Albuquerque Coelho (1591-1658), conde de Pernambuco e marquês de Basto, títulos atribuídos depois de 1640.

Os seus provedores eram escolhidos entre as figuras mais poderosas da comunidade portuguesa, como o citado Luis de Sousa (conde do Prado), Manuel de Moura (marquês de castelo Rodrigo), Manrique da Silva (marquês de Gouveia) ou João Coutinho (arcebispo de Évora).

Entre os membros da irmandade contavam-se muitos portugueses cujas famílias tinham processos na inquisição espanhola (13), com acusações de judaísmo.

Situação Política

A Igreja começou a ser erguida numa altura que se multiplicação em Portugal as revoltas contra a ocupação de Espanha, tendo em vista a restauração da independência. .

Em Espanha e nas suas colónias, os portugueses eram alvo de um sistemática perseguição e espoliação do seus bens por parte da Inquisição espanhola.

Santo António dos Portugueses, no mapa de Madrid  desenhado, em 1656, por Pedro Teixeira Albernaz

Edifício

A igreja seguindo um modelo oval, inovador em Espanha, foi desenhada pelo jesuita Pedro Sanchez (1569-1633), com algumas alterações feitas pelo arquiteto real - Juan Gomez de Mora, autor a Praça Maior de Madrid. A execução das obras estiveram a cargo do mestre de obras Francisco Seseña. A fachada atual está muito alterada, a única imagem que temos da original, está no conhecido mapa de Madrid, desenhado pelo português Pedro Teixeira Albernaz (1656).

 

Interior da Igreja. O "horror ao vazio" característico do barroco é bem patente no interior da igreja, contrastando com a simplicidade do seu exterior.

 Ao fundo pode ver-se o altar mor com uma magnifica escultura de Santo António da autoria de Manuel Pereira.

Programa Iconográfico da Igreja

A escolha do programas iconográfico para a Igreja de Santo António dos Portugueses em Madrid tornou-se uma questão política da maior relevância. A Igreja como local de reunião de portugueses poderia ser usada para incentivar o movimento a favor da independência junto da comunidade portuguesa de Madrid.

Nesse sentido, as imagens da Igreja não poderiam ter qualquer referência explicita aos reis de Portugal, embora, como veremos, subtilmente estejam todas presentes.

Patrono

A escolha de Santo António, nascido em Lisboa, terá sido a mais pacífica, pois o santo é frequentemente referido como sendo de Pádua (Itália). Não é um santo nacional, mas o mais internacional de todos os santos nascidos em Portugal.

 

Esculturas de Santo António na fachada e no alter mor da Igreja, ambas da autoria de Manuel Pereira

A magnifica estátua de Santo António e o menino Jesus no altar mor (1631), assim como a que se encontra na fachada da igreja são da autoria do escultor português - Manuel Pereira (Porto, 1588- Madrid, 1683).

Abóbada

A "Apoteose de San Antonio" na cúpula da Igreja foi executada, entre 1660 e 1666 por Juan Carreño de Miranda, amigo e protegido de Velazques da Silva, pintor como se sabe de origem portuguesa.

Um dos santos que chegou a ser pensado para figurar na abóboda foi D. Afonso Henriques, 1º. Rei de Portugal. A representação do célebre milagre de Ourique chegou a ser projectada para figurar em Madrid. O principal impulsionador da Irmandade dos portugueses -  Duarte de Albuquerque Coelho (1591-1658), conde de Pernambuco e marquês de Basto,  escreveu em Madrid o "Tratado de los Reys de Portugal" (1652), onde se afirma convicto que Jesus Cristo apareceu, em 1151, ao primeiro rei de Portugal. Nesse sentido, foi encomendado ao pintor Dionisio Mantuano ou Mantovani ( 1622-1683) uma representação deste milagre destinado à Igreja de Santo António. Os desenhos encontram-se no Museu do Prado (1).

"Apoteose de San Antonio" na Cúpula da Igreja.

Santos 

A comunidade portuguesa mandou pintar ainda a Juan Carreño de Miranda, um verdadeiro panteão de santos portugueses:

Santa Beatriz da Silva, nascida em Campo Maior (Alentejo, Portugal) e fundadora da Ordem das Concepcionistas;

Beato Amadeu da Silva, irmão de Beatriz também natural de Campo Maior;

Santa Iria, nascida em Tomar (Sede da Ordem de Cristo);

S. Gonçalo de Lagos (Algarve, Portugal);

S. Frutuoso,  célebre Bispo de Braga (656-660);

Santo Damaso (305-384), um papa que nasceu no território que é hoje Portugal.

Santa Júlia, é um dos três mártires da cidade de Lisboa.

Santa Sabina. Irmã de S. Vicente e Santa Cristina era identificada por muitos historiadores portugueses como sendo natural de Évora. António de Sousa de Macedo, em 1631, a este respeito escrevia o seguinte:

"Y son los santos de Portugal tantos, y tan grandes, que outros Reynos (no contentos con los que tienen) los quieren hazer seus naturales, para honrarse con ellos: Siempre tuvo la nacion portuguesa grandes ladrones de sus santos (dize un Autor moderno). Destos son los principales el papa San Damaso, San Vicencio, y sus hermanas Santa Sabina, y Santa Christeta, que siendo Portuguesas, quiere Castilla con poco, o ningun fundamento dezir que son suyos, pero en esto no ay de culparle, antes ahze como reyno tan catholico en desear ser honrado por tales santos" ( 4 ).

A questão da nacionalidade dos santos era objecto de uma verdadeira guerra entre Portugal e Espanha.

Pormenor da galeria de santos portugueses

Escudo de Portugal

A coroar a galeria de santos portugueses surge o escudo de Portugal, o qual como veremos, entre 1668 e 1984 esteve tapado, de forma a ocultar a origem da própria Igreja.

Escudo de Portugal na abóbada da "Iglesia de San Antonio de los Alemanes" em Madrid.

O escudo esteve tapado entre 1668 e 1984 de forma a ocultar a origem portuguesa da Igreja.

Altares

Os dois primeiros altares são dedicados, uma vez mais a figuras ligadas a Portugal: Santa Engrácia (Braga, 1030-1050) e a Rainha Santa Isabel, esposa do rei D. Dinis. As pinturas são do espanhol Eugénio Cajés (1575-1634).

Os restantes quatro altares com menos conotações nacionais são da autoria do italiano Luca Giordano (1634-1705).

Perseguições e matanças

A restauração da independência de Portugal, em 1640, agravou a situação dos portugueses em Espanha e nas suas colónias, tendo-se seguido um longo período de guerra entre os dois países que só terminou em 1668, quando a Espanha reconheceu a Independência de Portugal.

Os portugueses que ficaram em Espanha podem dividir-se politicamente em dois grandes grupos: a) os que se mantiveram fiéis ao rei espanhol, esperando serem recompensados em títulos e rendimentos vitalícios pela sua fidelidade; b) os "espiões" e outros que colaboravam com a restauração da independência de Portugal (17). A vida de uns e outros não foi fácil.

Durante este longo período de guerra a Irmandade, em especial a sua Igreja, tornou-se no espaço de todos aqueles portugueses que se mantiveram fiéis ao domínio espanhol. No centro da igreja podiam-se ver os estandartes ganhos nas batalhas contra Portugal (2), e no cemitério da irmandad anexo ao hospital eram sepultados os portugueses fiéis aos reis espanhóis:

Luis de Melo, deão de Braga e deputado do Conselho Geral de Espanha, irmão do odiado Miguel de Vasconcelos, secretário de estado, estava em Portugal quando ocorreu a revolução de 1640. Refugiou-se na sua casa em Alfama, tendo conseguido fugir para Espanha, com Pedro Barbosa de Eça, bispo de Leiria, vestidos frades. Em Madrid foram acolhidos na irmandade, e no cemitério da mesma foram sepultados ( 11). Francisco Pereira Pinto,  prior do Crato, bispo de Porto, desembargador e administrador de Alcobaça, entre outros cargos, faleceu em Madrid (1640), tendo sido também enterrado no cemitério da irmandade.

Filipe IV, em 1640, não deixou sair de Espanha Frei Miguel Pacheco nomeando-o provedor e administrador perpétuo do hospital da irmandade, onde foi sepultado em 1668 (12).

O estabelecimento das pazes, em 1668, marcou o fim da separação definitiva entre os dois países. As várias organizações ligadas a Portugal existentes em Espanha foram sendo extintas. O embaixador de Portugal (Conde de Miranda), como lhe competia, não deixou de reclamar a posse da Igreja e do hospital (1669).

 

A Inquisição espanhola redobrou as perseguições aos portugueses, promovendo uma verdadeira matança e espoliação dos portugueses por toda a Espanha e suas colónias. O auto de Fé que tem lugar na Praça Maior de Madrid, em 1680, a esmagadora maioria dos 108 sentenciados são portugueses. O pintor que fez a "reportagem" desta matança, cuja pintura se encontra no Museu do Prado, foi Francisco Rici, o mesmo que pintou as arquitecturas fingidas na cúpula da Igreja de Santo António dos Portugueses. Mais

 

Mariana de Austria, a 16 de Agosto de 1689, obtém do seu filho Carlos II, por pouco tempo, o real patronato do hospital e da Igreja dos portugueses.

 

Maria Ana do Palatinado-Neuburgo, rainha consorte de Espanha entre 1689 a 1700 (segunda esposa do rei Carlos II), a partir de 1696 passa a assumir de facto o patronato da Igreja de Santo António dos Portugueses e do seu Hospital.

 

A igreja passa então a ser oficialmente denominada por "Iglesia de San Antonio de los alemanes". Apesar disto até finais do século XIX continua a ser popularmente conhecida como "Iglesia de San Antonio dos portugueses".

 

Esta rainha alemã procedeu na Igreja e hospital à germanização do complexo criado pelos portugueses, destruindo muitos dos seus símbolos de Portugal ainda existentes.

Milagres de Santo António de Lisboa

Nas paredes laterais da Igreja entre 1699 e 1701, Luca Giordano  (Lucas Jordán, 1634-1705) pintou oito milagres de Santo António, a saber: Pregando as Peixes; Restituição do pé cortado; o asno que reconhece a ostia do corpo de Cristo e se ajoelha; o rapaz morto que ressuscita num carro de carro de bois; o cego fingido; a cura do rapaz paralítico; o recém nascido que identifica o seu pai; a tormenta que não molha a assistência que ouve um sermão de Santo António.

Cena do célebre Milagre de Santo António falando aos Peixes, do qual o Padre António Vieira fez um dos seus mais extraordinários sermões.

Reis

Nas paredes curvas da Igreja sob a imagens dos milagres de Santo António,  Luca Giordano pintou também oito reis e rainhas santos. Nenhuma deles é "português":

 - "Esteban, rei da Hungria" (séc. X). Converteu a Hungria ao cristianismo.

- "San Hemerico, principe da Hungria". Era filho de Santo Estevão.

No século XVI e XVII, muitos portugueses como Luis Vaz de Camões afirmavam que os reis portugueses descendiam da Hungria, procurando desta forma construir-lhes uma linhagem distinta dos reis de Espanha. As imagens destes santos logo à entrada filiam-se claramente neste discurso mítico português.

- "San Luis, rei de França".  Luis IX ( 1214-1270), o seu reinado foi marcado pela exaltação da fé cristã contra os infiéis (cruzadismo) e pela intolerância contra os judeus.

- "San Hermenegildo, rei de Espanha." Hermenegildo (564- 585), era filho do rei visigodo Leovigildo. O papa Sisto V canonizou-o, em 1585, a pedido de Filipe II de Espanha. Era o patrono dos conversos (cristãos novos), com os quais eram identificados a maioria dos portugueses. A legenda transforma-o num rei, quando não passou de um principe. Só se pode falar também de Espanha depois de 1492.

- "San Fernando, rei de Espanha". Fernando IV de Castela (1148-1252) foi o grande conquistador da Andaluzia, com o apoio de muitos portugueses, como D. Paio Peres Correia, mestre da Ordem de Santiago em Portugal e Castela.

- "Enrique, Imperador". Trata-se de Enrique II, imperador da Alemanha ( 973-1024), um símbolo da santidade real e da obediência ao papa. A família real de Portugal ligou-se no século XV à Alemanha, uma ligação que irá determinar o futuro da própria Espanha.

- Cunegunda de Bamberg (c.975- c1040) (sem legenda), esposa do imperador Enrique II. É a padroeira do Luxemburgo.

- "Edita de Inglaterra" .  (sem legenda). Santa Edita (Edita de Wilton, 961-984), era filha ilgitima de Edgardo rei de Inglaterra e de Vulfrid.

Estas pinturas pretendem glorificar a santidade da realeza europeia, com destaque para as originárias da Europa Central de onde era originária Maria Ana do Palatinado-Neuburgo, cuja irmã - Maria Sofia Isabel de Neuburgo (1666-1699) foi a 2ª. esposa de D. Pedro II, rei de Portugal (7).

 

Mudança de dinastia, Guerra com Portugal e Ocultação

 

A morte de Carlos II (1661-1700), abre uma grave crise dinástica em Espanha. O trono deste país é disputado por um francês - Filipe de Anjou (depois Filipe V), neto de Luis XIV, e por um austríaco - Carlos de Hasburgo, arquiduque da Austria, e depois imperador romano-germano.

 

Durante a guerra a sucessão (1701-1713),  Portugal toma o partido dos alemães. Carlos de Hasburgo desembarca em Lisboa, a 7 de Março de 1704, com o intuito de defender em Espanha pelas armas o seu direito ao trono. A 30 de Abril a Espanha declara guerra a Portugal, e a resposta portuguesa não se faz esperar. Em Março de 1706 o marquês de Minas, invade a Espanha, conquista diversas localidades, entre elas Palência, Cidade Rodrigo e Salamanca. A 28 de Junho de 1706 as tropas portuguesas entram triunfantes em Madrid, dias antes Filipe V abandona com a corte a cidade.  Carlos de Hasburgo, apoiado pelos portugueses, a 3 de Julho é aclamado rei de Espanha na Praça Maior de Madrid. A verdade é que o austríaco acabou por se desinteressar a coroa de Espanha, e não tardou a abandoná-la. A 6 de Fevereiro de 1715 era assinada a paz entre Portugal e a Espanha, pondo fim a mais uma guerra.

 

Neste contexto de guerra percebe-se porque Filipe V, a 30 de Setembro de 1701, deu a Igreja e os seus vastos edifícios à Hermandad del Refugio (9), desligando-a dos alemães, mas também de Portugal cujos símbolos ainda existentes continuaram a ser destruídos.

 

Para afirmar a nova dinastia, o pintor Nicolás António de la Cuadra, em 1702, pinta oito retratos de reis espanhóis, o último dos quais é Filipe V (8).

 

Em 1724 o retábulo original é substituído por um de feição barroca. Do anterior subsistem duas pinturas sobre episódios da vida de Santo António, da autoria de Vicente Carducho (Florença, 1576-1638) que se encontram na sacristia. O atual retábulo data de 1756.

 

A origem portuguesa da Igreja vai sendo ocultada, assim como o acesso à mesma. Apenas 2013 é que passou  a ter "visitas culturais" num curto período de tempo...

 

 

A Ermida (destruída) de Santo António dos Portugueses no Retiro de Madrid

Filipe IV de Espanha, em finais do século XVI, manda erguer em Madrid num sítio conhecido por "Buen Retiro", um grandioso palácio real, rodeado de jardins.

Nos jardins do "Buen Retiro" na primeira metade do século XVII foram construídas seis ermidas, a maior das quais era a Ermida de San Antonio de los Portugueses, situada no meio de uma ilha artificial. Foi edificada entre 1635 e 1637, com base num projecto de Alonso de Carbonell, financiada pela comunidade portuguesa, encabeçada pelo banqueiro de origem portuguesa Manuel Cortizos de Villasante (1603 - 1650), com o apoio do Conselho de Portugal da corte espanhola. A ermida sofreu um incêndio em 1734, foi reconstruída, mas em 1761 acabou demolida. Ficava situada onde hoje se encontra a "Fuente del Ángel caído" (séc. XIX).

San Antonio Abad y san Pablo, primer ermitaño (1635), Diogo Rodrigues da Silva e Velasques.(Museu do Prado)

A célebre pintura de Diego Rodríguez de Silva y Velázquez (pintor sevilhano, cujo pai era um fidalgo português natural da cidade do Porto) - Encuentro de San Antonio Abad con San Pablo, primer ermitaño (1635)-,  embora alguns historiadores afirmem que foi pintada para a ermida de San Pablo (15), a verdade é no século XVII se encontrava na ermida de Santo António dos Portugueses.

 

Carlos Fontes

   

Notas:

(1) Bouza, Fernando - Imagem y Propaganda: Capitulos de Historia Cultural del Reinado de Felipe II"...

(2) Bouza, Fernando - Papeles y Opinion: politicas de publicaciones en el siglo de oro...

(3) Bouza, Fernando - Entre dos Reinos, una patria rebelde. Fidalgos portugueses en la  ..... hispânica después de 1640.

(4) António de Sousa de Macedo - Flores de España Excelencias de Portugal: en que brevemente se trata do...... Primera Parte. Lisboa. 1631. cap.IX, p.93

(5) Gutierrez Pastor, Ismael; Arranz Otero, José Luis - La Decoracion de San Antonio de los Portugueses de Madrid (1660-1702). Universidad Autonoma de Madrid. Madrid. 1999

(6) O português Tomé Pinheiro da Veiga, na sua comentadíssima obra - La Fastiginia o fastos geniales (ms.1605), onde faz um divertida crónica do quotidiano e das festividades urbanas e da corte espanhola em Valladolid, refere esta irmandade.  A criação desta irmandade e hospital português em Valladolid é referido também, entre outro sítios, na "Constituiciones de la Real casa y Hospital de Sant  o Antonio de los Alemanes.... Madrid. 1749.

(7) Braga, Paulo Drumond; Braga, Isabel, Drumond - Duas Rainhas em tempos de novos equilíbrios europeus. Maria Francisca Isabel de Saboia, Maria Sofia Isabel de Neuburg. Circulo dos Leitores.2011

(8) Gutiérrez Pastor, Ismael; Arranz Otero, José Luis - Nicolás de la Cuadra, autor de los retratos reales de San Antonio de los Portugueses de Madrid (1702) (Nicolás de la Cuadra, author of the royal portraits of San Antonio de los Portugueses in Madrid (1702), Ondare, 19, 2000, 471-480.

(9) Santa y Real Hermandad del Refugio y Piedad de Madrid foi fundada em 1615 pelo Padre Bernardino de Antequera, jesuita, com o apoio de Pedro Lasso de la Vega e de Juan Gerónimo Serra.

(10) Rosa, Maria de Lurdes - "S. Antonio dei Portughesi": elementos para a historia do hospital nacional português em Roma (sécs XIV-XX), in, Lusitânia Sacra, 2ª. Série. 1993

(11) Codes, Ana Isabel Lopez- Salazar - "Puderão mais os inquisidores que o rey: las relaciones entre el santo ofício y la corona en el Portugal de la Restauracion (1640-1668), in, Cuadernos de Historia Moderna, 2014, 39, 137-163.

(12) Peixoto, Vera - O PERCURSO EDITORIAL DA OBRA VIDA DE LA SERENISSIMA INFANTA DOÑA MARIA DE FREI MIGUEL PACHECO, in, Via Spiritus, Revista de História da Espiritualidade e do Sentimento Religioso, CITCEM, nº 17, 2010.

(13)  Guimarães, Maria Fernanda - A Igreja de Santo António dos Portugueses e a Família Espinosa da Guarda, in, Cadernos de Estudos Sefarditas, nº 4, 2004, pp. 225-232.

(14) Por carta régia de 7/12/1624 foi determinado que todos os anos fossem pagos 40 mil réis ao hospital e igreja de santo antónio dos portugueses de Madrid, retirados das despesas da Consciência e das ordens. Cfr. Collecção Chronologica de Legislação Portugueza, vol. 5-6, p.1624.

(15) Alfonso Rodríguez G. de Ceballos - Velázquez y las ermitas del Buen Retiro: entre el eremitismo religioso y el refinamiento cortesano, in, Atrio, 15-16, 2009-2010

(16) Pinelo, António de León - Anales de Madrid de León Pinelo: reinado de Felipe II, años de 1598 a 1621.

(17) Valladares, Rafael - De Ignorancia y Lealdade. Portugueses en Madrid, 1640 -1670. CSIC.

  Carlos Fontes
 
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