Aires Augusto Nascimento
5. Medievalista
A análise exaustiva do Livro de
Arautos (século XV), objecto da sua tese de doutoramento, implicou não apenas um aturado estudo do
latim
medieval, mas igualmente em codicologia, paleografia, análise
estatística de textos e
bibliotecas medievais. Um novo campo se abria que irá ser percorrido de forma sistemática ao longo dos anos.
5.1 Médio-Latim e Português Medieval
O estudo das obras escritas em latim medieval, em particular por autores que haviam vivido ou nascido no território que hoje constitui Portugal, estava deficientemente tratada entre nós. Havia que resgatar autores, obras, traduzi-las, estudá-las. Sem este trabalho de fundo, os estudos de latim em Portugal ficariam limitados aos autores clássicos. Ao longo dos anos irá recuperar e identificar muitas tipologias de textos latinos medievais pouco documentados, mas que foram a base para a literatura vernácula: literatura diplomática, liturgia, hagiografias, livros de milagres...
Em vários textos faz o retrato desta situação, tais como:
- Filologia Médio-Latina em Portugal, EUPHROSYNE, Nova Série, Vol. XIII, 1985
- Os Estudos Clássicos na Faculdade de Letras de Lisboa (no 75ª. Aniversário da Restauração da Universidade), EUPHROSYNE, Nova Série, Vol. XV, 1987.
Fruto deste projeto de redescoberta, sobretudo a partir de 1977
publicará um impressionante conjunto de estudos e traduções de textos
medievais, com uma relação direta a Portugal e à formação da lingua portuguesa.
A ler de Aires do Nascimento sobre esta temática:
- Alguns vocábulos portugueses num manuscrito latino do séc. XV,
Portugaliae historica, I (1973), p. 275, n. 6.
- La sémantique de la répétition dans le document le plus ancien du
territoire portugais (a. D. 882)EUPHROSYNE, nº8, 1977
- Para a pronúncia do latim. Um texto gramatical dos códices
alcobacenses. B. N. L. Alcob. CCCXC1V/426, f. 258 v." «Clássica»....
1977
- Da poesia rítmica latino-medieval e das suas sobrevivências no Fundo
Alcobacense
Evphrosyne: Revista de filología clássica, Nº 10,
1980, págs. 173-183
- Lexicografía del latín medieval: el futuro Carmen
Codoñer Merino, Louis Holtz, Aires Augusto Nascimento, Maurilio Pérez
González; José Manuel Díaz de Bustamante (coord.), José Martínez Gázquez (coord.)
- As ‘Reglas pera enformarmos os menynos en latin’”, Euphrosyne, 17,
1989, 209-232
- Filologia Médio-Latina em Portugal: situação
e perspectiva. Evphrosyne: Revista de filologia clássica, Nº
13, 1985, págs. 111-138
- Um fragmento de Differentiae uerborum em letra carolina», Euphrosyne,
32 (2004), 265-282
- Traduzir, verbo medieval: as liçôes de bruni aretino e Alonso de
Cartagena.(1999) - In: Actas del II Congreso Hispánico de Latín Medieval
Pt. 1 p. 133-156
- Filología latina medieval: entre leituras e transmissão de texto.
(1998) - In: Filologia classica e filologia romanza. Esperienze
ecdotiche a confronto p. 79-90
- Literatura Medieval. Actas do IV Congresso da Associação hispânica de
Literatura Medieval (Lisbonne 1-5 octobre 1991), com Almeida Ribeiro,
Cristina [Publ.]. - Lisbonne (1993)
- Literatura medieval, 2 , com Ribeiro, Cristina Almeida [Publ.]. -
Lisboa (1993)
- La biographie latine au XIIème siècle au Portugal.(2002) - In: FS
Walter Berschin p. 79-88
- Lexicalização e dicionarização, dois momentos do trabalho filológico: reflexões a partir da documentação portuguesa medieval, in, Origines de las lenguas romances en el reino de León - siglos IX-XII, León, Centro de Estudios e Investigación San Isidoro, II, 2004, 297-314.
- Novos fragmentos de textos portugueses medievais descobertos na Torre
do Tombo:
horizontes de uma cultura integrada, in Península, Revista de Estudos
Ibéricos, nº2, | 2005: 7-24
-“Nova idade, nova linguagem: entre afecto e alto desempenho de funções,
a palavra no séc. XV português”, in Humanismo para o nosso tempo –
Homenagem a Luís de Sousa Rebelo, ed. Aires A. Nascimento et alii,
Lisboa, 2004, pp. 33-57.
- O corpus documental do latim medieval do reino de Portugal, in, Actas do IV Congresso Internacional do Latim Medieval Hispânico (Lisboa, 12-15 de Outubro de 2005), coord. Aires A. Nascimento e Paulo F. Alberto, Lisboa, Centro de Estudos Clássicos, 2006, 982-990.
- O latim medieval entre a escola e a vida: níveis de escrita e de
leitura”, in Actas do IV Congresso Internacional do Latim Medieval
Hispânico (Lisboa, 12-15 de Outubro de 2005), coordenação de Aires A.
Nascimento e Paulo F. Alberto, Lisboa, Centro de Estudos Clássicos,
2006, pp. 3-20
6. Humanismo e Humanistas
O estudo do latim medieval permitiu-lhe compreender de forma surpreendente a cultura humanista. Os nossos humanistas não romperam com o passado medieval, integraram-no. Nesse sentido, preferiam expressar-se frequentemente num latim de base medieval do que no latim clássico.
Tem dedicado particular atenção ao estudo dos textos que os nossos humanistas traduziram, como os traduziram e a significação que lhes atribuiram.
- Cultura clássica em Portugal. Lisboa: Imprensa Nacional - Casa da
Moeda, 1980.
- A primeira tradução portuguesa da Eneida (Lisboa, BN, cod. 3322), Revista da Biblioteca Nacional, 1, 1981, nº2, 199-222.
- Traduções portuguesas de Virgílio, Clássica, 8, 1982. 84-112.
- La réception des auteurs classiques dans l'espace culturel portugais:
une question ouverte. (1995) - In: The Classical Tradition in the Middle
Ages and the Renaissance p. 47-56
- Le latin à l'époque de l'Humanisme
au Portugal: données de situation et suggestions pour une étude
d'ensemble. (2004) - In: Il latino nell'età dell'Umanesimo p. 97-108
- Os textos clássicos em período
medieval: tradução como alargamento de comunidade textual, em Raízes
greco-latinas da cultura portuguesa – Actas do I Congresso da APEC,
Coimbra, 1999, 41-70. Segundo João de SALISBÚRIA, «rex illiteratus quasi
asinus coronatus» (Policraticus, IV, 6).
- Pedro Nunes e Damião de Góis: dois rostos do
Humanismo português : actas de colóquio, no V Centenário do Nascimento,
2002 - 28 de junho, Faculdade de letras de Lisboa, Centro de estudos
Clássicos / coordenação, Aires A. Nascimento / Lisboa : Guimarães , DL
2002
- Damião de Góis, tradutor: perspectivas para uma integração cultural, in, Damião de Góis na Europa do Renascimento -Actas de Congresso Internacional, Braga, Faculdade de Filosofia da Universidade Católica Portuguesa, 2003, 233-265.
- Le latin à l'époque de l'Humanisme
au Portugal: données de situation et suggestions pour une étude
d'ensemble. (2004) - In: Il latino nell'età dell'Umanesimo p. 97-108
Aires do Nascimento destacou alguns mitos, memórias ou invenções, usados nomeadamente para nobilitarem Lisboa, ligando a sua fundação a heróis da antiguidade clássica.
- Ulixbona ab Idis seu Uklisse condita, in, Actas del IX Congreso Internacional de la Asociación Hispânica de Literatura Medieval (A Coruña, 18-22 Septiembro de 2001)...
- Ulisses em Lisboa: mito e memória, in, Memórias da Academia das Ciências de Lisboa - Classe de Letras, tomo XXXVII, 2006, 1995-224
- Nimina, Numina: a invenção de Ulisses, a Ocidente, in, .... Salamanca, Ediciones Universidad, 2007, 655-664.
- Centro e periferia: nos errores de Ulisses em busca da identidade, in, ....Horn/Wien, 2007, 168-183.
- Os epónimos míticos de Lisboa: Ulisses, Hércules e outros - titulos de nobilitação, in, Presença de Victor Jabouille, Faculdade de Letras de Lisboa, 2003. 31-53
- Do Mediterrâneo ao Atlântico: os errores de Ulisses até Olisipona, no Ocidente....
6.1. Centro de Estudos Clássicos
A partir de 1982 passa a dirigir o Centro de Estudos Clássicos (CEC) até à sua jubilação, antes integrava a comissão diretiva desta instituição. Imprimiu ao CEC uma renovada orientação, reestruturou-o, nomeou coordenadores de área, convidou para o painel de conselheiros personalidades de reconhecimento internacional. Acompanhou as vicissitudes das sucessivas reestruturações da agência governamental para a investigação, desde o INIC - Instituto Nacional de Investigação Cientifica à FCT, passando pela JNICT- Junta Nacional de Investigação Científicae Tecnológica. Foi também quem conseguiu o financiamento para o primeiro projecto internacional do CEC, uma Ação Integrada, que se executou ao longo de dez anos, em parceria da Universidade de Lisboa com a de Santiago, e cujos resultados foram publicados pela Imprensa Nacional (1993). Durante sucessivos painéis de avaliação, sob a sua direção, o CEC teve a classificação de excelente.
7. Publicações de Cultura Clássica
Para além da publicação regular de artigos nas mais variadas revistas, Aires A. Nascimento assumiu a direção de duas publicações sobre cultura clássica: Clássica e Euphrosyne.
- Clássica- Boletim de Pedagogia das Línguas Clássicas. Entre 1980 e 1986 dirigiu estas importante publicação do Departamento de Estudos Clássicos da Faculdade de Letras de Lisboa.
- Euphrosyne. A revista foi fundada em 1957 por F. Rebelo Gonçalves. Aires A. Nascimento integra a partir de 1970 o seu Conselho de Redação. Publica em 1972 o seu primeiro artigo, quando Maria Helena de Teves Costa Ureña Prieto assume a direção. Ao longo dos anos publica regularmente centenas de textos (artigos, recensões críticas, notas). Em 1986 (EUPHROSYNE, Nova Série, Vol. XV, 1987) assume a direção da revista, mantendo-se como diretor até 2009.
7.1. Ideia de Europa
À velha questão se existe uma "identidade europeia", responde sem hesitações: - existe, por consciência de cultura. Uma cultura cujas raízes são clássicas, gregas em primeiro lugar. Define-lhe inclusive os seus traços identitários: liberdade política, capacidade eficaz para superar as dificuldades, integração e partilha comum, culto da memória, capacidade de aprender, diversidade, superação e humanistas.
8. Tradução e Reflexão sobre a Tradução
Aires A. Nascimento ao longo dos anos tem dado a conhecer uma impressionante número de obras, que sem as suas traduções teriam ficado no esquecimento. Entre os prestigiados prémios que recebeu, destacam-se o Prémio de Tradução pela União Latina (2007) e o Prémio de Tradução do Pen Clube Português (2007), ambos pela Thomas Morus, Utopia, edição crítica, tradução e cometário, editado pela Fundação Calouste Gulbenkian. Uma tradução que começa por um convite de Mário Martins.
Um dos seus projectos que tem prosseguido de forma sistemática é de publicar um conjunto de "edições críticas" de obras que, desde o século IV, são referências incontornáveis para o estudo da génese da cultura portuguesa. Da sua autoria ou em colaboração com outros, estas edições críticas têm vindo a ser publicadas contemplando século a século a formação da nossa cultura, e de que são exemplo as editadas nas coleções "Viator" e "Obras Clássicas da Literatura Portuguesa" (4).
Não se limita a traduzir, tem escrito a história da tradução de textos clássicos e medievais em Portugal, e realizado uma permanente reflexão sobre a própria tradução e os seus problemas.
Como leitor atento e conhecedor nas suas áreas de especialidade, tem produzido centenas de recensões críticas.
A ler de Aires A. Nascimento:
- O Santo Evangelho (revisão crítica de tradução), Lisboa.1973.
- O onomástico de
Terêncio na tradução de Leonel da Costa», Euphrosyne, 7, 1975-76, 103-123.
- Jerónimo, Carta a Pamáquio - Sobre a Tradução (Ep.57), Lisboa. Ed. Cosmos, 1995.
- Traduzir, verbo de fronteira nos contornos da Idade Média, in, O género do texto medieval, Lisboa.1997, 111-138.
- Os textos clássicos em período medieval: tradução como alargamento de comunidade textual, in, Raízes greco-latinas da cultura portuguesa - Actas do I Congresso da APEC, Coimbra, 1999, 41-70.
- A Vita Christi de Ludolfo de Saxónia, em português: percursos da
tradução e seu presumível responsável”, Euphrosyne, 29, 2001, 125-142.
- O estatuto do tradutor: de mediador cultural a interprete do texto (condições históricas com reflexões de permeio), in, A Profissionalização do Tradutor - VI Seminário de Tradução científica em língua portuguesa (Lisboa, 10 e 11 de Novembro de 2003), Lisboa, FCT/União Latina. 2004, 131-142.
- Dizer a Bíblia em português: fragmentos de uma história incompleta, Revista Lusófona de Ciências das Religiões - A Biblia e suas Edições em Lingua Portuguesa, Lisboa, Ed. Universitárias Lusófonas/Sociedade Bíblica, 2010-7-58.
A publicação em 2017 da nova edição do Livro dos Arautos, 30 anos depois de ter realizada a primeira tradução, apoiada num vasto estudo codicológico, histórico, literário e linguístico, ilustra o entendimento da tradução, mas também o modo de trabalho Aires do Nascimento.
"A leitura (qualquer que seja o texto) é um processo que se prolonga e que, tendo começado na primeira recuperação, não termina no dia em que chegámos à última página" (p.9). A tradução e estudo de um texto implica um revistar continuo, para corrigir, descobrir aquilo que antes não se vislumbrara, numa compreensão sempre mais ampla. "Vai o texto precedido de uma introdução nova e vai a sua tradução acompanhada de aparato de notas que não era requerido no primeiro momento nem teríamos sido capazes de constitui, já que (importa confessá-lo) os instrumentos de consulta de hoje alargam as possibilidades de esclarecer minúcias a que não tínhamos prestado atenção e hoje podemos reconhecer-nos em outros que foram também aduzindo aspectos que compõem o quadro que se pode traçar" (p.10).
9. Tratamento Informático de Textos
No ambito da sua tese de doutoramento, em Outubro de 1976, visitou o CETEDEC - Centre de Traitement Electronique des Documents, fundado em 1968, na Universidade de Lovaina (Bégica), por Paul Tombeur, discipulo do medievalista Maurice Hélin. Esta visita permite perceber a importância da estatística para o estudo sistemático dos textos e identificação das suas particularidades medievais. Trata-se de uma área que foi pioneiro em Portugal.
A ler de Aires do Nascimento:
- "Cetedec - A Informática ao Serviço da Filologia Latina, EUPHROSYNE, Vol. VIII, 1977
- Tratamento de textos em computador - Uma via em
aberto», Classica, 1, 1977
- Tratamento de textos em computador - Lematização»,
Classica, 2, 1977
- Tratamento de textos em computador - Análise
linguística», Classica, 3, 1978
- Tratamento de textos em computador - Concordâncias
verbais», Classica, 4, 1979
- Identificação automática de elementos básicos da
frase latina: o Projecto OLISSIPO
Alberto, Paolo Farmhouse, Pena, Abel N, Nascimento, Aires Augusto.
(2003) - In: Euphrosyne Ser. NS, vol. 31 (2003) p. 515-518
10. Codicologia
O contacto com Manuel Diaz y Diaz, mas também com os trabalhos de
codicologia em Lovaina tiveram uma influência decisiva em Aires A.
Nascimento na abordagem ao estudo dos manuscritos. A materialidade dos
códices (suportes, pigmentos, letras, cadernos, encadernação), história
(modos de produção, circulação, evolução) e cultura passa a ser estudada
de uma forma como nunca o havia sido em Portugal.
Fruto dos seus contactos internacionais, permitiram a realização de um "Curso Intensivo de Codicologia e Iluminura", entre 17 e 28 de Março de 1980, promovido pelo Departamento de Estudos Clássicos da Universidade de Lisboa. A codicologia foi orientada por León Gilissen (maître de Conferences da Univ. de Liége e conservador de manuscritos da Biblioteca Real Albert I de Bruxelas) e a iluminura por Antoine de Shryver da Universidade de Gand. O curso realizado em Lisboa foi organizado ao abrigo do acordo Luso-Belga para 1980. Abria-se desta forma dois novos campos de investigação - a codicologia e a iluminura - cujos resultados temos vindo a acompanhar nestas páginas.
Este trabalho pioneiro que criou escola, permitiram-lhe recuperar a identidade dos scriptorium de Portugal. Com base no estudo das encadernações alcobacenses, demonstrou que o Mosteiro de Alcobaça foi o local de origem da cópia da maioria dos códices que chegaram até nós.
A ler de Aires A. Nascimento:
- Marginalidade e integração: o projecto codicológico como indício da
recepção do texto .(1988) - In: Actas del I Congreso Internacional de la
Asociación Hispánica de Literatura Medieval p. 485-491
- Encadernação medieval portuguesa, com António Dias Diogo, Lisboa,
Imprensa Nacional, - Casa da Moeda, 1984.
- Práticas codicológicas e sentido de enquadramento do livro manuscrito
como produto cultural. In Colóquio sobre o livro antigo. V Centenário do
livro impresso em Portugal: 1487-1987. Actas. Lisboa: Biblioteca
Nacional, 1992, p. 233-242.
- A "mise en page", base operativa de
reflexão codicológica: dados e problemas de fundos medievais
portugueses, Actas del VII coloquio del comité internacional de
paleografia latina, 1990,
- “La reliure médiévale: une forme de relation avec le livre.
Fonctionnalité et sens des différences”, Bolletino dell’Istituto
Centrale per la Patologia del Libro 44-45, 1990-1991 [1994], 263-294
(Actas do Congresso Internacional “La Legatura dei Libri antichi tra
conoscenza, valorizazione e tutela”, Parma, 1993).
- La fabrication du papyrus: une expérience pédagogique et quelques
précisions techniques .(1988) - In: Euphrosyne Ser. NS, vol. 16 (1988)
p. 323-326
- Novos Tempos, novos suportes de informação e leitura: ruptura e
continuidades. Academia Portuguesa da História. Lisboa. 2004
- Terminologie du livre dans les sources documentaires portugaises
médiévales: fragments d'un discours incomplet . (1999) - In: Le
vocabulaire des écoles des Mendiants au Moyen Âge p. 119-138
- O «scriptorium» medieval, instituição matriz do livro ocidental. In
Catálogo da exposição A iluminura em Portugal: identidade e influências.
Coord. M. A. Miranda. Lisboa: Biblioteca Nacional, 1999, p. 53-109.
Textos Para Distribuir aos Alunos ...
À semelhança de Aristóteles, com o qual raramente se cruza, também escreveu textos para serem apenas distribuidos pelos alunos. A valorização das matérias a serem ensinadas, a fixação dos conceitos e a sua interligação, tem aqui uma importância crucial. Tenha-se em conta o texto em anexo sobre Codicologia, onde a capacidade de síntese é perfeita, sem ser redutora. Texto
Continuação
Carlos Fontes